terça-feira, 1 de novembro de 2016

Lendas do Cipreste do Cemitério

Lendas do Cipreste do Cemitério
O Dia de Finados se aproxima e, do mês passado até agora, recebi mensagens perguntando se existe alguma lenda explicando o porquê do cipreste ser a árvore oficial dos cemitérios. Após muitas pesquisas encontrei duas lendas com relação a isto, que leremos abaixo:
 Lenda de Ciparisso
Na Mitologia Greca existia um rapaz muito delicado chamado Ciparisso, que gostava de escrever poemas, desenhar e costurar. Um dia, ele estava passeando na floresta e exclamou:
- Eu queria tanto um animal de estimação!
Apolo escutou, sem querer, o pedido do moço e resolveu dar um cervo para ele.
Numa tarde de verão, Ciparrisso estava caçando no mato e sem querer acertou seu bicho de estimação que acabou morrendo. Assim o moço chorou e disse para Apolo:
- Eu não mereço viver como um humano!
- Por isto, desejo que minhas lágrimas caiam para sempre!
- Eu mereço ser uma árvore que cuida dos mortos!
Então Apolo transformou o coitado numa árvore, que batizou de cipreste, pois sua seiva vira gotas de lágrimas quando cai do tronco.
Lenda de Celeste
Na Idade Antiga, na Península Ibérica, existia uma  adolescente chamada Celeste, que era católica. Mas, naquela época, os cristãos eram perseguidos porque os governantes adoravam os deuses da Mitologia e matavam quem fosse contra isto.
Na aldeia onde Celeste morava era comum jogarem corpos de deficientes em precipícios, quando morriam. Então a jovem passou a recolher os corpos destas pessoas e a enterra-los em rituais cristãos nos cemitérios clandestinos que ela mesma montava.
Toda a vez que esta garota andava pela aldeia, o povo cantava uma música assim:
 “- Celeste, que se preste
- Celeste, que o morto veste
- Celeste, que virará árvore campestre
- Celeste, que se preste...”
Deste jeito, ela respondia:
- Realmente, meu sonho é virar uma árvore para vigiar os cemitérios e levar as almas para o céu.
O problema é que as autoridades descobriram a verdade sobre esta menina. Então mataram a pobre em praça pública. Porém, quando ela faleceu, a terra toda tremeu, um buraco se abriu e engoliu o seu corpo. Naquele mesmo instante nasceu uma árvore desconhecida no lugar e, também, nasceram outras árvores iguais em cemitérios clandestinos. Por causa do refrão da música, que era: “Celeste, que se preste”, a árvore foi batizada de cipreste.
Quando o Catolicismo passou a ser aceito, os cristãos resolveram plantar ciprestes em seus cemitérios, atitude que foi seguida por outras religiões.
Luciana do Rocio Mallon





Nenhum comentário:

Postar um comentário