terça-feira, 31 de outubro de 2017

Lenda da Dama Com Vestido Preto e Sapatos Vermelhos das Festas

Lenda da Dama Com Vestido Preto e Sapatos Vermelhos das Festas
Reza a lenda que quando uma moça pobre deseja ficar bem vestida, numa festa, é só pegar emprestados: um vestido preto com sapatos vermelhos. Porém este mito surgiu na corte do Rei Luís XV.
Num dia de primavera, este rei resolveu dar um baile e disse para sua empregada preferida, Rose Marie:
- Rose, hoje, darei uma festa e quero que sua filha, Jaqueline, venha como convidada. Portanto, sem o uniforme de serviçal.
A funcionária ficou preocupada porque sua filha não tinha vestido para bailes. Então ela disse à garota:
- O rei deseja que você participe da festa. Porém como convidada. Eu soube que Filipe montou uma loja com as roupas usadas da mãe dele, a viúva Bordeaux.
A jovem exclamou:
- Mãe, mas ela só tem roupas pretas!
- Quem usa roupas escuras são somente as viúvas!
Rose Marie disse:
- Estamos na hora de acabar com esta tradição. Afinal roupas negras ficam bonitas em qualquer mulher. Além disto, madame Bordeaux tinha o corpo muito parecido com o seu.
Então, estas mulheres foram ao local onde Filipe vendia as peças usadas de sua mãe. A única roupa que puderam comprar, com o dinheiro que tinham, foi um vestido negro com detalhes em lantejoulas e tule junto com um par de sapatos vermelhos, que foi o único que coube nos pés de Jaqueline.
Na hora do baile, quando a jovem chegou vestida de preto, com os calçados carmins, todos olharam para ela com admiração. Porém, uma invejosa gritou:
- Toda a menina pobre deveria ter o direito de colocar um vestido preto de viúva e um par de sapatos vermelhos de meretriz!
Mas Jaqueline não ligou, levantou o nariz e vários homens ricos tiraram esta donzela para dançar.
No final da noite, ela olhou para uma estrela cadente e disse:
- Eu peço para que toda a menina pobre possa colocar um vestido preto e um par de calçados carmins em noite de festa!
A partir daquele dia, Jaqueline desejou ser costureira.
Assim, toda a vez que esta jovem tinha folga no serviço do palácio, ela observava como a costureira do castelo, chamada Madame Bertin, confeccionava as roupas. Deste jeito, ela aprendeu pouco a pouco a costurar. Então quando se aposentou, passou a confeccionar vestidos escuros de festas, com tecidos baratos, para moças carentes.
Reza a lenda que quando Jaqueline, faleceu de tuberculose, seu fantasma aparecia à noite e ficava costurando roupas escuras para jovens pobres. Desta maneira ela distribuía as peças fantasiada de Mamãe Noel no Natal.
Esta lenda lembrou-me de outro causo que ocorreu em Curitiba nos anos 70. Num dia de inverno, uma jovem viúva faleceu e foi enterrada com um vestido preto junto com sapatos de vermelhos. Sofia e seus filhos , donos de um brechó, que costumavam roubar roupas de defuntos para vender na loja, observaram tudo. Deste jeito à noite, tiraram as peças do corpo da falecida viúva para revender.
No dia seguinte, uma jovem pobre chamada Michele precisava de uma roupa de festa porque foi convidada para um evento de última hora. Então, ela desabafou com sua avó, que disse:
- Reze para Jaqueline, a costureira fantasma da época do Luís Quinze, que ela ajudará você a comprar uma roupa de festa bem barata.
Michele obedeceu a sua avó e foi ao Centro adquirir a peça. Quando, de repente, passou em frente a um brechó e avistou um vestido preto com sapatos vermelhos a preço de banana.
Deste jeito ela foi à festa. Naquela noite ela sonhou com uma dama que disse:
- Esta roupa, que você usou no baile, roubaram de mim quando eu estava dentro do caixão. Porém como a Jaqueline conversou comigo, aqui no céu, você pode se sentir livre para usa-la.
Luciana do Rocio Mallon




A Fada e a Sereia

A Fada e a Sereia
Era uma vez uma linda sereia
Com o coração despedaçado por inteiro
E a alma levada para longe da areia
Por estar cansada de ser objeto faceiro
Nas mãos de pescador e de marinheiro

Era uma vez uma fada maravilhosa
Que atendia aos pedidos dos carentes
Mas sua alma era uma desfolhada rosa
Com pétalas rasgadas e indigentes

Um dia a fada voou para o mar
Assim viu a sereia sedutora
De repente parou para admirar
A voz desta musa cantora

As moças se apaixonaram no oceano sem fim
Mas o fogo do preconceito queimou as duas assim
Mesmo com o choro da salamandra carmim
A fada deu, para a sereia, asas transparentes
A sereia deu, para a fada, ondas inocentes

Por causa do tabu no meio desta senda
Ninguém ousará contar esta lenda
Mas um dia ela será publicada numa agenda.  
Luciana do Rocio Mallon




A Poesia e o Dia das Bruxas

A Poesia e o Dia das Bruxas
A Poesia era uma fada na torre de marfim
Mas a Realidade vestida de camisola carmim
Cortou suas asas que eram suaves como o cetim

Porém a Poesia sangrando com a navalha
Logo pegou uma vassoura de palha
E voou pelo céu da criatividade
Entre as estrelas da felicidade

Jogaram a Poesia na fogueira
Mas como ela era malandra
De uma maneira verdadeira e faceira
Transformou-se em salamandra
Com seu poder místico de feiticeira

Cortaram as madeixas da Poesia
Mas ela logo colocou um chapéu
Que deixou seu rosto cheio de harmonia
Sorrindo apesar da violência dura e cruel.
Luciana do Rocio Mallon



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Roubaram o Espelho da Poesia

Roubaram o Espelho da Poesia
Eu tinha um espelho que não mostrava a minha imagem
Porém me fazia viajar para qualquer paisagem
Pois, no seu interior ele possuía uma mensagem

Mas a bruxa da Branca de Neve
Com seu jeito traiçoeiro e breve
Chegou de manso, bem de leve

Junto com a Alice do País das Maravilhas,
Com aroma de mil baunilhas,
Acompanhada do Narciso vaidoso
Que com seu jeito misterioso e perigoso

Levou meu espelho numa noite de agonia,
Junto com uma lendária companhia,
Deixando o meu espírito sem harmonia
Porque eles roubaram o espelho da Poesia

Hoje só pergunto de um jeito cruel:
- Espelho, espelho, mel
- Você está em qual céu?
Luciana do Rocio Mallon




Amizade de Infância da Época de Escola

Amizade de Infância da Época de Escola
Uma amizade que começou na escola, na meninice
É repleta de emoção, paz e meiguice
Uma amizade de infância bem fraterna
Torna-se inesquecível, suave e eterna

Amigas desde que eram crianças
Quando se reencontram, agora
Compartilham as melhores lembranças
Como subir em uma árvore de amora

Amizade de infância, que não se acaba com o tempo
É a prova de que o coleguismo é um bom sentimento
Os anos passam, porém não acabam com a ternura
Há uma criança em cada mulher cheia de doçura.
Luciana do Rocio Mallon


domingo, 29 de outubro de 2017

Ninguém é Dono do Próprio Nariz, Nem Quem Entra no Jardim da Liberdade da Poesia

Ninguém é Dono do Próprio Nariz, Nem Quem Entra no Jardim da Liberdade da Poesia
Ela entrou no jardim da real liberdade
Pois conseguiu licença poética sem fim
Deste jeito ela conheceu a felicidade
Porque recebeu duas asas de cetim!

Mas uma borboleta posou no seu nariz
Entre a rosa, o jasmim e a flor-de-lis
Então ela viu que não era tão livre assim
Mesmo estando nua num leve jardim

Ela viu que os donos do canteiro
Era a esperta e agitada Vida
Junto com o Destino traiçoeiro
Porém existia uma margarida
Para amenizar sua triste ferida

Ninguém é dono do próprio nariz
Pois existe algo a mais do que a própria vontade
A borboleta do destino pousa alegre feliz
No nariz de alguém para cortar a vaidade.
Luciana do Rocio Mallon




Sou a Favor do Papel Higiênico Colorido e Com Perfume Atrevido

Sou a Favor do Papel Higiênico Colorido e Com Perfume Atrevido
Sou a favor do papel higiênico colorido
Com perfume harmônico e atrevido
Sou da época do papel higiênico rosa
Que era áspero como lixa pavorosa

Porém, agora estamos em outro tempo
Minha pele quer que respeite o sentimento!
Quero papel higiênico amarelo com cheiro de maracujá
Para refrescar a periquita quente e o fogoso sabiá!

Desejo papel higiênico azul celeste
Com aroma suave e campestre
Para trazer ao mundo uma paz que preste!

Quero papel higiênico da cor e com o cheiro da violeta
Para sossegar o beija-flor, e, também a borboleta!

Quero papel higiênico com as cores do arco-íris
Para mostrar que não existe preconceito
Este rolo enfeitará qualquer íris
Com um aroma de amor-perfeito!

Para ser papel, não basta apenas limpar
Pois precisa espalhar um perfume pelo ar.
Luciana do Rocio Malon






Queria Ser Como o Milho de Pipoca

Queria Ser Como o Milho de Pipoca
Queria ser como o pequeno milho de pipoca
Que se veste em nome da paz com a cor branca
Toda a vez que estoura com provocação e fofoca
Porém em vez de brigar, fica com alma branda

Gostaria de ser como este milho pequeno
Que toda vez que fica com a cabeça quente
Veste-se de noiva de um jeito leve e sereno
Dentro de uma panela com óleo ardente!

Queria ser como o milho de pipoca cheio de magia
Que se transforma numa pomba deliciosa
Dentro de uma panela repleta de agonia
O milho vira uma pipoca graciosa e saborosa

Ele se transforma numa nuvem cheia de ternura
Porque faz da dor um caminho para a paz
Pois, mesmo quente ele mantem a fé mais pura
Como uma nuvem de verão no céu lilás.
Luciana do Rocio Mallon







Vídeo: Sou Ace e Será Que Devo Contar Para Me Namorado Alo ?

https://www.youtube.com/watch?v=kGWPEzEQw8U&list=PLWy0o60uHTE5A-lh824fKQKbAXrW29T7a&index=34

sábado, 28 de outubro de 2017

Formar uma Família Tradicional Não Torna Ninguém Superior a Ninguém

Formar uma família tradicional não torna ninguém superior a ninguém. Tem gente que pensa que só porque casou e teve filhos pode humilhar as pessoas LGBTQA.
Cansei de ser humilhada por pessoas que se dizem conservadoras só porque não casei. Mas o que elas não sabem é que não roubo os pretendentes das outras e nem dou em cima de ninguém. Afinal, tenho a consciência limpa. Isto não me deixa superior e nem inferior, apenas me faz humana.

Luciana do Rocio Mallon

Eu Não Roubo Poesia, Mas a Poesia Me Roubou

Eu Não Roubo Poesia, Mas a Poesia Me Roubou
Eu não roubo crônica e nem poesia
Porque sou repentista e crio na hora
Versos de alegria, ou, de agonia
Não deixando a recordação ir embora
                                    
Eu não roubo Poesia, mas a Poesia me roubou
Apontando o revólver feito com versos
Quando a noite se despiu e se calou
Nos eclipses misteriosos e perversos

A Poesia transformou a Lua numa faca brilhante
Ameaçou-me e levou minha mente afora
No lugar do coração botou a estrela cintilante
Que brilha no meu peito, nesta hora, bem agora

Em volta dos meus punhos, ela colocou algemas
Transformando os engavetados rascunhos em poemas
A Poesia levou meus cartões, chaves e documentos
Transformando minha identidade em sentimentos

Gente, a Poesia é uma marginal, uma bandida
Ela está escondida no canteiro da margarida
A Poesia que brilha é uma sequestradora perigosa
Sou refém da sua quadrilha no cativeiro da rosa.
Luciana do Rocio Mallon




Nunca faça, sem pensar, tudo o que lhe der na telha. Pois, uma telha livre corre o risco de virar motel de gato.

Nunca faça, sem pensar, tudo o que lhe der na telha. Pois, uma telha livre corre o risco de virar motel de gato.
Luciana do Rocio Mallon

Gênero Neutro

Sim, sou do gênero neutro, mesmo!
Pois, tem qualidades femininas que nunca terei. Como: sedução e sensualidade, por exemplos.
Não tenho o balanço dos quadris e nem o cabelo sedoso.
Mas, é difícil convencer as pessoas que nem a aparência foi escolha minha.
Nunca consegui conquistar ninguém. Pois, só tive amores platônicos e olhe que sou velha.
Um destes amores platônicos voltou para Curitiba e só de pensar, na rejeição, ou, da possibilidade de reencontrar a pessoa na rua já passo mal.
Realmente, não sou mulher. Isto é apenas o que está escrito na minha certidão de nascimento e carteira de identidade.


Amar é tão difícil na vida de alguém neutro.
Luciana do Rocio Mallon

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Lenda do Orvalho(Corrigida)

Lenda do Orvalho
No alto do céu, morava um anjo
Que tocava harpa, lira e banjo
Das nuvens, ele admirava as flores
Encantando-se com suas cores!

Então ele pediu ao Papai do Céu:
Sou um anjo, mas queria ser um jardineiro
Para regar as flores que dão o mel
De um jeito apaixonado e verdadeiro
Para curar minha solidão e seu fel!

Mas o criador deu lágrimas transparentes
Para o anjo regar a rosa, a margarida e o jasmim
Com seu choro puro e inocente
Ele tira a sede malvada e ruim
Deixando as flores com pétalas de cetim

Assim nasceu o orvalho em forma de gota
Os orvalhos são lágrimas de um querubim
Que derramam o sereno na solidão solta
Irrigando levemente o proibido jardim
Na madrugada que parece não ter fim

O anjo pensa e imagina que a vida
É gota cristalina dentro da pétala da flor
Mas o mundo é mais do que a margarida
Banhada num orvalho repleto de amor.
Luciana do Rocio Mallon







Lenda do Orvalho

Lenda do Orvalho
No alto do céu, morava um anjo
Que tocava harpa, lira e banjo
Das nuvens, ele admirava as flores
Encantando-se com suas cores!

Então ele pediu ao Papai do Céu:
Sou um anjo, mas queria ser um jardineiro
Para regar as flores que dão o mel
De um jeito apaixonado e verdadeiro
Para curar minha solidão e seu fel!

Mas o criador deu lágrimas transparentes
Para o anjo regar a rosa, a margarida e jasmim
Com seu choro puro e inocente
Ele tira a sede malvada e ruim
Deixando as flores com pétalas de cetim

Assim nasceu o orvalho em forma de gota
O orvalho são lágrimas de um querubim
Que derrama o sereno na solidão solta
Irrigando levemente o proibido jardim
Na madrugada que parece não ter fim

O anjo pensa e imagina que a vida
É gota cristalina dentro da pétala da flor
Mas o mundo é mais do que a margarida
Banhada num orvalho repleto de amor.
Luciana do Rocio Mallon







Pior Do que Julgar um Livro Pela Capa II


Pior do Que Julgar um Livro Pela Capa...

Pior do que julgar um livro pela capa, ou, um monge pelo hábito é condenar uma pessoa somente pelo que ela posta nas redes sociais.

Lenda de Primaverina do Leite do Orfanato e a Expressão Moça de Família(Corrigida)

Lenda de Primaverina do Leite do Orfanato e a Expressão Moça de Família(Corrigida)
Há muitos anos, uma jovem teve uma filha. Mas como era pobre e mãe solteira deixou o bebê na roda dos enjeitados do convento das freiras que tinham um orfanato de meninas atrás deste estabelecimento.
Então uma irmã de caridade recolheu a criança. Como isto aconteceu numa noite de Primavera, a garota foi batizada como Primaverina.
Já na infância, a irmã Severa aconselhava:
- Tratem de estudarem para ser freiras também.
- Nunca sonhem com casamentos. Pois só as moças de família casam. Muitas de você são filhas de mães solteiras.
Deste jeito Primaverina comentou:
- Moças de família são as que têm família, né?
- Então somos garotas de orfanato...
- Mas, meninas órfãs não têm direito de amar?
- Se eu for adotada por uma família, daí  poderei casar?
- Pois se eu tiver pais, mesmo que adotivos, serei de família, né?
Deste jeito, a irmã ralhava:
- Fique quieta, Primaverina!
Com o passar do tempo, esta garota notou, através da janela, que um belo moço deixava uma caixa de leite em frente ao orfanato.
Desta maneira, ela pensava olhando para a constelação do Cruzeiro do Sul:
- Se eu fosse adotada, poderia me casar com este filho do leiteiro. Pois, eu seria de família.
Naquele dia, ela sonhou que uma estrela saiu da constelação e disse a ela:
- Sou a estrela Intrometida, do Cruzeiro do Sul e transformarei seu sonho em realidade, sem ao menos, você precisar de uma família adotiva!
O tempo passou e quando Primaverina chegou à adolescência, recebeu novas tarefas no orfanato. E uma delas era pegar a caixa que o leiteiro deixava, em frente ao estabelecimento, às cinco da manhã.
Logo, a donzela fez amizade com o rapaz e começaram a trocar poemas e livros.
Então o moço resolveu pedir a mão de Primaverina em casamento para a madre superiora, que falou que isto seria impossível porque a garota era pobre e não teria como pagar o dote.
Assim Setembrina viu no jornal que haveria um concurso de beleza e que a vencedora ganharia uma joia que era o valor do dote. Desta maneira, a jovem perguntou à madre superiora:
- Posso participar de um concurso de beleza?
- Pois, o prêmio é valor do dote para me casar com o filho do leiteiro.
Desta maneira a irmã de caridade ralhou:
- Moças de família não participam de concursos de beleza!
Porém, Setembrina participou às escondidas, ganhou a joia, foi até a casa do amado e deu o prêmio como dote.
Depois do matrimônio ela passou a dar um desconto maior para o orfanato e ofereceu cursos profissionalizantes às órfãs.
Numa madrugada de primavera, esta mulher desmaiou na carroça enquanto vendia leite. Mas reza a lenda que toda a noite de Natal, Setembrina distribui garrafas de leite, gratuitamente, em orfanatos e abrigos de crianças carentes. Sem falar que com suas garrafas mágicas, esta moça joga os pingos de leite no universo, renovando a Via-Láctea.
Luciana do Rocio Mallon










Lenda de Primaverina do Leite do Orfanato e a Expressão Moça de Família

Lenda de Primaverina do Leite do Orfanato e a Expressão Moça de Família
Há muitos anos uma jovem teve uma filha. Mas como era pobre e mãe solteira deixou o bebê na roda dos enjeitados do convento das freiras que tinham um orfanato de meninas atrás do estabelecimento.
Então uma irmã de caridade recolheu a criança. Como isto aconteceu numa noite de Primavera, a garota foi batizada como Primaverina.
Já na infância, a irmã Severa aconselhava:
- Tratem de estudarem para ser freiras também.
- Nunca sonhem com casamentos. Pois só as moças de família casam. Muitas de você são filhas de mães solteiras.
Deste jeito Primaverina comentou:
- Moças de família são as que têm família, né?
- Então somos garotas de orfanato...
- Mas, meninas órfãs não têm direito de amar?
- Se eu for adotada por uma família, daí  poderei casar?
- Pois se eu tiver pais, mesmo que adotivos, serei de família, né?
Deste jeito, a irmã ralhava:
- Fique quieta, Primaverina!
Com o passar do tempo, esta garota notou, através da janela, que um belo moço deixava uma caixa de leite em frente ao orfanato.
Desta maneira, ela pensava olhando para a constelação do Cruzeiro do Sul:
- Se eu fosse adotada, poderia me casar com este filho do leiteiro. Pois, eu seria de família.
Naquele dia, ela sonhou que uma estrela saiu da constelação e disse a ela:
- Sou a estrela Intrometida, do Cruzeiro do Sul e transformarei seu sonho em realidade, sem ao menos, você precisar de uma família adotiva!
O tempo passou e quando Primaverina chegou à adolescência, recebeu novas tarefas no orfanato. E uma delas era pegar a caixa que o leiteiro deixava, em frente ao estabelecimento, às cinco da manhã.
Logo, a donzela fez amizade com o rapaz e começaram a trocar poemas e livros.
Então o moço resolveu pedir a mão de Primaverina em casamento para a madre superiora, que falou que isto seria impossível porque a garota era pobre e não teria como pagar o dote.
Assim Setembrina viu no jornal que haveria um concurso de beleza e que a vencedora ganharia uma joia que era o valor do dote. Desta maneira, a jovem perguntou à madre superiora:
- Posso participar de um concurso de beleza?
- Pois, o prêmio é valor do dote para me casar com o filho do leiteiro.
Desta maneira a irmã de caridade ralhou:
- Moças de família não participam de concursos de beleza!
Porém, Setembrina participou às escondidas, ganhou a joia, foi até a casa do amado e deu o prêmio como dote.
Depois do matrimônio ela passou a dar um desconto maior para o orfanato e ofereceu cursos profissionalizantes às órfãs.
Numa madrugada de primavera, esta mulher desmaiou na carroça que enquanto vendia leite. Mas reza a lenda que toda a noite de Natal, Setembrina distribui garrafas de leite, gratuitamente, em orfanatos e abrigos de crianças carentes. Sem falar que com suas garrafas mágicas, esta moça joga os pingos de leite no universo, renovando a Via-Láctea.
Luciana do Rocio Mallon









Julgar um Escritor Só Pelo Que Ele Posta nas Redes Sociais é Como Julgar um Ator Apenas Pelo Papel Que Ele Faz no Palco

Julgar um Escritor Só Pelo Que Ele Posta nas Redes Sociais é Como Julgar um Ator Apenas Pelo Papel Que Ele Faz no Palco
Julgar um escritor só pelo que ele posta nas redes sociais
É expor a própria alma a enganos perigosos e fatais
Um autor na Internet, ás vezes, só mostra o eu lírico
Camuflando o verdadeiro e misterioso espírito!
                                   
Um ator quando é julgado pela personagem
Gera na sociedade uma enganosa miragem
Porque um artista vai além de um mero papel
Ele não merece apanhar pela personagem cruel

Condenar um autor só pelo que ele posta na Internet
É o caminho mais curto para se tornar marionete
Desta sociedade injusta, consumista e preconceituosa
Todo o artista merece um poema em forma de rosa

A Arte verdadeira vai muito além da mídia
É um aroma perdido num buquê de tília
Protegendo o anjo de uma traição perfídia.
Luciana do Rocio Mallon






Julgar um Escritor Só Pelo Que Ele Posta nas Redes Sociais é Como um Julgar um Ator Apenas Pelo Papel Que Ele Faz no Palco

Julgar um Escritor Só Pelo Que Ele Posta nas Redes Sociais é Como um Julgar um Ator Apenas Pelo Papel Que Ele Faz no Palco
Julgar um escritor só pelo que ele posta nas redes sociais
É expor a própria alma a enganos perigosos e fatais
Um autor na Internet, ás vezes, só mostra o eu lírico
Camuflando o verdadeiro e misterioso espírito!
                                   
Um ator quando é julgado pela personagem
Gera na sociedade uma enganosa miragem
Porque um artista vai além de um mero papel
Ele não merece apanhar pela personagem cruel

Condenar um autor só pelo que ele posta na Internet
É o caminho mais curto para se tornar marionete
Desta sociedade injusta, consumista e preconceituosa
Todo o artista merece um poema em forma de rosa

A Arte verdadeira vai muito além da mídia
É um aroma perdido num buquê de tília
Protegendo o anjo de uma traição perfídia.
Luciana do Rocio Mallon






quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Gata Assaltada Tem Medo de Moto Fria

Gata Assaltada Tem Medo de Moto Fria
Bem, hoje encontrei uma vizinha, que é uma senhora de idade, no ponto de ônibus e começamos a conversar. Então comentei:
- Este ponto de ônibus anda perigoso. Pois fui, assaltada aqui em agosto. Dois homens numa moto pararam neste local. Eu desconfiei e sai correndo. Mas o veículo deu a ré. Assim o homem da garupa pulou atrás de mim, me bateu e arrancou as minhas coisas.
A vizinha falou:
- Nossa!
- Tomarei mais cuidado então!
- O problema é que não posso correr devido aos problemas da idade avançada.
De repente, uma moto branca se aproximou, lentamente, e eu disse à senhora:
- Tem uma motocicleta lenta lá, em cima, vindo em nossa direção!
- Vamos correr!
Apressei o passo. Mas a vizinha comentou:
- Não consigo andar rápido devido à idade.
De repente, a moto parou em frente dela. Deste jeito, gritei:
- Socorro!
Pessoas apareceram.
Logo notei que o homem da moto era um senhor idoso que só pediu informações para ela, que não soube responder. Após isto, ele foi embora. Pelo menos, o homem não assaltou ninguém.
Pois, é:
Gata assaltada tem medo de moto fria.
Luciana do Rocio Mallon








quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Sou uma Concha com Poucas Pérolas e uma Flor Com Poucas Pétalas

Sou uma Concha com Poucas Pérolas e uma Flor Com Poucas Pétalas
Sou uma flor com poucas pétalas suaves e macias
Não por causa do Sol, mas pelo excesso de tempestade
A chuva arrancou minhas esperanças, deixando agonias
Porque ela tirou algumas pétalas e só deixou saudade
                                   
Sou uma concha com poucas pérolas brilhantes
Não por falta do carinho do mar profundo
Porém pelo excesso de peixes elegantes
Que deixam o meu espírito sujo e imundo

Sou uma flor com poucas pétalas leves
Pois fui seduzida e abandonada pelo jardineiro
Que declamou poemas lindos, efêmeros e breves
De um jeito safado, perigoso e traiçoeiro

Sou uma concha com poucas pérolas
Sou uma flor com poucas pétalas
Mas sonho com um mar em forma de jardim
A minha fantasia ninguém roubará de mim.
Luciana do Rocio Mallon


Não Existem Vacas Magras Para Quem Sabe Tirar Leite de Pedra(Corrigido)

Não existem vacas magras para quem sabe tirar leite de pedra. O esforço e a energia do olho do dono são as melhores rações que engordam o gado. Mas nunca devemos deixar que a luxúria e as tentações da carne abram as porteiras. Pois corremos o risco de perder tudo. (Luciana do Rocio Mallon)

Não Existem Vacas Magras Para Quem Sabe Tirar Leite de Pedra

Não existem vacas magras para quem sabe tirar leite de pedra. O esforço e a energia do olho do dono são as melhores rações que engordam o gado. Mas nunca devemos deixar que a luxúria e as tentações da carne abram as porteiras. Pois corremos os risco de perder tudo. (Luciana do Rocio Mallon)

Bom Era Ser Jovem nos Anos 90

Bom era ser jovem nos anos 90, pois no colégio você podia:
- usar o cabelo com “mullets” estilo Chitãozinho e Xororó;
- pintar as madeixas com papel crepom colorido;
- escutar Mamonas Assassinas porque a ditadura do politicamente correto não existia;
- namorar às escondidas na biblioteca da escola;
- usar calças jeans rasgada;
- declamar Poesia na cantina;
Que nenhuma diretora reclamava disto...
Agora, em 2017, tem aluno que não pode pintar o cabelo estilo jogador de futebol...
Luciana do Rocio Mallon




Acabaram de Me Convidar Para um Curso Chamado Vagina Criativa

Acabaram de Me Convidar Para um Curso Chamado Vagina Criativa
Gente, acabaram de me convidar para um curso chamado vagina criativa!
Será que lá eles ensinam a perseguida a fazer desenhos criativos, com o sangue menstrual, no absorvente higiênico?
Se sim, então me interessa!
Pois, tudo o que diz respeito à intimidade, hoje em dia, é considerado Arte.
Luciana do Rocio Mallon


Papel Higiênico de Cor Escura

Papel Higiênico de Cor Escura
Não vejo razão de uma fábrica lançar um papel higiênico da cor escura se, conforme quem experimentou, o produto é macio e executa a limpeza do mesmo jeito que os outros.
Nos anos oitenta, eu usava o papel higiênico rosa, da marca Stylluss. Ele fazia parte de uma linha popular e era feito de material reciclado, detalhes que tornavam o produto mais barato. Ele era áspero, porém não machucava. Além disto, o papel higiênico rosa combinava, de um jeito harmônico, com as chineladas de sandálias Havianas que eu ganhava na época quando aprontava alguma travessura. Eu não curtia as marcas Snob e Neve por fazerem um papel higiênico, fino e macio demais. Pois o produto chegava a se desmanchar nas minhas mãos.
No começo dos anos noventa, o papel higiênico rosa desapareceu no mercado. Neste período, lançaram os papéis higiênicos perfumados e os estampados com desenhos de bichinhos. Então quando eu ficava ressecada, pegava uma caixa de lápis de cor e pintava as gravuras do papel higiênico, dentro do banheiro, até as minhas fezes chegarem. Poxa, era uma terapia melhor do que tomar laxante.
Hoje não tenho a mínima vontade de experimentar o novo papel higiênico de cor escura. Mas, gostaria muito que o papel higiênico rosa voltasse.
Luciana do Rocio Mallon




terça-feira, 24 de outubro de 2017

Lenda de uma Ave Chamada Noivinha-de-Rabo-Preto

Lenda de uma Ave Chamada Noivinha-de-Rabo-Preto
Há muitos anos, num reino distante, existia uma princesa má chamada Rúbia que estava noiva do príncipe Felipe.
Alguns meses antes do casamento, uma donzela chamada Sônia, foi trabalhar como empregada doméstica, no castelo desta princesa. Num dia de primavera, Felipe foi visitar sua noiva, avistou Sônia e se apaixonou por ela. Então, dias antes de seu matrimônio o príncipe confessou à Rúbia que romperia o compromisso porque estava amando outra mulher.
Deste jeito, Sônia pediu demissão e a princesa ficou desconfiada. Por isto, Rúbia contratou os serviços de Márcia, uma poderosa bruxa e espiã. Assim a feiticeira descobriu que o príncipe se casaria com Sônia, a ex-serviçal do castelo. Rúbia, desesperada, pediu uma magia para que o matrimônio não acontecesse e Márcia aceitou a proposta.
Sônia confeccionou seu próprio vestido de noiva muito comprido, de cor branca e com rosas cinzentas para seus cabelos. Na hora dela entrar na igreja, um homem com capuz de algoz jogou um líquido preto que atingiu a cauda e a manga do seu vestido. Naquele mesmo instante, a donzela se transformou numa ave branca e com a cabeça cinza. Porém com cauda e asas pretas.
Então as pessoas começaram a gritar:                                       
- Noivinha de rabo preto!
- Noivinha de rabo preto!
Desta maneira, ela voou atrás do príncipe, mas ele exclamou:
- Saía de cima de mim, seu pássaro nojento!
- Voe para longe, sua aberração!
A ave ficou triste e voou para longe até que chegou ao Sul do Brasil.
Dizem que se uma donzela avistar a noivinha-de-rabo-preto e pedir para esta ave buscar o amor de sua vida, ela atende ao pedido.
Eu costumava ver este pássaro, nos anos 80, no quartel do Boqueirão, aqui , em Curitiba. Mas nunca tive coragem de fazer o famoso pedido.
Luciana do Rocio Mallon








Estou Pouco Me Lixando Para Quem Me Imita, os Urubus Só Comem Carniça Porque Não Correm Atrás da Própria Comida

Estou Pouco Me Lixando Para Quem Me Imita, os Urubus Só Comem Carniça Porque Não Correm Atrás da Própria Comida
Amiga: - Tia Lu, sabia que tem outra menina dando palestras sobre Lendas Curitibanas e ganhando dinheiro com isto sem ter formação em Letras?
Eu: - Na verdade, eu nem ligo para estas coisas. Pois, contar lendas é uma atividade que faço de forma voluntária sem cobrar nada. Pois, para mim é mais diversão do que trabalho.
Amiga: - Mas você não pode deixar!
- Pois, ela está roubando as suas ideias!
Eu: - Por acaso ela faz repentes, poemas com as palavras que o povo pede na hora, e voa com uma saia rodada com músicas vibrantes?
Amiga: - Não!
Eu: - Então a atividade dela não é igual a minha. Sem falar daquela lenda que diz que as pessoas só imitam quem admiram.
- Eu sou como aquele filósofo grego, Platão, que batia um pratão de conhecimento. Pois, ele falava assim:
“ – Podem até pegar as suas ideias. Mas nunca roubarão o seu talento.”
- É como vovó dizia:
- Os urubus só comem carniça porque não correm atrás da própria comida.
Luciana do Rocio Mallon





segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Quando Você Namora Alguém, Faz Muita Gente Sofrer

Quando Você Namora Alguém, Faz Muita Gente Sofrer
Quando você namora alguém
Mesmo pensando só no bem
Você faz muita gente sofrer
Mesmo, inocente, sem querer

Sempre haverá uma pretendente
Que sente um platônico amor
Discreto, secreto e carente
Pelo seu amado com ardor

Quando você namora uma pessoa
Você faz muita gente chorar neste mundo
De um jeito ingênuo e à toa
Porém ferindo algo profundo

A ex-namorada do seu companheiro
Derrama lágrimas sinceras e cintilantes
Porque ainda tem um coração verdadeiro
Que sente saudades de recordações brilhantes

Quando você namora uma meiga e suave criatura
Faz muita gente se sentir para baixo e passar mal
Através da depressão, tristeza e amargura
Por não possuir um relacionamento igual

Eu não gosto de namorar e nem de ter relacionamento
Porque quero evitar a dor alheia e, também, sofrimento
Por isto escolhi a solidão e o eterno isolamento.
Luciana do Rocio Mallon







domingo, 22 de outubro de 2017

Eu Sou a Bailarina do Presépio

Sou a Bailarina do Presépio de Natal
Quando o menino Jesus nasceu
Eu era uma estrela pequena e cintilante
Mas a estrela-guia iluminou todo o breu
Com seu rastro luminoso e brilhante

Então eu queria ser uma pastora
Para ficar bem perto da manjedoura
E com uma voz doce e suave de cantora

Fazer o salvador dormir calmamente
Mas eu era uma estrela simplesmente!
Quando o presépio foi montado por São Francisco
Cheguei perto do santo e no meu olho caiu um cisco

Pedi para participar do presépio com candura
Assim ele me transformou numa bailarina
Com um tutu de filó repleto de ternura
E sapatilhas repletas de purpurina
Bailando no ritmo de uma música divina

Sou a bailarina do presépio que dança com magia
Perto da gruta sagrada dando um toque de Poesia.
Luciana do Rocio Mallon






Não Confio Em Poetas Que Falam Que a Fila Tem Que Andar

Não confio em poetas que falam que a fila tem que andar e que amores passam. Pois, não tenho fila porque possuo uma alma onde a senha é o sentimento sincero. Meu amor não é ferro para passar e deixar as dobras das lágrimas engomadas.
Eu não tenho fila e nem ferro. Pois, possuo alma e espírito.(Luciana do Rocio Mallon)

Depressão Não é Frescura

Pare de chamar alguém triste de fresco.
Pois, muita vezes, o depressivo sente desespero porque condena seus próprios erros em vez de julgar os outros como você faz.
(Luciana do Rocio Mallon)

Gosto Tanto de Natal, Que Começo a Comemorar Dois Meses Antes

Gosto Tanto de Natal, Que Começo a Comemorar Dois Meses Antes
Eu: - Gosto tanto de Natal, que começo a comemorar dois meses antes.
Amiga: - Natal é hipocrisia!
Pois, temos que abraçar pessoas que nos odeiam durante o ano inteiro.
Eu: - Não creio que seja falsidade. Pois, o Natal nos dá a oportunidade de praticarmos a tolerância de forma mais aberta.
Já pensou se, no dia a dia, falássemos tudo o que pensamos?
Isto só chamaria mais mágoa e dor.
Podemos fazer um Natal todos os dias.
Afinal, Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Esta data só foi escolhida pela Igreja Católica porque era aniversário de alguns deuses de outras religiões.
Amiga: - Como você ousa falar que Jesus não nasceu dia 25 de dezembro?
- Isto é uma heresia!
Moral da história: Se você deseja um Natal todos os dias, não discuta, principalmente, se for sobre o próprio Natal.
Luciana do Rocio Mallon




Desabafo da Matemática

Desabafo da Matemática
Eu sou a injustiçada Matemática
Muitas crianças não gostam de mim
Pensam que sou uma bruxa problemática
Ou, um bicho de sete cabeças bem ruim

No fundo sou uma fada de óculos
Com a vara de condão da inteligência
Distribuindo prêmios, troféus e ósculos
Para quem acerta contas com inocência

Toda a criança tem poder e magia
Para resolver os meus problemas
Por isto fiz esta simples Poesia
Atrás da solução dos dilemas

Se você não deseja deixar alguém preocupado
Precisa prestar muita atenção no enunciado

Quando no texto alguém perdeu, levou prejuízo,
Foi roubado, ou, deixou algo faltar
A conta é de menos com todo o juízo
Pois existem tristeza e algo fora do lugar

Quando no enunciado alguém ganha,
Encontra algo, ou, recebe um presente
A conta é de mais com façanha
Pois, não há nada que fique ausente

Sou a Matemática, estou no seu dia a dia
Na Engenharia e na Tecnologia

No fundo sou uma fada de óculos
Com a vara de condão da inteligência
Distribuindo prêmios, troféus e ósculos
Para quem acerta contas com inocência.
Luciana do Rocio Mallon





sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Lenda da Cigana dos Lenços do Outubro Rosa

Lenda da Cigana dos Lenços do Outubro Rosa
Na Idade Média existia uma cigana chamada Carolina, que gostava de confeccionar véus, lenços e xales para as mulheres casadas, do seu clã, e para moças que não eram ciganas, mas que por algum motivo perderam seus cabelos. Carolina sabia que os cabelos fazem parte da força feminina mágica que cada mulher possui. Para confeccionar estas peças ela usava tecidos finos, fios fortes e um tear manual que sua vó dizia ser mágico.
Naquela época, ás vezes, os inquisidores raspavam as cabeças das mulheres que eram acusadas de bruxaria nas prisões. Porém, Carolina sempre dava um jeito de entrar, às escondidas, nestes lugares para ofertar lenços para as supostas feiticeiras que ficavam emocionadas.
 Quando Carolina era chamada para fazer magias de cura, em alguma residência, e notava que alguma dama doente estava perdendo os cabelos, ela logo doava um véu.
Num dia nublado de inverno, a cigana estava andando pela floresta com sua sacola de lenços no ombro. Quando, de repente, homens com péssimas intenções, que estavam em cima das árvores pularam em cima da pobre. Assim violentaram e enforcaram a coitada com os próprios lenços.
Então quando ela estava a caminho do céu, o Anjo da Esperança disse-lhe:
- Sua alma tem uma importante missão: inspirar pessoas para doarem lenços às mulheres que perderam cabelos por diversos motivos.
Assim Carolina voltou com sua forma humana para a Terra e continuou a confeccionar véus para moças que perdem os cabelos. Em troca, ela ganhou a vida eterna.
Os anos se passaram, a cigana passou a visitar hospitais onde damas fazem quimioterapia com o objetivo de distribuir véus e xales para suas cabeças.
De repente surgiu uma campanha chamada Outubro Rosa sobre a conscientização do Câncer de Mama, onde especialistas realizam palestras. Desta maneira Carolina aproveitou o período da campanha para realizar eventos onde criaturas doam lenços para mulheres com Câncer.
Por incrível que pareça, no ano de 2017, um canal de TV elaborou um evento do Outubro Rosa, onde a personagem principal era uma cigana que dava conselhos aos consulentes sobre saúde.
Luciana do Rocio Mallon