domingo, 30 de setembro de 2018

Ele Queria um Cobertor de Orelha, Mas Dei Meias de Poemas Para Cobrir Seu Pé do Ouvido


Ele Queria um Cobertor de Orelha, Mas Dei Meias de Poemas Para Cobrir Seu Pé do Ouvido

Ele me falou que queria um cobertor de orelha
Então a timidez chegou e me deixou vermelha
Assim coloquei meias de poemas ao pé do seu ouvido
Pois vi que ele estava frio e com o espírito sofrido

Caluniaram-me falando que minha orelha não era virgem
Minha orelha não é santa, mas o resto do meu corpo é intacto
Porque ele não aceita carinhos e nem toque sem origens
No espírito e na alma eles podem causar cruel impacto

O problema é que até as paredes geladas tem ouvido
Ele desejava um vulgar cobertor de orelha
Que cobrisse seu corpo pecador e arrependido
Porém dei meias de poemas quentes de centelha
Não aceitando as flechas do travesso cupido.
Luciana do Rocio Mallon





Ultimo Dia de Setembro no Brasil


Último Dia de Setembro no Brasil
Hoje o céu está mais suave, liberal e anil
Pois é o último dia de setembro no Brasil
Ainda não se abriram todas as flores da primavera
Algumas pétalas tem uma musa particular a sua espera

Mês que vem tem dia da criança e da padroeira
Numa data sagrada, leve e verdadeira!
Hoje a chuva somente aparece à tarde
Com discrição e sem fazer alarde

Hoje é o último dia de setembro no Brasil
Que pertence às flores da primavera do mulheril
Porque o Brasil pode ser gentil, mas não é nada varonil
Suas mulheres fortes e guerreiras não aceitam um piu.
Luciana do Rocio Mallon




quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Aviso

Tem gente que pegou contos, de minha autoria, e está fazendo "performances" em eventos com eles sem citar o meu nome.
Poxa, isto não é legal!
A sorte é que sou uma pessoa boa.
Peço para que a coleguinha, coloque a mão na consciência, e cite meu nome quando for contar algum texto meu em público.
Luciana Do Rocio Mallon

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Pessoas-Arvores


Pessoas-Árvores
Na primavera tem pessoas que se sentem árvores e ficam tristes ao verem que não deram flores e nem frutos através de realizações materiais. Assim se esquecem que ainda oferecem sombras a alguém, mesmo que seus galhos estejam secos.
Pois o mais importante não são as frutas, nem as flores e muito menos as folhas porque os detalhes essenciais são as raízes, que nascem nos valores e no conhecimento. As raízes deixam qualquer árvore de pé independente se elas dão frutas ou flores.
Os valores e os conhecimentos possuem mais valor do que qualquer realização na vida porque acima de tudo elas formam as raízes da árvore da eternidade.
Somos pessoas com almas de árvores.
Luciana do Rocio Mallon




Lenda do Sabiá, Que Canta de Madrugada, na Primavera


Lenda do Sabiá, Que Canta de Madrugada, na Primavera
Dias atrás, uma amiga comentou:
- Chegou a primavera e agora terei que aguentar sabiá cantando as quatro da manhã.
Assim eu disse:
- Mas isto tem uma explicação numa lenda:
Diz o mito que quando Deus criou a primavera se preocupou em criar uma estação que agradasse ás flores. Por isto a chuva se tornou mais terna, o solo mais fofo, o ar mais carinhoso e o Sol mais doce. Porém o criador notou que faltava algo essencial para o crescimento das flores: música. Porém teria que ser uma canção dedicada somente às plantas de madrugada. Deus perguntou para diversas aves se elas topariam este tipo de serviço. Porém algumas negaram alegando que o horário madrugueiro era impróprio. Quando chegou a vez da entrevista com o sabiá, ele respondeu:
- Eu aceito cantar de madrugada na primavera!
- Gosto de rezar bastante. Pois cantar é orar através de música. Aliás, os homens me apelidaram de Sabiá, que significa em Tupi: aquele que reza muito.
- Além disto, amo flores e sou capaz de acordar cedo para que meu canto faça as plantas crescerem melhor.
Papai do Céu ficou feliz e afirmou:
- Parabéns!
- A partir de agora você será o pássaro símbolo da primavera, reinará na árvore mais pura do pomar que é a laranjeira e será homenageado através da Poesia. Além disto, a criança que ouvir seu canto, numa madrugada de primavera, e fizer um pedido terá seu desejo atendido.
- Seu canto além de demarcar território e atrair a fêmea, terá a magia de fazer as flores crescerem na primavera.
Por causa dos detalhes acima, o sabiá canta pelas madrugadas da estação mais florida do ano.
Luciana do Rocio Mallon





segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Borboleta Escura Pousada Num Livro de Capa Branca


Borboleta Escura Pousada Num Livro de Capa Branca
Sou uma aveludada borboleta escura
Pousada num livro de capa dura e branca
Com alma misteriosa e obscura
Apesar da aura sincera e branca

Sou uma borboleta e não uma mariposa
Mariposas gostam de bares com luzes carmins
Já uma borboleta somente pousa
Em livros ou em coloridas flores sem fins

Sou uma escura borboleta
Num livro grosso e misterioso
Cada letra é uma gota xereta
De um texto marcante e glorioso

O livro branco se transforma num lírio
Através do néctar proibido do delírio
Sou uma borboleta na aura do espírito.
Luciana do Rocio Mallon





domingo, 23 de setembro de 2018

Movimento dos Sem Lição de Casa


Movimento dos Sem Lição de Casa
Neste ano de 2018, uma amiga professora sofreu um constrangimento: alguns pais de alunos chamaram a atenção dela porque segundo eles, ela estava passando lição de casa todos os dias para as crianças e isto cansa a família inteira.
Poxa, isto é muita frescura!
 Pois lição de casa serve para o aluno fixar o conteúdo e é uma oportunidade de pais e filhos se conhecerem melhor.
Na minha infância, anos 80, as mães dos estudantes falavam estas frases quando eles chegavam em casa:
- Depois da janta, faça lição de casa!
- Escola boa passa tarefa de casa!
- Quero ver seus cadernos com a lição de casa!
A frescura começou quando o Merthiolate parou de doer.
Na realidade, ficar sem a tarefa de casa pode traumatizar os estudantes que precisarão formar o Movimento dos Sem Lição de Casa para procurar exercícios de fixação no Google e nas bibliotecas.
Luciana do Rocio Mallon


Tossan e o Sapo Que Não Lava o Pé


Tossan e o Sapo Que Não Lava o Pé
Nesta última versão do programa, The Voice Brasil, um talento se destaca: Priscila Tossan com seu timbre de voz diferenciado.
Em sua última apresentação a candidata surpreendeu o Brasil ao cantar uma versão da música da tradição popular brasileira chamada O Sapo Não Lava o Pé. A apresentação foi maravilhosa pela sua originalidade e por resgatar a criança interior de cada um. Reza a lenda que a música, O Sapo Não Lava o Pé, existe desde a época do Brasil-Colônia é utilizada como canção de ninar até hoje.
O problema é que ignorantes atacaram a cantora nas redes sociais pela escolha da canção e alguns até insinuaram que a artista tem Dislexia. Porém se ela cantasse alguma canção em Inglês ninguém reclamaria. Isto tem relação com o Complexo de Vira-Lata que o brasileiro possui que leva este povo a achar que a cultura de outros países é melhor.
Com relação à Dislexia, noto que este fator não atrapalha a cantora porque ela faz Real Magia, ou seja, ela tem o poder de transformar algo considerado ruim em um fenômeno encantador. Pois, Tossan transforma uma suposta Dislexia em Real Magia.
Sou folclorista, autora do livro Lendas Curitibanas e faço uma “performance” gratuita chamada Lendas, Repentes e Danças onde procuro destacar a cultura do Brasil. Porém minha apresentação já foi rejeitada em muitos lugares onde escolheram artistas que enaltecem a cultura de outros países.
Torço por Tossan por seu talento, esforço e originalidade. Além disto, se o sapo não lava o pé morando numa lagoa, ele é um batráquio de personalidade e de respeito, que não entra na onda das regras impostas pela sociedade.
Luciana do Rocio Mallon 







sábado, 22 de setembro de 2018

Toda a Cor Tem um Boto e Quando Ele Morre, Ela Desbota


Toda a Cor Tem um Boto e Quando Ele Morre, Ela Desbota
Toda a cor tem um boto
Colorido, leve e solto
Que num rio de som
Dá o toque do tom
                                
Mas se a roupa é lavada demais
Ou toma Sol sem sombra e paz
Este boto some e vai embora
Deixando tudo triste lá fora

Então a cor fica desbotada
Como uma nublada madruga
Sem estrelas cintilantes
Das cores radiantes.
Luciana do Rocio Mallon


Inveja do Velhinho da Ilha


Pessoas maldosas falaram que tenho inveja de quem mora no Centro da cidade. Mas, na verdade, sinto inveja mesmo é daquele velhinho, que apareceu no Globo Repórter ontem, mora sozinho numa ilha deserta e se sustenta da pesca.
Seria uma maravilha se eu morasse só numa ilha paradisíaca sem pessoas fofoqueiras por perto para fazer intriga. Apenas os bichos e seus encantos.
Eu me sentiria igual à Brook Shields naquele filme chamado, A Lagoa Azul, tomando banho pelada na cachoeira no meio do arquipélago.
Luciana do Rocio Mallon



quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Santinhos de Políticos


Santinhos de Políticos
Hoje, peguei ônibus e avistei uma mãe com uma filha de uns cinco anos no banco de trás. De repente, a menina perguntou:
- Se a maioria dos políticos é corrupta por que os papéis com propagandas deles se chamam santinhos?
- O nome certo não seria diabinhos?
A mãe nem respondeu.
Luciana do Rocio Mallon


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Por Favor, Não Me Deem Oculos Escuros de Presente


 Por Favor, Não Me Deem Oculos Escuros de Presente
Por favor, não me deem óculos escuros de presente porque, na realidade, eu tenho uma miopia muito forte. Então precisaria de óculos solares com graus específicos para mim. Sem falar que, por causa do formato do meu rosto, as pessoas realmente me confundem com deficiente visual quando uso óculos de Sol.
Numa tarde eu estava sentada na escadaria da igreja, com óculos de Sol nos olhos, e uma idosa me deu uma moeda. Assim eu disse:
- Obrigada!
- Mas, na verdade, eu não estou pedindo nada.
A idosa respondeu:
- É que com estes óculos escuros você fica parecida com a cantora Kátia.
Assim eu respondi cantando:
- Não está sendo fácil.
- Porém, na realidade, não sou cega. Apenas estou esperando umas amigas aqui.
Na semana seguinte, fui atravessar a rua, com os mesmos óculos solares e uma menina vestida de escoteira falou:
- Moça, espere que eu lhe ajudarei a atravessar!
- Pois a cidade grande é difícil para quem não enxerga.
Eu falei:
- Obrigada!
- Não precisa!
- Tenho miopia forte, mas consigo enxergar alguma coisa, mesmo fora de foco, quando estou de óculos solares.
Por estes motivos escolhi usar colírio ao invés de óculos escuros.
Luciana do Rocio Mallon






terça-feira, 18 de setembro de 2018

A Bailarina da Caixa de Música e a Borboleta


A Bailarina da Caixa de Música e a Borboleta
A bailarina da caixa de música foi uma simples boneca
Já a borboleta foi uma lagarta cheia de soneca
Morando em qualquer lugar da natureza
Sem de nada possuir certeza

A bailarina da caixa tem moradia
Mas não conhece a liberdade em Poesia
Ela dança a mesma canção sem sair do lugar
Admirando, pela janela, a luz prata do luar!

A borboleta é livre em qualquer lugar
Ela dança com suas asas ao ar
Suas asas com pontos coloridos
Viram lenços suaves e atrevidos

Numa tarde a alegre borboleta
Chegou perto da caixa de música
De uma maneira atrevida e xereta
Assim viu a bailarina lúcida

Depois notou que ela tinha um leque branco
Que virava Lua nova e, também, minguante
Porém o seu jeito meigo e brando
Transformava sua alma em estrela brilhante

A bailarina da caixa invejava a borboleta
Porque ela beijou o néctar da violeta
Porém a livre borboleta durou poucos dias
E a bailarina até hoje tem a eternidade em fantasias.
Luciana do Rocio Mallon




Ensaiando Feira de Mangaio


Esta música, chamada Feira de Mangaio, de Sivuca e Glória com interpretação de Clara Nunes fala da mulher que trabalha fora, cuida da casa e não perde a esperança. É uma alegria realizar uma “performance” com uma canção assim:


https://www.youtube.com/watch?v=q6KOsZ8bqCE&t=0s&index=2&list=PLWy0o60uHTE5A-lh824fKQKbAXrW29T7a



segunda-feira, 17 de setembro de 2018

O ladrão, apelidado de Enguia-Elétrica, foi roubar fios de energia e morreu eletrocutado


Microconto da Vida Real:
O ladrão, apelidado de Enguia-Elétrica, foi roubar fios de energia e morreu eletrocutado.
Afinal, o importante não é dar a luz e sim acender a lâmpada sem choques furtados.
Luciana do Rocio Mallon




Coisar



Até ontem, eu usava o verbo "coisar" para substituir qualquer verbo. Mas desisti porque além de ser feio, alguém pode se ofender por causa de política. Respeito todas as opiniões, por isto não usarei mais o verbo "coisar".
Luciana do Rocio Mallon

Não Tenho Leitor Beta, Pois Possuo Leitor Zeca


Não Tenho Leitor Beta, Pois Possuo Leitor Zeca

Não tenho leitor Beta
Pois possuo leitor Zeca
Que quando lê minha frase
Logo corrige a falta de crase
Virando um bom e sensível poeta

O leitor Zeca, não dá qualquer palpite
Ele sempre chega com sugestões de elite
Ele transforma qualquer frase de papel
Em um texto luminoso de estrela no céu

Leitor Beta é para fracos escritores
Os fortes tem leitor Zeca em várias cores
Dando sugestões entre dores e flores.
Luciana do Rocio Mallon


Cisne X Hipopotamo


Esta semana aprendi que um hipopótamo rebolativo que puxa o saco do leão ganha o palco da floresta. Mas o cisne talentoso e esforçado fica preso nas águas escuras da lagoa da honestidade sozinho e sem público.
Luciana do Rocio Mallon



domingo, 16 de setembro de 2018

Discutir Política nas Redes Sociais Virou Anticoncepcional


Discutir Política nas Redes Sociais Virou Anticoncepcional
Zé tem cinco filhos com mães diferentes. Agora, seu novo passatempo é debater política nas redes sociais.
Assim ele escreveu na linha do tempo:
“Eu poderia estar transando, mas estou discutindo política na Internet.”
Sua vizinha escreveu embaixo:
“ – Não sabe usar preservativo, mas ainda bem que sabe utilizar Internet. Assim teremos menos seres inocentes abandonados no mundo.”
Moral da história: Se você sente tesão, mas não quer usar camisinhas e nem anticoncepcionais, venha brigar por política nas redes sociais.
Luciana do Rocio Mallon



sábado, 15 de setembro de 2018

Ela Tentou Matar Dois Coelhos Com uma Cacetada Só, Mas Acabou Assassinando o Coelho da Páscoa e o Coelho da Alice


Ela Tentou Matar Dois Coelhos Com uma Cacetada Só, Mas Acabou Assassinando o Coelho da Páscoa e o Coelho da Alice
Maria trabalhava, com afinco, de dia
E estudava no período noturno
Ela vivia com estresse e agonia
Por isto tinha um olhar taciturno

Uma vez ela tentou matar dois coelhos
Com uma desesperada cacetada só
Os dois ficaram com corpos vermelhos
Porém Maria se encheu de dó

Um era o Coelho da Páscoa que traz sonhos
Então ela ficou com os olhos tristonhos
O outro era o Coelho da Alice com o despertador
Que representa a realidade cheia de dor

Com a cacetada do desespero
Maria matou os sonhos e a realidade
Mas ela continua trabalhando com esmero
Atrás do arco-íris da felicidade.
Luciana do Rocio Mallon



Não Tenho Carisma

Reconheço: O meu carisma é pior do que o do Michel Temer .
Aliás não tenho carisma, só cara e cisma.


Luciana do Rocio Mallon

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Não Declaro Voto


Meu voto é mais secreto que a minha calcinha. Por isto não fico contando em quem vou votar mesmo que os chatos insistam.
Aliás, não faço nem declaração de amor quando estou apaixonada...
Imagine, se vou declarar voto?
Aliás, o fato do voto, no Brasil, ser obrigatório já é constrangedor.
Ainda mais que eleição virou Big Brother, há pessoas estão combinando votos na piscina furada, na academia de ferro gelado, na cozinha cheia de louça para lavar e na lavandeira com preservativo usado na tábua.
Não sou de direita, nem de esquerda e nem do meio porque sou do alto. Afinal tenho asas.
Por isto, nem perguntem em quem votarei.
Luciana do Rocio Mallon




Aos Produtores Culturais


Toda a vez que você nega espaço para um artista popular. Além de humilhar a pessoa, você está destruindo a cultura.
Toda a vez que você deixa subir ao palco alguém dançando quase nu e nega o mesmo espaço para um repentista contador de lendas, você está queimando um museu dentro da sua alma.
Luciana do Rocio Mallon
#prontofalei
#indiretasdobem

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Facebook Viciante


Antigamente, o Face era viciante. Mas agora, perto das eleições, ficou tóxico. Pois querem enfiar tanta chapa política goela baixo, que o usuário fica chapado sem querer.
Luciana do Rocio Mallon

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Todo o Bom Comerciante Precisa Acompanhar as Modas dos Youtubers


Todo o Bom Comerciante Precisa Acompanhar as Modas dos Youtubers
Trabalho com vendas há mais de dez anos e sei que qualquer meio de comunicação de massa tem o poder de colocar um produto no mercado. Agora com a Internet, os youtubers também pertencem à mídia popular e possuem o poder de influência comercial. O problema é que alguns empresários em vez de abrirem suas cabeças, só fazem críticas como:
“- Só artistas frustrados viram youtubers.”
“- Quando a pessoa não serve para nada, abre um canal no Youtube.”
“- Youtubers são as fezes da Arte.”
Isto são erros de certos comerciantes.
Inclusive, passei a vender melhor certos produtos graças às influências de youtubers.
Na época em que vendia toalhas numa loja, uma youtuber, Lolly, confessou que ao invés de papel higiênico, ela limpava suas partes íntimas com toalhas brancas e felpudas. Pois isto trazia alegria e prazer. No dia seguinte, adolescentes entraram na loja e me falaram:
- Quero toalhas que a youtuber, Lolly, usa depois das necessidades.
Então mostrei toalhas brancas e felpudas.
Horas depois coloquei um cartaz na vitrine com a frase:
“ – Temos Toalhas da Lolly”
Assim os números de vendas destes produtos aumentaram.
Portanto, comerciantes, se liguem nas últimas modas dos youtubers. Pois quem tem a ganhar é o seu comércio.
Aliás, gostaria de agradecer à youtuber, Lolly, por ter falado sobre toalhas em seus vídeos. Afinal, depois não resisti porque comprei uma toalha macia e passei, no bumbum, após minhas necessidades. Realmente a sensação é tridimensional, quase um orgasmo místico. Depois disto soube de um segredo: descobri o porquê os roqueiros pedem tantas toalhas brancas em seus camarins.
Luciana do Rocio Mallon








terça-feira, 11 de setembro de 2018

Ela Saiu do Salto, Mas ao Invés de Sapatilhas Botou Havaianas


Ela Saiu do Salto, Mas ao Invés de Sapatilhas Botou Havaianas
Mané viu uma linda princesa, na festa informal, e disse:
- Madame, por favor, saia deste salto alto apertado e coloque sapatilhas para dançar à vontade.
A moça obedeceu. Só que, ao invés, de sapatilhas ela botou chinelos estilo Havaianas, dançou funk e bateu nos bumbuns de várias pessoas com estas sandálias. Ainda por cima gritou:
- Tatuagem de Havaianas é sempre top!
Luciana do Rocio Mallon





Lenda da Filha da Iara e do Violeiro da Ponte do Rio Tapera


Lenda da Filha da Iara e do Violeiro da Ponte do Rio Tapera
Na cidade de Laranjeiras do Sul, existem os fantasmas das Pontes do Rio Tapera, que são: Noiva, Loira das Mãos Tortas e Bruxa. Porém embaixo destas pontes também moram criaturas mágicas que não são tão conhecidas.
Reza a lenda que antes destes fantasmas surgirem, havia a Iara do Rio Tapera, que seduzia homens com seu canto. Então os rapazes pulavam para dentro da água, atrás desta sereia, e desapareciam. Também existia o fantasma do Violeiro, que atraía as mulheres com seu instrumento naquele rio. Assim quando elas resolviam subir na sua canoa sumiam rio afora. Porém quando surgiram os outros fantasmas das pontes, as pessoas se esqueceram da Iara e do Violeiro. Como os dois se sentiram muito sozinhos, resolveram se casar e tiveram uma filha chamada Selene, uma garota com cabelos vermelhos e que anda com os pés quando pisa no solo. O problema é que a pequena sempre foi louca para ter uma bicicleta. Mas a Iara dizia:
- Criaturas mágicas não andam de bicicleta.
Porém a garota passou a aparecer na garupa dos ciclistas do Rio Tapera para depois de alguns minutos desaparecer, misteriosamente, das traseiras das “bikes”.
Numa tarde, um entregador que passou pela ponte sentiu algo pesado na garupa. Porém quando olhou para trás avistou uma menina ruiva. Mesmo assim continuou o caminho porque pensou que fosse alguma criança da região resolvendo pegar carona de surpresa. Porém, dois minutos depois, ele sentiu a parte de trás mais leve e quando virou a cabeça notou que a menina desapareceu do nada.
Reza a lenda que Selene costuma pegar carona nas garupas de vários ciclistas da região que acabam se assustando com a surpresa.
Luciana do Rocio Mallon

 
Desenho: Thaís Damião 

Lenda de Rinoceronte Carcareco Que Venceu Eleições


Lenda de Rinoceronte Cacareco Que Venceu Eleições
Reza a lenda que no século dezenove existia uma mendiga apelidada de Cacareco. Ela vivia gritando frases a favor da abolição, contra a caça aos animais e amava rinocerontes. Por isto vivia dizendo:
- Quando morrer, quero reencarnar como rinoceronte e vencer as eleições.
Numa tarde de tempestade, Carcareco pegou chuva e morreu de pneumonia.
Anos depois, em 1954, nasceu um rinoceronte do sexo feminino, no Brasil que, por coincidência, também recebeu o nome de Carcareco. O animal foi parar no zoológico do Rio de Janeiro. Este bicho era manso e crianças se aproximavam dele sem problemas. Inclusive Carcareco apareceu em algumas cenas de filmes e comerciais brasileiros, justamente, por sua docilidade e simpatia.
Em 1958, o governador de São Paulo pediu  Carcareco emprestado para o governo no Rio de Janeiro com o objetivo de ser a atração principal da inauguração do Zoológico já que o animal era artista famoso. Reza a lenda que no dia do evento, choveu e quase alguns bichos escaparam. Mas o povo não deixou de visitar o rinoceronte. Inclusive o político Jânio Quadros exclamou a seguinte frase aos jornalistas:
“ – Com o cartaz que está, Carcareco seria um grande candidato...”
O jornalista Itaboraí Martins concordou com a ideia deste animal se candidatar à política e publicou artigos incentivando isto. Inclusive, dizem que é da autoria dele a seguinte frase:
“ –Antes um rinoceronte do que um asno.”
No ano seguinte, este animal recebeu muitos votos como vereador. Já que na época o voto era de papel.
Assim os fãs do bicho costuraram roupas executivas como terno e gravata para ele. Aliás, tratadores chegaram a colocar estas vestes no animal. Mas os veterinários desaconselharam esta atitude.
Por causa do carisma de Carcareco, uma fábrica de brinquedo lançou o boneco do rinoceronte.
Anos depois, em 1962, o bicho morreu e seus restos mortais estão num museu em São Paulo.
Porém vizinhos e frequentadores tanto do zoológico de São Paulo quanto do Rio de Janeiro afirmaram ver o fantasma do rinoceronte andando pela madrugada nestes locais.
Luciana do Rocio Mallon







segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Aldravia: Cachorro Canta Sinfonia Au Da Via


Cachorro
Canta
Sinfonia
Au
Da
Via
Luciana do Rocio Mallon



Máscaras de Papel


Máscaras de Papel
Hoje, recebi uma pergunta estranha:
- Tia Lu, o que você acha das pessoas que usam máscaras de papel em comerciais ou performances artísticas?
Minha resposta foi esta:
- Se as máscaras de papel forem usadas para fins artísticos são aprováveis. A pessoa não pode é usar máscaras fixas para a vida inteira com o objetivo de trapacear os outros.
Quando eu era criança não gostava do meu rosto. Pois achava que ele tinha traços rudes. Por isto eu recortava rostos de mulheres de revistas, pregava com elástico, e fazia máscaras com estas figuras. Ás vezes, saia pela rua com estas máscaras de papel. Porém, as pessoas pensavam que eu estava brincando. Mas no fundo, eu tinha esperança que o Anjo do Espelho me visse com a máscara e falasse a palavra mágica:
- Amém!
 Assim esta magia me deixaria com o rosto bonito para sempre. Muitas vezes, eu colocava máscaras de papel, com rostos de modelos e falava em frente ao espelho:
- Anjo do Espelho, apareça e diga:
- Amém!
Porém, ele nunca aparecia...
As minhas artistas preferidas para máscaras eram: Maitê Proença, Catherine Deneuve e Brook Shields.
Hoje vejo que, ás vezes, maquiagem pode funcionar como máscara. Porém a melhor máscara de papel é o sorriso. Pois você pode montar um riso falso, no seu rosto, para enganar alguém. Mas, no final, acaba sorrindo sem querer mesmo. O problema é que qualquer sofrimento repentino pode transformar este riso em uma cara emburrada com uma ruga na testa, ou até mesmo, provocar o surgimento de uma lágrima que cai até a boca.
Afinal o sorriso é uma máscara de papel capaz de mudar a fisionomia de qualquer pessoa.
Luciana do Rocio Mallon




A Fila Tem Que Andar, Mas a Catraca Precisa Ser Seletiva


A Fila Tem Que Andar, Mas a Catraca Precisa Ser Seletiva
Mané estava comentando com Zé:
- Faleceu o MC Catraca, aquele que tinha 32 filhos.  
- Será que ele tinha complexo de coelho?
De repente, a ex-namorada de Mané apareceu e disse:
- Ele tinha 32 filhos, mas assumia e sustentava todos.
- E você?
- Que teve um bebê comigo, mas até hoje não registrou e nem pagou pensão?
- Mas eu aprendi que a fila tem que andar, mas a catraca precisa ser seletiva.
Luciana do Rocio Mallon






domingo, 9 de setembro de 2018

Para o Bilhete Ser Verdadeiro, Precisa Ter a Hora “H” No Meio


Para o Bilhete Ser Verdadeiro, Precisa Ter a Hora “H” No Meio
Para o bilhete ser verdadeiro
Deve ter a hora “H” no meio
Senão vira fake news na rede social
Ou estrela que não brilha no astral       

Um bilhete que acompanha um bombom
Pode ser uma agradável surpresa
Mas ele corre o risco de perder o bom tom
Se a hora “H” fugir sem sutileza
No meio da mesa da princesa

É verdade e real este bilhete
Com a hora “H” no ramalhete
Um bilhete sem a hora “H” na homenagem
É apenas uma simples e humilde mensagem
Que ás vezes vira jardim na miragem

É verdade e real este bilhete
No meio do laço do corselete
Tão cremoso quanto um sorvete
Na sensualidade de um joguete.
Luciana do Rocio Mallon






Aldravia: Rosa No Jardim Perfume Em Mim


Rosa
No
Jardim
Perfume
Em
Mim
Luciana do Rocio Mallon

sábado, 8 de setembro de 2018

Agora, Querem Censurar a Coleção Vagalume da Editora Ática


Agora, Querem Censurar a Coleção Vagalume da Editora Ática
Depois de livros de autores consagrados como Ana Maria Machado e Monteiro Lobato sofrerem ameaças de censura, agora é a vez da coleção Vagalume da Editora Ática, que é uma série de obras juvenis que há desde os anos 80. Fui criança, naquela época, e nunca vi nada de errado nestes livros. Pelo contrário, as obras eram interessantes e estimulavam a leitura.
Agora, em 2018, moralistas dizem que o nome vagalume induz à homossexualidade porque o pirilampo é um inseto que tem luz no traseiro. Sim, parece piada, mas este é um dos argumentos que os equivocados usam para tirar a coleção das bibliotecas das escolas.
Os moralistas ainda argumentaram que títulos, da coleção, como: O Escaravelho do Diabo, A Ilha Perdida, Um Cadáver Ouve Rádio, A Maldição do Tesouro do Faraó, Na Barreira do Inferno, O Mistério dos Cinco Estrelas, Na Mira do Vampiro, A Aldeia Sagrada, O Mistério da Cidade-Fantasma e As Aventuras de Xisto podem causar medo nas crianças porque envolvem histórias de fantasmas e crimes. Ora, aposto que estas mesmas pessoas deixam seus pequenos assistirem às novelas, da Globo, que possuem elementos mais pesados.
Sou escritora de lendas e na minha infância, pedia para que minha mãe contasse causos populares como: A Loira Fantasma, O Cachorro do Drácula, O Costureiro Morto Que Virou Gato de Vitrine, O Jardim dos Espíritos, etc. Garanto que nunca tive pesadelos por causa destes contos.
Infelizmente, nossa sociedade está ficando histérica em nome de hipocrisia.
Luciana do Rocio Mallon         
                                  




Corpo-a-Corpo X Copo a Copo


Na rua, políticos realizam corpo-a-corpo com o povo.
No porão, espíritos fazem copo a copo na brincadeira do copo com crianças curiosas.
Só vence quem cumpre tudo letra por letra.
Luciana do Rocio Mallon

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

O Corretor Assassina a Língua Portuguesa

Tem criatura que não precisa de arma e nem de faca para machucar alguém. O corretor ortográfico do celular, de muitas pessoas, assassina a Língua Portuguesa e ainda dá uma de Chaves:
"- Foi sem querer, querendo."
O meu corretor é tarado. Pois pensa que vírgulas são espermatozoides e engole todas elas.


Luciana do Rocio Mallon

Livro da Autora, Ana Maria Machado, é Censurado Injustamente


Livro da Autora, Ana Maria Machado, é Censurado Injustamente
Há uma onda à censura, nas redes sociais, contra livros inocentes.
Em 1983, a autora Ana Maria Machado, escreveu a obra chamada O Menino Que Espiava Para Dentro, onde um garoto, chamado Lucas, busca seu eu interior. Há uma cena de fantasia onírica onde o garoto pensa em se engasgar com uma maçã para fazer viagem astral. Porém Lucas não morde a maçã, mas descobre que deseja ficar mais tempo dentro do seu mundo interior porque através dele ele é capaz de desenvolver a imaginação.
Porém gente portadora de analfabetismo funcional, que ocorre quando a pessoa sabe ler, mas não consegue interpretar, acusou a autora de fazer apologia ao suicídio.
Acusar o livro, chamado O Menino Que Espiava Para Dentro, de fazer apologia ao suicídio é a mesma coisa que acusar o desenho do He-Man de incentivar as crianças a pegarem em espadas e atacarem os outros por aí.
Além disto, há criaturas que dizem que a figura da maçã não deveria estar no livro infantil. Pois, segundo elas, Adão e Eva pecaram por causa da maçã, Branca de Neve morreu por causa desta fruta, Guilherme Tell atirava flechas na maçã e quase matava os outros, etc.
Poxa, estão acusando até a maçã!
Alguns adultos dizem que possuem medo que os pequenos, após lerem o livro, tentem se engasgar com a fruta. Mas o personagem nem chega a praticar este ato.
Puxa, fui criança nos anos 80 e brincava de se engasgar com bala Soft na frente de adultos e nunca ninguém me censurou por isto.
Por coincidência, este “mimimi” todo só começou depois que o Merthiolate parou de arder. Inclusive na minha infância li, O Menino Que Espiava Para Dentro, e através dele descobri o valor dos dons interiores, da criatividade e dos sonhos.
Outro problema é que estão acusando outro autor, Monteiro Lobato de: comercializar as lendas brasileiras, exibir racismo e homofobia nas suas obras. Porém, a verdade é que o escritor mostrou o preconceito que existia na época. Sem falar que ele popularizou as lendas brasileiras que estavam sendo esquecidas. Antes que me chamem de preconceituosa, confesso que sempre torci para que o Visconde de Sabugosa ficasse com o Rabicó.
Precisamos tomar cuidado com a censura de histeria que está invadido nosso país.
Luciana do Rocio Mallon




Em Vez de Apontar o Dedo. Eu Escolhi Estender a Mão


Em Vez de Apontar o Dedo, Eu Escolhi Estender a Mão
Perguntar Não Ofende:
Vi pessoas que se dizem contra a Pena de Morte comemorando o atentado ao Bolsonaro.
Como isto é possível?
Quando falei que meu sonho era montar uma loja para meu sustento próprio, algumas pessoas comentaram que eu era uma porca capitalista. Ora, o fato de eu montar um comércio simples não me faz um monstro.
Quando disse que desejava casar virgem, mulheres me tacharam de machista. Mas o fato de eu querer intimidades somente depois do casamento não me transforma em machista.
Quando fui assaltada e espancada no ponto de ônibus, alguns seres falaram que a culpa do assalto era minha. Pois eu reagi contra os bandidos, estava num ponto de ônibus isolado e, segundo estas criaturas, os marginais são vítimas da sociedade.
Por tudo isto, desisti de entender o ser humano.
Observação: Não pretendo votar no Bolsonaro. Nem sequer tenho ideologia política. Mas respeito quem votará nele e nos outros candidatos também. Pois em vez de apontar o dedo eu escolhi estender a mão.
Luciana do Rocio Mallon 





Ditado de Sete de Setembro: O Cavalo de Desfile


7 de setembro lembra o ditado da minha vó contra o bullying: " Quando rirem de você, finja não escutar. Basta fazer como o cavalo em desfile de sete de setembro, que é empinado, anda, caga na rua e ainda por cima é aplaudido. "
Por isto eu tinha inveja do cavalo.
Luciana do Rocio Mallon


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Blogueira de Poesia Não Possui Seguidores, Pois Tem SeguiAMORES


Blogueira de Poesia Não Possui Seguidores, Pois Tem SeguiAMORES
Blogueira de Poesia não tem simples seguidores
Ela tem pessoas em formas de versos, seguiAMORES
Pois estes fãs não só seguem, mas dividem o mesmo céu
De um poema eterno que retira tudo o que é cruel

Blogueira de Poesia não tem simples fãs
Ela possui anjos que oram pelas manhãs
Para que seu dia seja inspiração pura
Através da caridade cheia de ternura

Blogueira de Poesia não tem só seguidores
Ela possui amigos chamados seguiAMORES
Pois acompanhar alguém na vida virtual
É construir uma estrela em outro astral

Com a luz de “likes” nos sinais de joias e sorrisos
Pois blogueira de Poesia flutua em vários pisos
A cada amizade aceita e adicionada
Uma vela se acende no meio do nada
Num texto digitado em plena madrugada

Blogueira de Poesia não tem simples seguidores
Ela possui verdadeiros e eternos seguiAMORES.
Luciana do Rocio Mallon