sábado, 30 de novembro de 2013

Geração Canguru

Geração Canguru

A geração canguru é honesta e inteligente,
Porque ainda não saiu da casa dos pais
Ela sabe que é preciso estudar atenciosamente
Para no futuro, encontrar a mais doce paz!
                                   
A geração canguru desconfia da sorte
Pois, sabe que é preciso economizar
Como o aluguel está pela hora da morte
Ela permanece no seu antigo lar!

A geração canguru sabe que casamento
É uma instituição que não vale a pena investir
Porque só causa prejuízo e sofrimento
Onde não há remédio e nem elixir!

O fato de um ser com quarenta anos
Na casa dos pais, ter seu próprio mundo
Não significa que ele não tenha planos
E muito menos que seja vagabundo!

O problema é que os preconceituosos
Acham que uma mulher madura,
Que mora com seus pais zelosos,
Não presta e nem sequer é pura!

Geralmente, estes preconceituosos têm a vida ruim
São mal casados e tem os filhos rebeldes, sim!
Então, por recalque, falam mal dos solteiros
Que são sinceros, esforçados e verdadeiros!

Uma donzela solteira respeita os idosos
Por isto permanece na casa dos pais caridosos
Para cuidar destes anciões que um dia lhe deram a vida
Esta mulher madura e solteira é uma margarida...

Pois, seu espírito é repleto de sentimento
Da mais pura gratidão com o reconhecimento!
A geração canguru é uma equipe que trabalha
Só um invejoso, com ela, gralha e ralha.
Luciana do Rocio Mallon








quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Black Friday

Black Friday
                                                                   
Black Friday é comemorado nos Estados Unidos
No dia seguinte ao feriado de Ação de Graças
Deixando os fregueses afoitos e aflitos
Com ofertas embriagantes em taças!
                          
Dos norte-americanos, o nosso Brasil
Já imitou o Halloween pavoroso
Assim, o céu perde a sua cor anil
Pois, copiar sempre é perigoso!

O festival de liquidações Black Friday
Deveria se chamar Raibown Free Day
Pois é mais livre e colorido do que a parada GLBT
O escuro é a mescla de todas as cores, como você vê!

Black Friday, no Brasil, pode ser usado por aproveitadores
Que sabe que os consumidores sofrem com suas dores!
Aqui os descontos podem sofrer maquiagem
E virarem uma fantasia repleta de miragem!

É preciso ter prudência, calma e pulso
Para frear o consumista impulso.
Luciana do Rocio Mallon




Black Friday X Rainbown Free Day

O festival de liquidações chamado Black Friday, deveria se chamar: Raibown Free Day, pois é mais colorido, animado, democrático e divertido do que a parada GLBT.
Viva à parada gay!
Viva às ofertas!
( Descobertas da Tia Lu )

Lenda da Calcinha Milagrosa do Reveillon

Lenda da Calcinha Milagrosa do Reveillón

Dani era uma moça muito supersticiosa que nunca deixava de fazer a simpatia da calcinha de réveillon. Por exemplo: se num ano ela desejava amor vestia tanga rosa, mas se no outro ano esta moça queria dinheiro ela colocava calcinha amarela, porém se num ano Dani sonhava com paz ela trajava peça íntima branca e assim por diante. O problema é que esta mulher notou um detalhe: a simpatia, realmente, funcionava. Mas, quando ela alcançava o amor faltava o dinheiro e quando ela conseguia grana não tinha amor.
Mesmo assim a jovem continuou insistindo com a superstição. Então, ela comprou uma calcinha branca porque queria paz no ano seguinte. Dani morava em Curitiba, mas planejou de passar aquele réveillon na praia de Caiobá.
Desta maneira, a  jovem comprou uma peça íntima nova, porém como era muito higiênica, ela pediu para sua nova empregada lavar a calcinha antes de colocar esta roupa na mala. A secretária do lar, como era inexperiente, resolveu lavar a tanga branca junto com outras peças coloridas. Quando a máquina parou, a serviçal notou que a peça íntima estava manchada de cores como: amarela, rosa, verde, azul e só uma parte ficou branca. Assim, a secretária do lar ficou desesperada. Por isto, quando fez as malas da patroa, colocou a tanga manchada no fundo da mala.
Quando Dani chegou a sua casa de praia, a primeira atitude que ela desejou foi tomar banho. Então, esta moça procurou a calcinha branca na mala. Porém, ficou assustada ao ver que sua tanga branca estava manchada de várias cores. Deste jeito ela exclamou:
- Que empregada incompetente!
- Ainda por cima só colocou esta calcinha!
- Agora, como será minha passagem de ano?!
Mesmo assim a moça colocou a peça íntima para ver os fogos no litoral e pular as ondas com sete pulinhos.
No novo ano tudo deu certo para Dani, pois ela: passou num concurso público e arranjou um marido rico.
Quando chegou o mês de dezembro, esta moça fez a seguinte reflexão:
- Por que neste ano eu tive coisas como: amor, dinheiro, esperança e paz?
- Afinal, eu usei uma calcinha manchada de todas as cores no réveillon.
- Acho que procurarei uma vidente para me explicar este fenômeno!
Deste jeito, ela perguntou sobre sua dúvida a uma “curandeira” que explicou:
- Acontecimentos bons ocorreram com você, neste ano, exatamente porque você usou uma calcinha manchada de várias cores. Afinal amarelo representa o ouro, o rosa invoca o amor, o verde chama a esperança e o azul atrai a serenidade. Conclusão: você teve um ano ótimo porque no réveillon usou uma tanga com todas estas cores misturadas.
Luciana do Rocio Mallon


                                                            
                                                     

Lenda da Calcinha Milagrosa do Reveillon

Lenda da Calcinha Milagrosa do Reveillón

Dani era uma moça muito supersticiosa que nunca deixava de fazer a simpatia da calcinha de réveillon. Por exemplo: se num ano ela desejava amor vestia tanga rosa, mas se no outro ano esta moça queria dinheiro ela colocava calcinha amarela, porém se num ano Dani sonhava com paz ela trajava peça íntima branca e assim por diante. O problema é que esta mulher notou um detalhe: a simpatia, realmente, funcionava. Mas, quando ela alcançava o amor faltava o dinheiro e quando ela conseguia grana não tinha amor.
Mesmo assim a jovem continuou insistindo com a superstição. Então, ela comprou uma calcinha branca porque queria paz no ano seguinte. Dani morava em Curitiba, mas planejou de passar aquele réveillon na praia de Caiobá.
Desta maneira, a  jovem comprou uma peça íntima nova, porém como era muito higiênica, ela pediu para sua nova empregada lavar a calcinha antes de colocar esta roupa na mala. A secretária do lar, como era inexperiente, resolveu lavar a tanga branca junto com outras peças coloridas. Quando a máquina parou, a serviçal notou que a peça íntima estava manchada de cores como: amarela, rosa, verde, azul e só uma parte ficou branca. Assim, a secretária do lar ficou desesperada. Por isto, quando fez as malas da patroa, colocou a tanga manchada no fundo da mala.
Quando Dani chegou a sua casa de praia, a primeira atitude que ela desejou foi tomar banho. Então, esta moça procurou a calcinha branca na mala. Porém, ficou assustada ao ver que sua tanga branca estava manchada de várias cores. Deste jeito ela exclamou:
- Que empregada incompetente!
- Ainda por cima só colocou esta calcinha!
- Agora, como será minha passagem de ano?!
Mesmo assim a moça colocou a peça íntima para ver os fogos no litoral e pular as ondas com sete pulinhos.
No novo ano tudo deu certo para Dani, pois ela: passou num concurso público e arranjou um marido rico.
Quando chegou o mês de dezembro, esta moça fez a seguinte reflexão:
- Por que neste ano eu tive coisas como: amor, dinheiro, esperança e paz?
- Afinal, eu usei uma calcinha manchada de todas as cores no réveillon.
- Acho que procurarei uma vidente para me explicar este fenômeno!
Deste jeito, ela perguntou sobre sua dúvida a uma “curandeira” que explicou:
- Acontecimentos bons ocorreram com você, neste ano, exatamente porque você usou uma calcinha manchada de várias cores. Afinal amarelo representa o ouro, o rosa invoca o amor, o verde chama a esperança e o azul atrai a serenidade. Conclusão: você teve um ano ótimo porque no réveillon usou uma tanga com todas estas cores misturadas.
Luciana do Rocio Mallon


                                                            
                                                     

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Poliamor e Pólen-Amor

Poliamor e Pólen-Amor

Dizem que poliamor é a maior expressão de liberdade
Porém, somente o pólen-amor possui magia
Pois tem meiguice de verdade,
Que inspira qualquer poesia!

No surpreendente pólen-amor
Repartir é muito mais que caridade
Pois dividir é um esplendor
Que leva à felicidade!

Uma borboleta com um beija-flor
 Dividem, sem brigas, a mesma flor
Sem nenhuma gota de ciúmes
Eles têm medo de azedumes!

Uma tímida lagarta e um alegre besouro
Dividem o mesmo humilde jasmim
Pois, a solidariedade é um tesouro
Que é o adubo do fértil jardim!

Uma vespa e uma abelha
Repartem a mesma margarida
Que com a força de uma centelha
Pode curar qualquer ferida!

O néctar somente vira mel
Quando não há inveja cruel!

Dizem que poliamor é a maior expressão de liberdade
Porém, somente o pólen-amor possui magia
Pois tem meiguice de verdade,
Que inspira qualquer poesia.
Luciana do Rocio Mallon








Poliamor e Pólen-Amor

Poliamor e Pólen-Amor

Dizem que poliamor é a maior expressão de liberdade
Porém, somente o pólen-amor possui magia
Pois tem meiguice de verdade,
Que inspira qualquer poesia!

No surpreendente pólen-amor
Repartir é muito mais que caridade
Pois dividir é um esplendor
Que leva à felicidade!

Uma borboleta com um beija-flor
 Dividem, sem brigas, a mesma flor
Sem nenhuma gota de ciúmes
Eles têm medo de azedumes!

Uma tímida lagarta e um alegre besouro
Dividem o mesmo humilde jasmim
Pois, a solidariedade é um tesouro
Que é o adubo do fértil jardim!

Uma vespa e uma abelha
Repartem a mesma margarida
Que com a força de uma centelha
Pode curar qualquer ferida!

O néctar somente vira mel
Quando não há inveja cruel!

Dizem que poliamor é a maior expressão de liberdade
Porém, somente o pólen-amor possui magia
Pois tem meiguice de verdade,
Que inspira qualquer poesia.
Luciana do Rocio Mallon








segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Dia do Doador de Sangue: 25 de Novembro

Dia do Doador de Sangue: 25 de Novembro
                     
Doar sangue é muito mais do que solidariedade
É oferecer esperança para alguém de verdade!
Doar sangue pode salvar muitas vidas
E renascer alegrias adormecidas!

Doar sangue é socorrer quem sofreu um acidente
É trazer calma e fé para quem possui hemofilia
Fazendo surgir um sorriso contente
Repleto de paz e harmonia!

Para doar sangue é preciso ter espírito de caridade
Mas, também, é necessário levar um documento de identidade!
Ter idade entre 16 e 19 anos
Com o coração cheio de planos!

Doar sangue é muito mais do que solidariedade
É oferecer esperança para alguém de verdade!
Doar sangue pode salvar muitas vidas
E renascer alegrias adormecidas!

Só quem tem a coragem de dar o sangue pelo próximo
Tem a capacidade de sair da monotonia e do ócio.
Luciana do Rocio Mallon









Dia do Doador de Sangue: 25 de Novembro

Dia do Doador de Sangue: 25 de Novembro
                     
Doar sangue é muito mais do que solidariedade
É oferecer esperança para alguém de verdade!
Doar sangue pode salvar muitas vidas
E renascer alegrias adormecidas!

Doar sangue é socorrer quem sofreu um acidente
É trazer calma e fé para quem possui hemofilia
Fazendo surgir um sorriso contente
Repleto de paz e harmonia!

Para doar sangue é preciso ter espírito de caridade
Mas, também, é necessário levar um documento de identidade!
Ter idade entre 16 e 19 anos
Com o coração cheio de planos!

Doar sangue é muito mais do que solidariedade
É oferecer esperança para alguém de verdade!
Doar sangue pode salvar muitas vidas
E renascer alegrias adormecidas!

Só quem tem a coragem de dar o sangue pelo próximo
Tem a capacidade de sair da monotonia e do ócio.
Luciana do Rocio Mallon









domingo, 24 de novembro de 2013

Lendas dos Roubos Ridículos de Estátuas

Lendas dos Roubos Ridículos de Estátuas
                         
Semana passada relatei neste blog o causo de um colega de escola que, em 1988,  roubou o boneco gigante do Soldadinho de Chumbo, que eu usaria no teatro escolar com a peça chamada: O Quebra-Nozes. O problema é que entrei na casa do rapaz, á procura deste objeto, pois já tinham me delatado o indivíduo. Então, peguei o moço agarrado com o boneco e ele confessou que quando tomou emprestado a estátua, estava bêbado e confundiu o soldadinho com a paquita Andreá Sorvetão, artista de que era fã.
Por coincidência, em novembro de 2013, um administrador roubou um boneco, também de Soldadinho de Chumbo, que fazia parte da decoração natalina na cidade de Cascavel. No final, ele devolveu o objeto e pediu desculpas à população.
No Rio de Janeiro, existe a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, que os vândalos sempre tentam roubar. Mas, como a escultura é grudada, os baderneiros sempre acabam levando os óculos do poeta.
Estes dias, uma senhora bêbada, foi flagrada tentando arrancar a imagem do escritor. Enquanto ela fazia isto, exclamava:
- Minha vida não presta!                              
- Meus relacionamentos não dão certos!
- Só um poeta para me entender!                
- Por isto, levarei você para casa!       
- Pelo jeito você não quer vir, né?!
- Então, transarei com você aqui mesmo!
A mulher foi tirando a roupa e tentou sentar no colo da estátua. Porém, foi impedida pelas autoridades competentes. Depois ela explicou que estava bêbada e em estado nervoso, pois foi abandonada pelo quinto marido.
Este causo me fez lembrar de uma amiga que afanou a boneca gigante de tartaruga, que ficava no jardim da imobiliária chamada Apolar. Ela estava noiva há sete anos e seu amado não queria marcar o casamento. Por isto esta moça foi até ao Largo da Ordem, zona boêmia de Curitiba, e bebeu demais. Na volta, ao passar pela rua perto de sua casa, avistou a tartaruga da imobiliária, arrancou a imagem e levou para casa. Depois esta mulher me telefonou:
- Luciana, agora meu noivo não me escapa. Pois, eu roubei a estátua de tartaruga de um estabelecimento e coloquei um relógio de parede no casco dela. Agora, colocarei o bicho no jardim do meu namorado e gritarei:
- Estou igual a esta tartaruga:      
- Lenta e não vejo a hora...          
Desta maneira expliquei:
- Colega, devolva a estátua. Pois, Isto é vandalismo e você pode ser presa.
Ela concordou:
- Tem razão.
No dia seguinte, passei em frente à imobiliária e a imagem estava no lugar, porém toda torta e com um relógio de parede no casco.
Eu moro em frente a uma praça que tem um patrono oriental chamado Tsunessaburo Makiguti e seu busto está no alto de um pilar. O problema é que já fizeram muito vandalismo com ele, como por exemplo: tirar do pilar, pichar e pintar de verde.
Uma vez, passei em frente a esta praça e avistei marginais colocando a estátua de um anão, de jardim, ao lado do busto. Assim, um dos bandidos exclamou:
- Agora, o japa não vai se sentir mais sozinho porque ele estará em meia companhia.
Deste jeito, denunciei o ato às autoridades competentes.
Em São Paulo, facínoras roubaram o coelho da estátua da Mônica e culparam o pobre do Cebolinha.
No litoral do Paraná, um homem com problemas neurológicos, arrancou o rabo da estátua de uma sereia e tentou comê-lo depois, alegando que estava com fome e que não conseguia mais pescar.
Nos anos 80, marginais tentaram colocar fogo na estátua da santa popular Maria Bueno, no Cemitério São Francisco de Paula em Curitiba, mas as chamas misteriosamente se apagaram. Reza a lenda que os dois jovens morreram queimados anos depois.
Precisamos conscientizar as pessoas de que esculturas, mesmo comerciais, são obras de arte e fazem parte da História de um país. Por isto, elas não devem ser roubadas e nem destruídas.
Luciana do Rocio Mallon


Mulher-Obama

Mulher-Obama
                                    
Meu querido, eu sou a Mulher-Obama
Sei o que acontece no castelo, ou, na cabana!
Cuidado se os seus gases se espalham pelo ar
Pois, até seu estômago mandei espionar!

Estou com a bola toda, espiono time de futebol
Escuto todas as embaixadas chova ou faça Sol!
Tenho grampos nos cabelos e até no seu celular
Portanto, cuidado com o que você vai falar!

Democracia é uma boneca, estilo marionete
Tenho até sua senha secreta da Internet!
Sou a Mulher-Obama conheço sua traição cruel
Porque eu tenho microfones escondidos no motel!

Eu sei o que você fez no verão anterior
Portanto, não me engane por favor.
Luciana do Rocio Mallon




Caiobanda, Matimbanda e Umbanda

Caiobanda, Matimbanda e Umbanda
                          
Quando eu tinha quatro anos de idade, uma vez, minha família resolveu passar o “réveillon” na praia. Então, á noite, meus parentes falaram:
- Agora veremos as manifestações religiosas à beira mar!
Quando chegamos á areia, avistei umas pessoas vestidas de branco e dançando. Desta maneira perguntei:
- O que é isto?                                    
Uma tia respondeu:
- É Umbanda e Quimbanda.
Logo pensei:
- Faz sentido, pois tem uma banda legal tocando batuques.
Mas, novamente, indaguei:
- Por que eles rodopiam e levam flores ao mar?
Um familiar respondeu:
- É para Iemanjá, a rainha do mar, trazer sorte no próximo ano.
No ano seguinte, uma tia me disse:
- Agora vamos ao litoral, assistir a Caiobanda na passagem do ano.
Desta maneira, eu imaginei batuques sonoros e mulheres com vestidos rodados bailando harmonicamente. Porém, chegando naquele lugar, vi pessoas com quase nada de roupas e uma banda bem desafinada.  Os foliões, ao invés, de jogarem rosas ao mar, despejavam lixo no oceano como: latas de cerveja e tocos de cigarro.
Logo, refleti:
- Entre Umbanda e Caiobanda, eu prefiro a primeira opção!
Por isto, fugi da festa e fui atrás da Quimbanda. Lá, fiquei admirando as moças com vestidos rodados, batuques que não desafinavam e fiéis levando rosas ao mar, em vez de poluir o oceano como faziam os foliões da Caiobanda e da tal Matimbanda.
De repente, uma conhecida correu atrás de mim e perguntou:
- Luciana, você está aí?
- Seus familiares estão desesperados atrás de você.
- Por que fez isto?
Então respondi:
- É que eu prefiro Umbanda à Caiobanda. Pois, o Candomblé ainda respeita o mar e não tem poluição sonora com instrumentos desafinados.
Luciana do Rocio Mallon




















sábado, 23 de novembro de 2013

Dia do Rio: 24 de Novembro

Dia do Rio: 24 de Novembro
                   
 Um rio é muito mais do que um curso de água natural
Porque ele é o segredo divino da sobrevivência
Todo o rio é um paraíso sagrado e especial
Que canta a música da paciência!
                                
Um riacho é um pequeno rio ainda criança
Brinquedo de bonecas e balançando a trança!
Uma cachoeira é a queda de um rio adolescente
Com o seu jeito instável, alegre, rápido e carente!

As vestes de um rio são as águas transparentes
Porém, seu espírito é a mata ciliar
Que encanta as estrelas candentes
Provocando seus brilhos pelo ar!

Em todo o rio, um navio faz uma massagem
Enquanto um anjo admira a paisagem!
Adotar um rio é um ato de amor
Solta a paixão e controla o calor!

Quem ajuda a limpar um rio
Não possui coração vazio!
Pois, tem a alma repleta de amizade
Que é iluminada pela caridade!

Toda a vez que entro num rio
Simplesmente, eu rio.
Luciana do Rocio Mallon





Lenda do Pastor dos Sem-Óculos

Lenda do Pastor dos Sem-Óculos

Nos anos oitenta, surgiu a lenda de um pastor que costumava usar a seguinte técnica para afanar os óculos dos fiéis: ele alugava um lugar, dizia que tinha a capacidade de curar todos os problemas de visão. Mas para isto as pessoas tinham que deixar seus óculos num saco mágico que passava durante o culto. Após, pegar os aparelhos, este religioso fugia para outra cidade e vendia os óculos alheios para óticas piratas.
Na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, havia uma moça chamada Luziamara, que sofria de glaucoma, pois tinha pressão ocular alta. Ela usava óculos de fundo de garrafa e tinha dificuldades para enxergar. Porém, o seu principal problema é que ela não tinha fé. Um certo dia, a beata Joana, passou na sua casa para deixar a imagem de uma santa e explicou-lhe:
- Este é a imagem de Santa Luzia, se você rezar para ela com fé, sua visão poderá ser curada.
Luziamara não falou nada, porém aceitou a estátua e colocou a santa na garagem.
Naquele mesmo instante, passou um carro de som falando:
- Pastor da Igreja da Visão Sideral, fará culto para que as pessoas deixem de usar óculos!
- Tragam seus aparelhos e deixe no saco da redenção!
- O endereço é...              
Luziamara ao escutar isto ficou interessada, anotou a data e o endereço.
Naquela noite, esta moça sonhou com sua falecida mãe que disse-lhe:
- Filha, não entre na conversa do falso profeta que prometeu curar os olhos de todos. Pois, ele não tem boa fé.
- Nem todo o pastor é ruim, pois a maioria é boa. Porém, este daí é um velhaco!
- Por favor, reze para Santa Luzia, que ela fará um milagre em sua visão. Inclusive, seu nome é Luziamara em homenagem a ela.
A mulher não deu bola para o pesadelo e foi ao ritual do pastor. Lá, o religioso disse:
- Realizarei um culto de cura. Mas, para isto vocês precisam se livrar de todos os óculos que possuem e colocá-los no saco da redenção que está passando de mão em mão. Porém, o resultado só poderá ser visto daqui a uma semana.
- Tenham fé porque este ritual funciona.
Desta maneira, as pessoas jogaram todos os aparelhos de visão na embalagem grande.
Depois desta reunião, o pastor pegou seu carro em direção a uma cidade, onde existia uma ótica pirata que comprava óculos usados.
Luziamara, por ter a visão ruim, teve muita dificuldade de pegar o ônibus e voltar para a casa. Ela passou sete dias enxergando muito pouco e tendo acidentes domésticos por causa disto. Sem dinheiro para comprar um novo aparelho, a moça entrou na garagem e começou a rezar para Santa Luzia:
- Padroeira dos olhos, por favor, me ajude!
Naquele instante, o pastor estava na estrada, levando mais óculos de fiéis enganados. Quando, de repente, viu uma luz. O religioso parou o carro e Santa Luzia apareceu:
- Por favor, devolva estes óculos aos seus donos!
O pastor falou:
- Não farei isto. Pois, eles são idiotas e tiveram o que mereceram.
Após isto, ele acelerou o automóvel e bateu num caminhão.
Um anjo, que estava segurando o famoso fantasma da morte, disse-lhe:
- A vida lhe dará mais uma chance:
- Você pode sobreviver ao acidente, se prometer devolver os óculos.
- Mas, se isto não for feito, você poderá falecer...
O religioso exclamou:
- Prefiro morrer!
Assim, este falso profeta faleceu no meio da estrada. Naquele mesmo instante, um caminhão de uma ONG que recolhia donativos para pessoas carentes viu o acidente e o motorista tentou socorrer o pastor.
Então, o anjo soprou no ouvido do condutor:
- Depois de chamar a ambulância, pegue os óculos que estão no porta-malas, vá para a cidade de Pinhais, localizada na região metropolitana de Curitiba, e distribua numa vila chamada Maria Antonieta.
Após a confusão, o motorista da ONG fez o que o querubim pediu. Ele bateu de casa em casa distribuindo os aparelhos de visão. De repente, o condutor apertou a campainha da casa de Luziamara e explicou:
- Estou distribuindo óculos.
- A senhora gostaria de experimentá-los para verificar se um deles tem serventia?
Assim, a mulher foi experimentando um por um até que colocou os seus próprios óculos, deu um sorriso, e falou:
- Poxa, este aparelho é o ideal para mim.
Após isto, ela foi até a garagem e agradeceu o presente à Santa Luzia.
Meses depois, sua visão voltou ao normal, o glaucoma desapareceu e Luziamara deixou de usar óculos.
Anos depois, esta lenda recebeu o apelido de Causo do Pastor dos Sem-Óculos.
Luciana do Rocio Mallon








quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lenda da Falsa Vidente e o Fazendeiro Sortudo

Lenda da Falsa Vidente e o Fazendeiro Sortudo
                   
Zé era um fazendeiro que morava num sítio, na cidade de Campina Grande do Sul , localizada na Região Metropolitana de Curitiba. Este homem era muito supersticioso, pois antes de tomar todas as decisões ele sempre consultava Dona Nina, uma velha “curandeira” da pequena cidade onde morava.
O problema é que um certo dia, esta milagreira faleceu e a partir daquele instante, os negócios de Zé deram para trás.
Alguns meses depois surgiu naquela cidade, uma falsa vidente chamada Márcia, que espalhou os cartazes de seus serviços em todos os postes. Ao freqüentar o salão de beleza local, ela soube que havia um fazendeiro rico, porém muito supersticioso chamado Zé. Assim, esta moça descobriu o endereço deste homem e bateu no seu sítio para oferecer os seus serviços.
Desta forma a suposta sensitiva colocou a bola de cristal e cartas de tarô na mesa e comentou:
- Seus negócios estão indo para trás por culpa dos espíritos de antepassados que ainda estão ligados muito a esta fazenda. A questão é que estas almas precisam de ouro e pedras preciosas para lhe deixarem em paz. Portanto, a solução é esta: pegue todas as jóias que estão na casa, principalmente, as peças da sua falecida mulher, coloque tudo num saco de lixo e enterre no jardim, debaixo da roseira, nesta madrugada. Pois, isto afastará todos os espíritos maus.
Zé, muito ingênuo, obedeceu à cartomante, que ao ver o homem voltando para a casa, desenterrou as jóias e fugiu com elas na sua Ferrari.
Porém, no meio da escuridão da estrada, esqueletos montados em motos fizeram seu carro potente parar.
Márcia começou a tremer de medo, quando, um dos fantasmas aproximou-se e disse-lhe:
- Somos parentes do Zé!              
- Como você tem coragem nos difamar e dizer que pensamos somente em jóias?
- Pois, saiba que naquele mesmo jardim, deixamos um tesouro enterrado, para o Zé, que somente ele poderá ver e retirar.
- Inclusive, se eu fosse você, devolveria estas jóias ao fazendeiro.
A mulher gritou:                                       
- Não devolverei nada!                              
- Vocês não existem!
- São apenas alucinações!
Naquele instante, um dos esqueletos lançou uma bola de fogo no carro de Márcia. Então, naquele mesmo instante dois diabos surgiram, pegaram a moça em chamas e a levaram para as profundezas do inferno, através de um buraco que abriu-se no chão.
Naquele mesmo momento, Zé teve o seguinte sonho:
-Sua falecida mãe, apareceu de azul e branco, no meio do jardim e disse-lhe:
- Sua simpatia deu certo:
- Pois, debaixo do jasmineiro há um baú repleto de tesouros dos seus antepassados, que você poderá retirar para pagar as dívidas.
- Inclusive, você já está liberado para resgatar as jóias que enterrou debaixo da roseira.
- Mas, da próxima vez, não seja tão ingênuo.
Assim, que o fazendeiro acordou, ele escavou a terra debaixo do jasmineiro. Deste jeito, este achou um baú com jóias antigas e valiosas. Porém, ao ligar a televisão, o fazendeiro viu a seguinte manchete:
- Carro de falsa vidente pegou fogo nesta madrugada, mas seu corpo não foi achado.
Luciana do Rocio Mallon





Roubaram o Soldado de Chumbo Pensando Quer Era uma Paquita

Roubaram o Soldado de Chumbo Pensando Que Era uma Paquita
        
Neste dia vinte de outubro de dois mil e treze me surpreendi com uma notícia que saiu mídia sobre um rapaz que roubou um boneco de decoração de Natal, em forma de soldadinho de chumbo do tamanho de um ser humano, numa cidade do interior.
Este causo me fez voltar ao ano de mil novecentos e oitenta e oito onde, com um grupo de teatro da escola, minha turma fez bonecos para encenar duas peças natalinas: o Quebra Nozes e o Soldadinho de Chumbo. A principal regra era a seguinte: cada participante ficava responsável por uma personagem e o meu boneco era o do Soldadinho, que servia como protagonistas das duas peças. Mas, o estranho é que este boneco era um tanto efeminado: os lábios cor de cereja, os olhos com cílios compridos e longos cabelos dourados.
O problema é que no grupo havia um rapaz que era fã das paquitas, as bailarinas sensuais do programa da Xuxa e sua dançarina favorita era a Andréia Sorvetão. Ele não se concentrava direito nos ensaios e só ficava falando desta artista.
Os bonecos natalinos ficavam guardados no depósito da escola. Porém, um dia antes da apresentação, resolvemos colocá-los no pátio, a céu aberto, para facilitar a locomoção um pouco antes do espetáculo.
Porém, uma hora antes da apresentação notei que o meu Soldadinho de Chumbo não se encontrava junto com as outras personagens. Logo, telefonei para minhas colegas a procura dele. Desta forma, sem solução aparente, resolvei chorar no meio da rua. Quando, de repente, uma vizinha da escola perguntou-me:
-  Menina, por que está chorando ?
Eu respondi:                                                        
- Porque o meu boneco de Soldadinho de Chumbo sumiu.
A mulher confessou:
- Ontem de madrugada, eu vi um rapaz loiro e sequinho carregando um boneco destes...
Logo pensei:
- Com estas características físicas, só pode ser o fã das paquitas!
Deste jeito, fui até a casa do rapaz, pedi permissão à sua família para penetrar naquela residência, abri a porta do seu quarto e me assustei ao ver que o garoto estava dormindo, aparentemente de ressaca, ao lado do Soldado de Chumbo.
Assim, exclamei:
- O que significa isto?
- Por que você roubou a minha personagem?
- Por acaso quer acabar com o teatro de Natal?!
O estudante, ainda sonolento, olhou para o boneco e murmurou:
- Andréia Sorvetão...
Desta maneira, arranquei o Soldadinho de Chumbo da cama do guri e notei que a personagem tinha uma substância estranha na parte de trás. Assim, lavei o boneco e trouxe para a apresentação de teatro natalino.
Será que o homem que roubou o Soldadinho de Chumbo, agora em 2013, também confundiu o boneco com uma mulher?
Luciana do Rocio Mallon




terça-feira, 19 de novembro de 2013

A Noite Em Que Desejaram Fazer um Demo Comigo em Curitiba

A Noite Que Desejaram Fazer um Demo Comigo em Curitiba
         
Uma vez, na minha juventude, me levaram a um “karokê” estilo inferninho, que localizava-se na Rua Ébano Pereira bem na esquina da Rua Quinze de Novembro. Então, lá cantei uma música. Depois, um homem aproximou-se e perguntou:
- Vamos fazer um demo?
Logo respondi:
- O que é isto?!
- Eu sou decente!
- Aposto que com esta história de capeta, você quer encher a minha barriga de diabinhos.
- Talvez você seja aquela lenda urbana, da estátua do playboy, do cemitério, que cria vida, seduz as mulheres na noite e faz filhos com elas.
Após falar estas palavras, fui embora.
Só depois de alguns anos foi que descobri que demo é uma gravação de amostra.
Luciana do Rocio Mallon


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Em Vez de Desperdiçar R$ 30,00 Na Balada, Gaste Comprando Meu Livro

Em Vez de Desperdiçar R$ 30,00 Na Balada, Gaste Comprando Meu Livro
                         
Dia 26 de novembro, lançarei meu livro chamado: Lendas Curitibanas, no Palacete dos Leões. Por isto, estou dando a notícia para todos os meus amigos que vejo na rua. Então, uma amiga me confessou que não compraria minha obra, pois achava melhor guardar o dinheiro para gastar na balada.Logo, convenci minha colega com o seguinte discurso:
“ É melhor comprar o meu livro por R$ 30, 00 do que desperdiçar este dinheiro numa balada. Afinal, nos estacionamentos das casas noturnas sempre há o risco de aparecer fenômenos estranhos nos carros, como: riscos na lataria, vidros quebrados, pneus furados...
 Sem falar que na pista, das danceterias, sempre tem um bêbado chato e pegajoso que pega no pé.
Na balada, você tem a possibilidade de encontrar pessoas indesejáveis do seu passado, como: a ex do seu paquera, a patricinha que fazia bullying com você na adolescência, a vizinha fofoqueira,  a crediarista da loja de departamentos em que você está devendo, etc.
Numa danceteria, alguém pode filmar suas intimidades no banheiro e colocá-las na Internet.
Sem falar que algum marginal pode jogar alguma substância ilícita na sua bebida e executar o famoso “Boa-Noite, Cinderella”.
Então, é melhor mesmo comprar o meu livro: Lendas Curitibanas. Pois, através dele você pode fazer uma viagem, sem sair de casa, e conhecer as criaturas mais misteriosas da cidade, sem arriscar a sua formosa e bem tratada pele.
Através deste livro você pode se apaixonar por homens que viram bichos, a noite, sem machucar seus sentimentos mais íntimos.”
Após este discurso, convenci a minha amiga a aparecer no lançamento do meu livro.
E você, em vez de guardar R$ 30,00 para gastar na balada, compre a minha obra, também!
Luciana do Rocio Mallon          
                      



Tanque e Máquina de Lavar

Tanque e Máquina de Lavar

Para amar, prefiro alguém obeso
Pois, rechonchudos são os querubins
Assim meu coração fica ileso
De ressentimentos cruéis e ruins!

Não quero tanque de madeira
Bombado em uma academia
Pois, a sedução não é verdadeira
Porque não passa de pura fantasia!

Não desejo um tanque artificial
Se eu posso ter uma máquina de lavar
Que deixa tudo macio, suave e especial
Espalhando um perfume pelo ar!

Esta máquina de lavar é potente
Nunca precisou de anabolizante
Ela tem uma centrífuga quente
Que deixa o meu espírito brilhante!

Para amar, prefiro alguém obeso
Pois rechonchudos são os querubins
Assim meu coração fica ileso
De ressentimentos cruéis e ruins.
Luciana do Rocio Mallon



Concurso Cultural Num Outro Blog de Moda

http://dayanexc.blogspot.com.br/2013/11/sorteio-bolsa-dany-bags.html


domingo, 17 de novembro de 2013

Lenda da Cigana da Peneita

Lenda da Cigana da Peineta
Há 2000 anos antes de Cristo, havia uma cigana chamada Lenita, que gostava de prender seus cabelos com um pente de madeira. Todos no seu clã falavam:
- Pente é para pentear, não para prender as madeixas.
Porém, a menina fazia sempre o mesmo penteado.
Um certo dia, os ciganos armaram acampamento perto de uma praia. Assim, a mãe de Lenita aconselhou á pequena:
- Por favor, nada de tomar banho de mar sozinha.
Mas, a menina fingiu que não escutou. No dia seguinte, de madrugada, esta garota resolveu ver o nascer do Sol na areia da praia. Mas, um homem mal intencionado pulou em cima de Lenita que lutou contra este crápula. No meio da briga, o rapaz pensou que tivesse matado a cigana e jogou este corpo no mar.
Uma sereia, com um enfeite de conchas na cabeça, viu toda aquela confusão e resolveu salvar a garota, por isto trouxe seu corpo para a areia, fez respiração boca a boca e tapou os curativos com uma poção especial.
Algum tempo depois Lenita abriu os olhos e perguntou:
- O que aconteceu?
- Você é uma sereia ?
A heroína mítica respondeu:
- Sim, sou uma sereia.
- O problema é que você foi atacada por um homem na praia, que jogou seu corpo ferido ao mar. Mas, vi tudo e resolvi socorrê-la.
Após estas palavras, a cigana passou a admirar o enfeite nos cabelos da sereia e disse-lhe:
- Nossa, que adorno lindo no alto de seus cabelos!
- Eu sempre quis uma bijuteria assim. Porém, como eu nunca tive, usava um pente no alto dos meus coques mesmo.
A sereia explicou:
- Este enfeite é uma peineta, um tipo de presilha-pente. Esta é feita com conchas grandes do mar. Porém, você pode confeccionar um enfeite destes com ossos de animais, ou, com madeira mesmo.
- Bem, eu lhe darei esta peineta de presente. Ela tem poderes de proteção e nunca mais deixará que homem nenhum lhe ataque.
- A peneita quando colocada na cabeça, no alto do coque, tem o poder de fazer com que a pessoa tome decisões mais racionais, sem serem tão influenciadas pelo coração. Pois, ela simboliza que há um Poder Superior acima das nossas mentes.
Depois disto, as duas se despediram e a cigana voltou ao acampamento. Lá, todos ficaram encantados com o seu novo adorno na cabeça. Assim, Lenita ensinou as outras ciganas sobre a confecção da peineta e explicou que todas as vezes que elas precisassem tomar uma decisão difícil, bastava colocar este adorno na cabeça para tomar a escolha correta.
A Cigana da Peineta é uma entidade amigável, que ajuda as pessoas nas decisões difíceis. Seu ritual é simples: basta comprar uma peineta, colocar num altar dedicado a esta entidade e depois fazer uma oração semelhante a esta:
- Cigana Lenita, por favor, abençoe esta presilha e faça com que eu tome a solução correta.
Após este pedido, a pessoa deve colocar a peneira na cabeça e meditar sobre a decisão que deve ser tomada.
Luciana do Rocio Mallon





sábado, 16 de novembro de 2013

Reflexões Sobre a Dança da Rumba Porque Te Vás

Reflexões Sobre a Dança da Rumba Porque Te Vás

A canção chamada Porque Te Vás, de José Luis Perales é uma rumba cigana. Muitos historiadores falam que a rumba cigana surgiu em Cuba, com a junção dos ritmos dos escravos africanos, do flamenco espanhol, dos tambores indígenas e das melodias ciganas.
Existem algumas classificações temáticas de rumbas:
- Rumbas de Saudação á Etnia Cigana: suas letras falam sobre o sofrimento deste povo nômade e o preconceito que viveu, principalmente, durante os anos de perseguição na Idade Média e nas guerras.
- Rumbas de Casamento: suas palavras falam de alegria, felicidade e desejam prosperidade ao novo casal. Elas, geralmente, são tocadas durante as comemorações de matrimônio.
- Rumbas de Declaração de Amor: suas letras servem para o apaixonado confessar seus sentimentos amorosos ao seu objeto de desejo.
- Rumbas de Despedida: suas palavras falam de um amor impossível, onde é necessário dizer adeus por se tratar de uma paixão proibida. Geralmente, os ciganos compunham este tipo de canção quando se interessavam por uma “gadja”, ou, seja uma mulher não cigana.
A música chamada “Porque Te Vás” trata-se de uma rumba de despedida. Ao dançar esta canção, a bailarina usa muitas batidas de saias e manipula um véu grande transparente e colorido. Aqui, as batidas de saias significam semeadura, limpeza de ambiente e coragem apesar da despedida. Já, o lenço gigante remete a leveza e reverência o elemento ar. Nesta canção, quando a cigana baila com este véu transparente e colorido, significa que ela está lutando, de uma forma nobre, contra as ilusões. Pois, as fantasias de amor impossível, apesar de serem coloridas, são visíveis e nítidas. No final, da música, a dançarina larga este lenço totalmente, significando que ela se livrou de uma paixão que não desejava.
Luciana do Rocio Mallon

                                                    


Lenda da Dança de Saudação ao Sol

Lenda da Dança de Saudação ao Sol Egípcia e Cigana

A dança de saudação ao Sol nasceu no Antigo Egito com o faraó Akhenaton, que lutava por uma religião monoteísta onde o Sol seria o símbolo de um único Deus. O verdadeiro nome deste faraó era Amen Hotep IV, mas adotou o pseudônimo de Akhenaton, que em algumas traduções significa: “aquele que adora o deus Sol.”
Este faraó compôs um poema muito bonito chamado Hino ao Sol.  Ele também introduziu a dança de saudação a este astro, nos templos. Neste balé, as vestais entravam com poucas roupas, ao ar livre, bem no nascer do Sol e à medida que iam dançando, se vestiam sob as luzes do astro rei.
Reza a lenda que durante um destes rituais, um grupo de ciganas estava passado perto, achou este balé bonito e adotou a dança de saudação ao Sol em seu clã. Afinal faz parte, da cultura cigana, pedir as bênçãos aos elementos da natureza. Neste balé, a dançarina saúda o astro rei mexendo os braços e elevando as mãos ao alto. Também é usado o lenço grande, que é jogado de um lado ao outro como símbolo de humildade e leveza.
Oswaldo Montenegro compôs uma música chamada Cigana baseado no ritual de saudação ao Sol. Nesta canção há um refrão que fala: “ Eu me vesti de cigana para cantar o Sol...”
Através deste texto podemos concluir que a dança cigana recebeu influência do balé egípcio, principalmente, com relação à dança de saudação ao Sol.
Luciana do Rocio Mallon



Lenda da Dança de Saudação ao Sol

Lenda da Dança de Saudação ao Sol Egípcia e Cigana

A dança de saudação ao Sol nasceu no Antigo Egito com o faraó Akhenaton, que lutava por uma religião monoteísta onde o Sol seria o símbolo de um único Deus. O verdadeiro nome deste faraó era Amen Hotep IV, mas adotou o pseudônimo de Akhenaton, que em algumas traduções significa: “aquele que adora o deus Sol.”
Este faraó compôs um poema muito bonito chamado Hino ao Sol.  Ele também introduziu a dança de saudação a este astro, nos templos. Neste balé, as vestais entravam com poucas roupas, ao ar livre, bem no nascer do Sol e à medida que iam dançando, se vestiam sob as luzes do astro rei.
Reza a lenda que durante um destes rituais, um grupo de ciganas estava passado perto, achou este balé bonito e adotou a dança de saudação ao Sol em seu clã. Afinal faz parte, da cultura cigana, pedir as bênçãos aos elementos da natureza. Neste balé, a dançarina saúda o astro rei mexendo os braços e elevando as mãos ao alto. Também é usado o lenço grande, que é jogado de um lado ao outro como símbolo de humildade e leveza.
Oswaldo Montenegro compôs uma música chamada Cigana baseado no ritual de saudação ao Sol. Nesta canção há um refrão que fala: “ Eu me vesti de cigana para cantar o Sol...”
Através deste texto podemos concluir que a dança cigana recebeu influência do balé egípcio, principalmente, com relação à dança de saudação ao Sol.
Luciana do Rocio Mallon



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Livro Lendas Curitibanas

Prezados Amigos:
Lançarei o livro chamado: Lendas Curitibanas, dia 26 de novembro, as sete da noite, no Palacete dos Leões em Curitiba.
Luciana do Rocio Mallon


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Denúncia: Papais-Noéis Estão Sendo Agredidos em Curitiba

Denúncia: Papais-Noéis Estão Sendo Agredidos em Curitiba

Como todos sabem, a figura do Papai-Noel é um dos símbolos de São Nicolau, que conforme a lenda dava presentes para as crianças pobres na Idade Média. Hoje, em dia, apesar de ser visto como uma figura do capitalismo consumista, ele não deixou de gerar ternura e encantamento nas crianças.  Por isto, muitos homens se vestem de Papai-Noel, entregam presentes em comunidades carentes, orfanatos, creches e, assim, fazem um serviço social.
Mas, algo horrível está acontecendo na cidade de Curitiba: homens vestidos de Papais-Noéis estão sendo agredidos por extremistas. Em 2012, três homens que estavam fantasiados de bom velhinho apanharam brutalmente.
 Um destes senhores estava a caminho do ponto de ônibus, quando de repente, rapazes cercaram o pobre e falaram:
- Papai-Noel é o símbolo do capitalismo e consumismo!
- Você merece muitas surras!
Então, este Papai-Noel apanhou destes covardes e, agora, nem pensa mais em voltar a trabalhar como bom velhinho.
Um outro senhor, que é meu amigo, também estava passando pela rua vestido de Papai-Noel. Quando, de repente, um ciclista passou, disse-lhe palavrões e críticas ao consumismo de uma forma agressiva.
O principal problema é que grupos extremistas estão combinando através de redes sociais e reuniões reais de agredirem homens que estejam fantasiados de Papais-Noéis. Isto é um absurdo porque, geralmente, os idosos que se vestem de bom velhinho são pessoas simples que precisam ganhar um dinheiro no final do ano, ou, seres humanos que desejam fazer caridade.
Luciana do Rocio Mallon

                                                     



terça-feira, 12 de novembro de 2013

Denúncia: Lanchonete da Praça Rui Barbosa Trata Mal Clientes

Denúncia: Lanchonete da Praça Rui Barbosa Trata Mal Clientes

Na Praça Rui Barbosa, em frente a um ponto de ônibus, ao lado de uma loja de doces e bem na esquina da Rua Voluntários da Pátria, há uma lanchonete que trata mal seus clientes.
Eu era freguesa assídua do lugar até ver atitudes horríveis dos proprietários como: maltratar fregueses, gritar com funcionários e errar o troco sem aceitar reclamação da clientela.
Estes dias, como eu era cliente constante, tomei a liberdade de pegar dois canudinhos e falar:
- Com licença, pegarei dois canudinhos emprestados.
Naquele mesmo segundo, o dono começou a gritar que eu era ladra, causando constrangimento a minha pessoa. Pois, ele sabe que eu sou cliente freqüente, afinal meu tipo físico não é comum: uso óculos com lentes fortes, tenho os dentes do lado tortos e nariz arrebitado.
Logo, virei para trás e gritei:
- Tome seus canudinhos de volta, seu mão-de-vaca!
Realmente eu não entendo os estrangeiros que vem fincar comércio no Brasil, muitas vezes tirando lucro dos clientes locais, mas que não poupam esforços para maltratá-los e desprezá-los.
Inclusive, quanto a este acontecimento, naquele instante, várias imagens passaram pela minha cabeça, como por exemplo a seguinte manchete nos jornais policiais:
“ – Escritora é Presa Por Roubar Três Canudos em Lanchonete Asiática.”
Outra imagem que me passou, foi uma cena que talvez aconteceria se eu tivesse reagido muito pior com relação a esta acusação:
 Bem, se na minha adolescência, tivessem me acusado de ser ladra de canudos, eu gritaria para o povo:
- Vamos quebrar tudo gente, pois o cara se negou a dar três canudinhos para uma freguesa assídua!
- Depois da Guerra do Pente, vamos começar mais uma revolta inesquecível na capital do Paraná:
- A Guerra dos Canudos de Curitiba!
Talvez canudos voariam para todos os lados.
Mas, com certeza, nunca mais pisarei os pés naquele lugar. Afinal, estabelecimento que trata mal os clientes não merece o dinheiro deles. Estrangeiro que vem para o Brasil montar  comércio e maltratar os brasileiros não merece consideração.
Luciana do Rocio Mallon







domingo, 10 de novembro de 2013

Sou Trabalhadora, Não Pnélope Charmosa

Sou Trabalhadora e Não Penélope Charmosa
                                  
Eu não quero ser segregada num ônibus cor-de-rosa
Pois, sou trabalhadora, não Pnélope Charmosa
 Desejo é punição para todo o Dick Vigarista
Que sabota uma mulher no ônibus, ou, na pista!
                                   
Eu faço dupla jornada, pois sou trabalhadeira
Por isto, não posso passar horas na rua
Esperando um ônibus rosa a vida inteira
Correndo riscos só com a proteção da Lua!

Não quero ônibus rosa e nem falsa esperança
Eu quero é aparato com forte segurança.
Luciana do Rocio Mallon


Lenda da Gata Moradora de Rua de Curitiba

Lenda da Gata Moradora de Rua de Curitiba
       
Muita gente sabe a história do mendigo-gato de Curitiba, mas poucas pessoas conhecem a lenda da gata moradora de rua da mesma cidade.
Em 2001, eu morava no bairro Jardim das Américas e conheci uma senhora que alimentava uma gatinha de rua que vinha até o  jardim, de seu sobrado, somente à noite. Um certo dia, esta mulher me avisou que se mudaria para outra cidade, porém pediu para que eu continuasse a dar ração para a felina que só surgia na escuridão e para isto ela me garantiu que faria um depósito na minha conta para que eu pudesse comprar a comida. Como garantia prometi que mandaria fotos, de longe, do animal se alimentando. Para obter apoio nesta boa ação, comentei a situação com dona Mariana, uma senhora que adotava cães e gatos abandonados em seu quintal e que todos diziam ser uma excelente benzedeira.
Então, a vizinha se mudou e eu obedeci ao pedido. Porém, uma certa noite, em que eu não estava com sono, vi uma mendiga comendo um pouco da ração destinada à gata. Porém, depois que esta moradora de rua desapareceu pelo jardim surgiu no mesmo lugar uma felina que, também, comeu um pouco da ração.
Desta maneira, comentei com dona Mariana que sempre me ajudava a tirar fotos e gostava de animais. Logo, esta senhora falou que poderia se tratar da lenda da mulher que é humana de dia, mas que vira gata à noite. Achei o causo engraçado, mas não acreditei.
Por isto, passei a colocar pão ao lado de um pote de ração, debaixo da área coberta do jardim. Pois, o pão seria para a mendiga e a ração para a gata. Assim, eu estava espionando tudo da janela. Quando, de repente, vi que a moradora de rua olhou para o pão, porém continuou a comer a ração. Depois que esta mulher desapareceu entre as flores, surgiu a gata que cheirou a ração, mas preferiu o sanduíche.
O intrigante é que eu nunca via a gata e moradora de rua juntas.
Um certo fim de tarde, me aproximei da felina, que correu direto para casa da dona Mariana e entrou pela sua janela. A dona da casa, que estava na cozinha, ao perceber a minha presença, veio me atender:
- Boa tarde!                                                         
- O que deseja, querida?
Eu respondi:                                                               
- Estou atrás de uma felina de rua que pulou no seu quintal.
Mariana comentou:
- Aqui só tem os meus gatos e meus cachorros de estimação, que eu recolhi da rua há muito tempo. Inclusive estou com visitas.
Naquele instante coloquei meu pescoço para dentro da sala, daquela senhora, e tive uma surpresa ao ver que a visita tratava-se da mesma mendiga que, supostamente, virava gata.
Assustada, fui embora para casa.
Três meses depois, dona Mariana faleceu. O curioso é que, por coincidência, tanto a mendiga quanto a gata de rua sumiram do mapa ao mesmo tempo.
Reza a lenda que um homem mau, ao saber do falecimento da dona Mariana, entregou seus animais para a carrocinha. No terreno em que esta velhinha morava foram construídas duas casas e dizem que lá, nas noites de Lua cheia é possível escutar os latidos dos fantasmas dos seus cães.
Luciana do Rocio Mallon






Virgindade X Tony Ramos

Tem uma certa modelo, que faz tanta questão de vender a virgindade várias vezes, que corre o risco, de na hora "H", aparecer o Tony Ramos para perguntar:
- Você está vendendo o hímen?
- E é Friboi?
- Afinal, este material tem que ter selo de qualidade...
( Descobertas da Tia Lu )



Hipocrisia: Simone X Anitta

Vejam só a hipocrisia: Uma lei proibiu a música Para Elisa de ser tocada no caminhão de gás e outra lei proibiu a canção intitulada Então, é Natal com a versão da Simone de ser tocada nas lojas.
Mas, ninguém proíbe funk de ser tocado nas escolas.
Estes dias, passei em frente a uma jardim de infância e vi crianças, menores de 5 anos de idade, dançando o funk da Anitta.
Sim, funk de uma cantora que faz comercial de preservativos em baladas!
Que horror!
( Desabafos da Tia Lu )

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Paródia da Música Baby de Justin Bieber

Paródia da Música Baby de Justin Bieber

Eu quis vir para o Brasil
Para pintar os sete
Peguei sprays rosa e anil
Porque ainda sou moleque!

Então pichei o muro
Numa rua iluminada!
Quase leve um murro
E não compreendi nada!

Mandaram pichar em favela
Mas, eu fiquei com medo
Grafitei numa paisagem bela
A figura de um brinquedo!

Baby , baby, hey
Baby, bay, please!
Pichei com spray
Porque não tinha giz!

No meu show fui agredido
Jogaram um objeto em mim
Então, fiquei ofendido
E desapareci assim

Depois fui numa casa de massagem
Mas, tive que saí enrolado numa toalha
Afinal, eu curto qualquer tipo de viagem
Desde que não me ataquem com navalha!

Baby , baby, hey
Baby, bay, please!
Pichei com spray
Porque não tinha giz.
Luciana do Rocio Mallon







Lendas dos Palhaços-Sombras

Lendas dos Palhaços-Sombras de Curitiba
                
O palhaço-sombra é uma espécie de artista que fica nas ruas famosas, de preferência das grandes cidades, imitando os pedestres que passam com graciosidade.
Este tipo de animador surgiu na Roma Antiga, mas teve seu ápice nas brincadeiras renascentistas do Carnaval de Veneza. Já, na Idade Moderna, surgiu o costume de um credor contratar um artista vestido de palhaço para seguir e imitar os gestos, pelas ruas, da pessoa que estava lhe devendo. Pois esta seria uma maneira do povo saber que o imitado era um mau pagador.
O curioso é que a palavra sombra é usada, em algumas culturas, como o sinônimo da palavra diabo. Por isto, é comum aquele ditado que diz: “todo mundo tem seu lado sombra.” Reza a lenda que quando seguimos uma pessoa e a imitamos, por trás, corremos o perigo de pegar as suas vibrações tanto positivas quanto negativas.
Em Curitiba, nos anos 80, surgiu um palhaço-sombra na Rua Quinze de Novembro, a mais movimentada do centro da cidade, que seguia e imitava qualquer pessoa que surgisse naquela rua, com o objetivo de divertir os demais frequentadores. Este artista usava maquiagem de circo e vestes variadas. Porém, uma das suas fantasias era uma roupa de presidiário, toda listrada em preto e branco. Este primeiro palhaço-sombra nunca fazia brincadeiras desrespeitosas com as pessoas. Inclusive, tinha momentos que era muito gentil.
Nos anos 90, este artista deu um pequeno intervalo. Então, dois animadores argentinos tomaram o seu lugar. Estes atores portenhos tinham brincadeiras mais ousadas, como exemplos: imitar pessoas com necessidades especiais, abraçar e beijar na boca as mulheres na rua causando, ás vezes, um certo constrangimento.
Sempre fui uma pessoa tímida e só dei o meu primeiro beijo aos 23 anos. Quando eu completei 24 anos, costumava passar muito na Rua Quinze de Novembro para procurar emprego nas firmas e lojas da região.
Um certo dia, eu tinha feito um teste para um serviço e estava passando, distraidamente, na Rua Quinze, quando de repente, escutei um apito. Como um raio, um palhaço me pegou para dançar e exclamou:
- Vamos a bailar!                                      
Então, este artista começou a dançar comigo no meio da rua e, no final, acabou dando um selinho na minha boca, o que me causou constrangimento. Logo pensei:
- Não acredito que o meu segundo beijo foi com o palhaço-sombra argentino, na Rua Quinze de Novembro, e na frente de dezenas de pessoas!
Então, lá pelo ano 2000, os artistas argentinos deixaram a rua mais movimentada de Curitiba e deram a vez para outro palhaço-sombra, que já era um senhor de idade. Reza a lenda que este idoso faleceu no ano de 2004 e que, à noite, o seu espírito começa a seguir e a imitar as criaturas que andam pela Rua Quinze. Por isto, é comum os relatos de pessoas, que passam pela rua mais movimentada de Curitiba e sentem que alguém está as seguindo. Porém, quando olham para trás não enxergam ninguém. Mas, a sensação de que alguém está fungando nos seus pescoços é nítida. Pois é, pelo jeito, este é mais um mistério de Curitiba.
Depois, em 2005, o primeiro palhaço-sombra, aquele mesmo que começou nos anos 80, voltou a atuar permanecendo assim até outubro de 2013. Pois, dia 3 de novembro este artista foi envolvido numa confusão. Segundo testemunhas, ele estava andando por uma rua perto da sua casa, no bairro Parolin, quando, de repente, um marginal conhecido na região passou a segui-lo com intenção de assaltá-lo. O artista quando percebeu tudo, pegou uma faca e matou, em defesa própria, o bandido. Após isto, autoridades afirmaram que o ator ficará preso somente por alguns dias. Afinal, tudo indica que o artista agiu por legítima defesa. O curioso é que, por coincidência, uma das fantasias que o animador usava para trabalhar, na Rua Quinze de Novembro, era a de presidiário.
Moral do causo: até os artistas de rua, estão sujeitos a sofrerem violências e injustiças quando saem de casa, e, infelizmente isto não é apenas uma simples Lenda Urbana.
Luciana do Rocio Mallon