terça-feira, 30 de junho de 2015

Choveu no Encontro Entre Júpiter e Vênus

Choveu no Encontro Entre Júpiter e Vênus

Dia trinta de junho, dois planetas
Iriam se encontrar no céu
Com suas paixões xeretas
Para ter uma lua-de-mel

Vênus chegou com aroma de alfazema
Júpiter apareceu com um buquê de flores
Deste jeito eu resolvi fazer um poema
Para mostrar a alegria destes amores

Porém, a chuva invejosa
Fez cair uma tempestade
Ruim, brava e perigosa
Acabando com a festa de verdade

Mesmo com este temporal  muito cruel
Vênus e Júpiter não desistiram de fazer arte
Porque fugiram a um escondido motel
Só para trair o ingênuo e pobre Marte

A Lua toda ciumenta
Vestiu-se de água
Assim ficou cinzenta
E, na chuva, afogou a mágoa

Foi só em Curitiba que choveu
Pois ela é uma cidade provinciana
Não pode admitir que o amor venceu
Com uma aura ousada e sacana

Vênus e Júpiter se abraçando no firmamento
Seria um escândalo explosivo e cruel
Porque mexeria com o mais fino sentimento
Desta cidade repleta de seriedade e fel.
Luciana do Rocio Mallon




segunda-feira, 29 de junho de 2015

Maioridade Penal X Donos de Papelarias

Alguém poderia me dizer se os donos das papelarias são contra a maioridade penal ?
Pois eu queria comprar um penal, aqui em Curitiba. Mas, quando fui colocar um lápis comum em todos os modelos de estojos disponíveis, o objeto não cabia dentro deles.
Por que os penais diminuem a cada ano ?
( Dúvidas da Tia Lu )
Luciana Do Rocio Mallon​

sábado, 27 de junho de 2015

Quem Possui Respeito Tem Peito Duas Vezes

Quem Possui Respeito Tem Peito Duas Vezes
                                                                                       
A pessoa que tem respeito
Possui duas vezes peito
Pois é preciso ter consideração e coragem
Para não colocar pedras na passagem

Onde o próximo precisa caminhar
Ás vezes um moralista conselho
Pode poluir qualquer tipo de ar
Pois, se vier de um pentelho
Tem o perigo de atrapalhar!
Há gente que não se olha no espelho
Mas, a vida do outro deseja sabotar!

A pessoa que pratica o respeito
É um verdadeiro querubim
Pois tem duas vezes peito
Tirando tudo o que é ruim!

Quem respeita qualquer limite
Não perde tempo dando palpite
Porque tem noção do real respeito
Compreendendo que o mundo não é perfeito!

A pessoa que tem respeito
Possui duas vezes peito
No seu busto existe a medalha
Da paciência, que nunca falha

Ela sabe respirar com a força do vento
Simplesmente porque tem duas vezes peito
Ela inspira com emoção e sentimento
Levando forças para quem está no leito.
Luciana do Rocio Mallon





Lenda da Babosa, Aloé Vera

Lenda da Babosa, Aloé Vera
                                                        
Diz a sabedoria popular que a babosa é uma planta milagrosa, capaz de amenizar os sintomas do Câncer e da Aids, além de ser um excelente cosmético. Mas, este vegetal tem um causo interessante que veremos abaixo:
Reza a lenda que, na Idade Antiga, numa noite de eclipse nasceu uma menina que recebeu o nome de Aloé Vera. Porém, ela tinha uma pequena deficiência: sua boca não fechava e por isto esta criança vivia babando. Devido a esta característica a menina recebeu o apelido de babosa, que no antigo Latim vulgar, significa a gíria: babona, ou, aquela que baba sem parar.
Um certo dia, Dolores, uma senhora com uma ferida no braço que nunca cicatrizava, foi contratada para cuidar de Aloé Vera. Até que num determinado momento, a baba desta garota caiu em seu ferimento e, naquele mesmo instante, cicatrizou. Então, Dolores contou o fato para todos da vila. Deste jeito, pessoas doentes foram em busca da baba milagrosa da menina e elas sempre saíam curadas.
Uma vez, a pequena Aloé Vera teve um ataque do coração e faleceu. Porém, em cima do seu túmulo, nasceu uma planta desconhecida. Alguns dias depois de sua morte, Dalva, uma senhora que estava com uma forte dor no estomago resolveu orar no local onde a garota estava enterrada. De repente, no meio da reza, ela viu o espírito de Aloé Vera que explicou:
- Meu corpo transformou-se nesta planta milagrosa. O problema é que você está com tumor no estômago, mas se tomar um copo de suco deste vegetal, todas as noites, seu aparelho digestivo inteiro ficará curado. Sem falar que minha planta tem o poder de curar outros diversos tipos de doenças.
A idosa obedeceu ao fantasma e espalhou a mensagem sobre a planta milagrosa, que passou a ser conhecida como Aloé Vera e babosa, devido a esta lenda.
Luciana do Rocio Mallon                                                            



quinta-feira, 25 de junho de 2015

Ela Era Só uma Maria, Maria da Luz. Que Morreu Esperando o Atendimento do SUS

Ela Era Só uma Maria, Maria da Luz, que Morreu Esperando o Atendimento do SUS

Ela era só uma Maria, Maria da Luz
Que morreu esperando o atendimento do SUS
Ontem, também, faleceu um cantor famoso,
Talentoso, garboso e formoso

Bem nesta fria e gelada madruga
E a população ficou toda alvoroçada
Porém, na mesma hora, ao mesmo tempo
Uma senhora, no SUS, buscava atendimento

Ela desmaiou em frente ao posto de saúde
Mas, ninguém quis tomar uma atitude
A Dona Maria da Luz
Fez a via-sacra como Jesus
Ela carregou uma pesada cruz

No seu nome ela, também, tinha chagas e santos
Porém esta doente ficou no frio sem mantos
Esperando um digno atendimento
Mesmo assim, faleceu ao relento!

Ela era só uma Maria, Maria da Luz
Que a vida dura retirou todo o brilho
Ela morreu esperando o atendimento do SUS
Nos braços do seu marido e do seu filho.
Luciana do Rocio Mallon



segunda-feira, 22 de junho de 2015

Rolas, Pombas e Poemas

Rolas, Pombas e Poemas

Um jornalista cheio de rancor,
Sem desenhar numa folha,
Mandou um esperto pastor
Simplesmente procurar uma rola

Mas rola é um bicho difícil de encontrar
Pois, nas ruas, só vejo pombas urbanas
Defecando em qualquer lugar
Até nas mais simples cabanas!

O pastor, com certeza, é suspeito
Mas a atitude malcriada do jornalista
Estava com um grande defeito
Pois foi extremamente machista

Ele poderia mandar o religioso
Procurar uma linda periquita
Que é um bicho poderoso
Além, de ave muito bonita

Mas o certo seria o apresentador
Mandar o esperto pastor
Procurar a pomba da paz
Que voa por este céu lilás

Mas, acho que isto, eu não recomendaria
Porque pombas já me causaram agonia
Um dia, eu estava numa praça
Caminhando cheia de graça

Porém debochadas pombas
Soltaram tristes bombas
Na minha lavada cabeça
Depois que saí do salão de beleza

Não entendo o porquê o Espírito Santo é uma pomba
Se na realidade, este animal vive soltando bomba.
Luciana do Rocio Mallon






sábado, 20 de junho de 2015

A Bandidagem Pode Estar Querendo Fazer uma Guerra Religiosa no Brasil

A Bandidagem Pode Estar Querendo Fazer uma Guerra Religiosa no Brasil

Há uma lenda dizendo que traficantes e corruptos querem fazer uma guerra religiosa no Brasil para dispersar a atenção da mídia do centro deles. Não podemos descartar esta possibilidade. Pois, isto já aconteceu em outros países. É comum bandidos, sem nenhuma posição religiosa mas com interesses no tráfico: quebrarem imagens católicas, depredarem centros espíritas, queimarem igrejas evangélicas e colocarem a culpa, destes vandalismos, em outros religiosos. Precisamos ficar de olho nisto também.
Luciana do Rocio Mallon





quarta-feira, 17 de junho de 2015

Neste Inverno, Farei Colcha de Retalho com Línguas de Trapo

Neste Inverno, Farei Colcha de Retalho com Línguas de Trapo

Ainda é outono e já faz frio
Sinal que gelado será o inverno
Sem cobertor estou por um fio
E não recebo um abraço fraterno!

Ainda por cima sofro com as fofoqueiras
Assim, as pessoas em tratam com frieza
Não tenho lareiras e nem fogueiras
Apenas, a geada branca nesta natureza

Como ainda tenho disposição para o trabalho,
Pegarei estas línguas de trapos coloridas,
Assim farei uma macia colcha de retalho
Com este material das fofoqueiras atrevidas

Remendarei as bocas destes telefones sem fios
Com a máquina de costura da poesia
Com esta colcha não sentirei arrepios
Porque a agonia pode virar harmonia

Das línguas de trapo farei uma colcha
Já que não tenho com quem dormir de concha
Assim ficarei protegida até a coxa

Nunca estarei coberta de razão, com as fofoqueiras
Mas a colcha de trapos pode aquecer a vida inteira
Com o bordado que sobrou farei um fuxico
Para prender meu cabelo sem mexerico.
Luciana do Rocio Mallon








Minhas Postagens São Pastagens

Minhas Postagens São Pastagens

Nas tão faladas redes sociais
Minhas humildes postagens
Viajam para outros astrais
Porque elas são pastagens

Onde cada letra é um alimento
Em frases cheias de sentimento!
Estas minhas simples postagens
São fortes e ricas pastagens

Aos cavalos que relincham e me dão coices
Estas pastagens viram substanciosas comidas!
Os inimigos querem corta-las com foices
Porém as verdades nunca são feridas

Minhas humildes postagens
Transformam-se em pastagens
Para as dóceis e tímidas ovelhas
Nas alvoradas luminosas e vermelhas!

Assim elas podem ter opiniões diferentes
Distinguindo os diversos tipos de mentes
Minhas postagens são férteis pastagens
Mesmo sendo pequenas bobagens!
Minhocas da minha cabeça viram húmus da terra
 Pastagens ficam mais verdes em cada primavera

Elas são adubadas pela dor e pelo sofrimento
Que viram alívios quando são lançadas ao vento
Elas são irrigadas pelas lágrimas de cristais
Que viram pedras preciosas naturais

Minhas insignificantes postagens
Transformam-se em pastagens
Nas famosas redes sociais
Com suas diferentes paisagens
Que viram suaves mensagens
Nos mais diversos astrais.
Luciana do Rocio Mallon





terça-feira, 16 de junho de 2015

Recebi o E-Mail de uma Mãe Que Me Deixou Emocionada



Recebi o E-Mail de uma Mãe Que Me Deixou Emocionada
Meu nome é Luciana do Rocio Mallon e meu passatempo preferido é escrever textos, principalmente, poemas e posta-los nas redes sociais.
Há cinco anos, um jovem com o pseudônimo de Ale, morador de um estado diferente do meu, pediu-me solicitação de amizade numa destas páginas de relacionamento. Então como converso com várias pessoas, sem nenhum tipo de preconceito, eu aceitei o pedido. Deste jeito começamos a falar sobre Literatura, até que um dia meu amigo pediu para que eu escrevesse um poema diferente a cada foto pessoal que ele postava. Assim, atendi ao pedido dele.
Um certo dia, o moço confessou que tinha Câncer e eu passei a postar poemas, de minha autoria todos os dias, em seu mural, de acordo com o tema que ele pedia.
Até que uma vez, entrei em seu perfil e vi mensagens de pêsames. Desta forma, descobri que meu colega tinha falecido.
Alguns dias depois eu recebi uma mensagem “in box”:
“Luciana, aqui é a mãe do Ale. Eu sei que você não me conhece, mas eu gostaria de agradecer tudo de bom que você proporcionou ao meu filho durante todos estes anos. Antes do Ale descobrir que tinha Câncer ele, também, sofria de depressão. Mas quando a noite chegava, meu filho sorria, a cada poema que você mandava. Durante o Câncer suas palavras foram um verdadeiro remédio para ele.
Obrigada, por existir.”
Ao ler aquelas palavras, fiquei emocionada, porque sei que as palavras agem como um amenizador paliativo no cérebro das pessoas, principalmente, quando estão doentes.
Infelizmente ainda existem seres, que possuem preconceito contra amizades virtuais. Inclusive, sou obrigada a escutar indiretas e críticas agressivas, com relação a isto, de algumas destas criaturas que me conhecem na vida real. Porém, esta história que aconteceu comigo prova que nem tudo no mundo cibernético é ruim.
Luciana do Rocio Mallon 


domingo, 14 de junho de 2015

Não Se Deve Forçar uma Amizade

Não Se Deve Forçar uma Amizade
                          
Nunca se deve forçar uma amizade
Nem por educação e nem por caridade
Porque a tão maquiada falsidade

Forma uma ponte sem segurança
Que pode partir-se a qualquer momento
Fazendo afogar qualquer esperança
Sem nenhum tipo de sentimento

Tem gente que à primeira vista
Seu santo não bate, espanca,
Sem fazer uma entrevista,
Só na força que o olhar lança

Então quando você tenta conversar
A pessoa lhe  trata com antipatia
Uma barreira fica bailando pelo ar
Porque não existiu sintonia
Forçar amizade é hipocrisia!

Assim quando o ser lhe exclui no Facebook
É bem melhor, porque você não se ilude!

Nunca se deve forçar uma amizade
Nem por educação e nem por caridade
Porém, o que precisa existir é a gentileza
Uma boa ação é um ato de delicadeza
Que não acaba com a franqueza.
Luciana do Rocio Mallon








sexta-feira, 12 de junho de 2015

Até Quem Está Sozinho Namora

Até Quem Está Sozinho Namora

Tem gente que fica depressiva
Justamente no Dia dos namorados
Porque não se sente viva e altiva
Esquecendo-se de detalhes calados

Até quem está sempre só
Namora mesmo sem querer
Sem nenhum tipo de dó
Já na aurora do amanhecer

A palavra amor está no meio
Da cobiçada palavra namorado
Como o coração junto ao seio
Não podendo ser separado

Namorar não é apenas ter a companhia
De uma tão sonhada e idolatrada pessoa
Até quem esta só, mas escreve Poesia
Namora como o rio abraça a canoa

A tímida e humilde donzela
Namora a vitrine da boutique
Mesmo morando em favela
Ela sabe que a paixão é chique!

O magnata esnobe, mas nada ordinário
Ficou com pena do sozinho anel de brilhante
Por isto colocou este lindo e raro solitário
No dedo da sua mais carinhosa amante!

Tem gente que se esforça bastante
E assim namora seu serviço
Pois, o seu trabalho é edificante
Onde o amor nunca é omisso!

Tem pessoas que trabalham duro
Pois namoram a própria esperança
Assim trilham caminhos para o futuro
Segurando a balança da temperança

Tem gente que fica depressiva
Justamente no Dia dos namorados
Porque não se sente viva e altiva
Esquecendo-se de detalhes calados.
Luciana do Rocio Mallon





quarta-feira, 10 de junho de 2015

Quando Fui Além do Pseudônimo Masculino

Quando Fui Além do Pseudônimo Masculino
Meu nome é Luciana do Rocio Mallon, sou uma pessoa do sexo feminino e meu passatempo sempre foi escrever.
Nos anos noventa, eu gostava de ouvir um programa chamado Love Songs, na Rádio Caiobá FM, com o locutor Vargas. Lá era um espaço para as pessoas mandarem os poemas para os amados.
Como, de vez em quando, aparecia um eu-lírico masculino de dento de mim, passei a mandar alguns textos com o pseudônimo de Henrique. Mas quando o meu interior feminino voltava, eu mandava poemas com o meu nome real mesmo. No final dos anos noventa, o locutor Vargas saiu desta rádio e eu deixei de escutar o programa, por causa disto. Pois com os outros radialistas não tinha graça.
Em 2004, passei a frequentar um grupo de poetas da vida real, onde a maioria dos membros era idosa. Ao mesmo tempo, eu possuía um blog na Internet onde escrevia textos de vários gêneros e estilos, alguns eram eróticos. Um certo dia, um senhor moralista imprimiu meus textos mais quentes e mostrou para a coordenadora do grupo, que também era uma pessoa da terceira idade. Então ela tomou a liberdade de me chamar a atenção dizendo que uma menina não deveria escrever textos sensuais, pois até os homens estavam assustados com os conteúdos. Assim fui afastada desta equipe. Logo, percebi que esta foi uma opinião machista por parte de algumas pessoas de lá.
Por isto, esperei a poeira baixar e resolvi visitar o grupo vestida como homem. Desta maneira, o maquiador Gustavo colocou bigode em mim fora outros truques de pintura. Além de me emprestar terno e gravata. Quando cheguei ao local, não falei nada, apenas entreguei alguns poemas sensuais assinados com o pseudônimo de Henrique. A idosa, que era dona do grupo, leu os textos em voz alta e ainda por cima elogiou. O interessante é que ninguém suspeitou que eu e Henrique éramos as mesmas pessoas.
Conheço lendas de mulheres que durante a Idade Média e, também, no século dezenove precisavam escrever textos sensuais com pseudônimos masculinos por causa do machismo. Mas, infelizmente, enfrentei situação semelhante em 2004.
Luciana do Rocio Mallon
                                                                                          


terça-feira, 9 de junho de 2015

O Boneco de Santo Antônio, Agora, é de Silicone

O Boneco de Santo Antônio, Agora, é de Silicone 

O próximo 13 de junho é o dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Aqui, em Curitiba, há mais de trinta anos existe o famoso bolo de Santo Antônio que é vendido nas igrejas, exatamente, neste dia. Reza a lenda que a pessoa que encontrar o bonequinho de metal, dentro deste bolo, conseguirá um casamento em breve. 
Porém fiquei espantada ao saber que neste ano de 2015, o boneco não será mais de metal, e, sim, de silicone. Reza a lenda que a decisão foi tomada porque muitas pessoas quebraram o dente com o santinho de metal ao comer o bolo. Um destes causos aconteceu com Vanessa Lima que, em 2001, quebrou o dente com o santinho e procurou um dentista desconhecido para conserta-lo. Chegando ao consultório os dois se apaixonaram à primeira vista, passaram a namorar e hoje estão casados. 
Há dez anos, eu e uma amiga, decidimos provar este bolo e torcemos para achar a miniatura do santo dentro da massa. 
Porém minha colega provou o bolo com muita afobação e acabou se engasgando com o bonequinho. 
Eu, desesperada, peguei uma mangueira que estava no jardim da igreja e enfiei água na goela da pobrezinha . 
Isto não adiantou porque a miniatura continuava engasgando a garganta dela. 
Então, eu e mais algumas pessoas, levamos esta minha colega para o hospital da Santa Casa, ao lado desta igreja . 
Lá, conseguiram tirar a miniatura da garganta da moça . 
Mas, o mais interessante é que ela arranjou namorado em agosto e se casou em novembro . 
Depois do casamento ela me falou que valeu a pena se engasgar com o Santo Antônio . 
Moral da história: não interessa se o boneco é de metal ou de silicone, o importante é encontrar o santo escondido. 

Luciana do Rocio Mallon . 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Lenda da Carroça do Hermafrodita

Lenda da Carroça do Hermafrodita

Quem me contou esta lenda foi minha falecida vó Lena e resolvi posta-la aqui.
Há muitos anos, num vilarejo chamado Butiá do Lajeado, região rural da cidade de Mafra, em Santa Catarina, existia um casal de lavradores que tinha uma casa de madeira no meio do mato. Um certo dia, a mulher deu à luz ao seu primeiro bebê,  bem numa noite de eclipse. Mas, a parteira se assustou ao ver o sexo deste neném e explicou:
- Esta criança é hermafrodita, pois têm os dois órgãos genitais. Diz a tradição que isto costuma acontecer com bebês que nascem em noites de eclipse.
Assim, o pai do neném exclamou:
- E, agora?
A parteira sugeriu:
- Criem esta criança como se fosse menina. Mas, evitem que ela tenha muito contato social. Em vez de leva-la para a escola, alfabetizem a pequena em casa mesmo. Porém, nunca deixem sua filha cruzar a ponte que separa Mafra da cidade de Rio Negro, que já fica no Paraná, pois deste outro lugar para cima sua aparência ficará masculinizada.
Deste jeito o neném foi batizado de Maria e passava a maioria do tempo trancada em casa. Apenas saia para ir às missas e às festas religiosas acompanhadas dos pais.
O tempo passou, a garota cresceu e chegou à adolescência. Um dia, esta jovem foi à festa de Santa Rita junto com os seus pais. Porém, a menina passou o tempo inteiro encarando outra adolescente no evento. Quando seus parentes se descuidaram, Maria se aproximou da outra garota. Assim ela descobriu que sua nova amiga morava em Rio Negro, cidade vizinha, e pediu o endereço dela. Já que naquela época, não havia telefone disponível e muito menos Internet.
Maria começou a sentir algo muito profundo, com relação a sua nova colega que não sabia descrever. Um certo dia, seus pais foram a outro vilarejo e deixaram a adolescente sozinha em casa. Por isto, ela decidiu pegar uma carroça e visitar sua mais recente amiga.
Porém quando ela cruzou a ponte que separava Mafra de Rio Negro, transformou-se num rapaz. Logo, a moça sentiu algo estranho, pegou o espelho que tinha na bolsa e se assustou ao ver a transformação. Mesmo assim não desistiu de ver sua colega. Quando, finalmente, chegou ao endereço desejado, ficou na rua observando a casa da garota. Quando, de repente, a jovem apareceu na janela, avistou a aparência masculina de Maria e se apaixonou por ela. Deste jeito, uma se aproximou da outra e começaram a namorar. Para contornar a situação, Maria mentiu que se chamava Pedro e confessou morar numa região rural de Mafra.
Deste jeito toda a vez que os pais de Maria caminhavam para longe, a jovem cruzava a ponte que separava Mafra de Rio Negro para ver a amada, com a aparência de Pedro. O problema é que a nova namorada possuía um noivo chamado José. Um certo dia, este rapaz descobriu tudo, seguiu Maria e jogou a carroça junto com a pobre da ponte Rio Negro-Mafra. Porém a partir daquele dia, este hermafrodita virou um fantasma que até hoje, segundo a lenda, assombra esta ponte. Muitas pessoas afirmaram ver uma moça, numa carroça, que é mulher quando a ponte ainda está em Mafra, mas que vira homem quando seu meio de transporte chega à cidade de Rio Negro.
Luciana do Rocio Mallon






quarta-feira, 3 de junho de 2015

A Sagrada Sala de Aula Vazia

A Sagrada Sala de Aula Vazia
                                            
Toda a sala de aula vazia
Sempre gera muita agonia
Pela janela, entra o triste vento
Causando depressão e tormento!

Quando a sala de aula não tem ninguém
Por causa das férias escolares
O quadro-negro pensa no bem
Dos alunos que estão nos lares

Quando a sala de aula fica vazia
Por causa de uma justa greve
O sino não toca a mesma melodia
E das paredes cai uma breve neve

Porque todo o excelente professor,
Que ensina com dedicação e amor,
Deveria ser a profissão bem mais paga do mundo
E o chão da sala reconhece isto de um jeito profundo !

Toda a triste sala de aula vazia
Perde um pouco da sua magia
As leves, velhas  e antigas cortinas
Sentem saudades das meninas

As robustas e resistentes janelas
Não ficam mais alegres e faceiras
Pois sentem saudades das donzelas
E só sentem as frias carteiras de madeira.
Luciana do Rocio Mallon




Lenda do Homem de Barro

Lenda do Homem de Barro do Brasil

Esta lenda foi narrada por Dona Lurdes Pereira, no ano de 1982 e, na época, ela me autorizou a contar para outras pessoas.
Reza a lenda que, numa cidadezinha do interior do Sul do Brasil, morava Seu Nilton que costumava fazer bonecos de barro. O sonho deste idoso sempre foi ter um filho, mas ele nunca teve a oportunidade de se casar. Porém, uma ideia vivia aparecendo na mente deste velhinho:
- Um dia darei uma de Deus e esculpirei um homem de barro, que será meu bebê.
Um certo dia, este homem foi pegar barro no Rio Iguaçu e viu um homem caído em suas margens. Assim, Nilton se aproximou e disse:
- Tudo bem com o cavalheiro?
O moribundo respondeu quase morrendo:
- Fui assassinado aqui, mas minha alma renascerá deste barro.
Após falar estas palavras o corpo do defunto evaporou-se. Deste mesmo lugar em que estava o homem misterioso, Nilton pegou barro. No meio do caminho ele pensou:
- Hoje, montarei um menino de barro.
O idoso esculpiu o garoto. Porém depois da meia-noite, esta obra de arte começou a se mexer e criou vida.
Quando o artista acordou, viu o garoto de barro brincando na sala. Deste jeito, os dois se abraçaram.
Assim, Nilton batizou o garoto de Diogo e matriculou o pequeno na escola. Porém no colégio ele passou a sofrer bullying porque era apelidado de extraterrestre e garoto de lama por causa da sua aparência.
A matéria que Diogo mais gostava era Língua Portuguesa e sua atividade preferida era Redação. Ele passava a hora do recreio escrevendo poemas na biblioteca. Nas férias, ele escrevia poesias esculpidas em corações gigantes de barro, que vendia para os turistas.
Uma dia, Diogo se cansou de tanto bullying ,daquela cidade do interior, e resolveu ir para o Norte do Brasil. Lá ele fez sucesso mostrando o seu trabalho num lugar chamado Mercado Ver o Peso.
Por coincidência em 2013, na Rua Quinze de Novembro em Curitiba, avistei, pela primeira vez na vida, uma estátua-viva de homem de barro agarrada a um enorme coração rodeado de poemas de amor. Dizem que este senhor é real e não nada a ver com esta antiga lenda. Porém é, realmente, uma estranha coincidência. Causo, ou, não este homem de barro, da realidade, é um grande artista. Reza a lenda que a pessoa que comprar um coração esculpido com poemas, feito por este homem de barro, será feliz no amor eternamente.
Luciana do Rocio Mallon









terça-feira, 2 de junho de 2015

Lenda da Cigana Karine

Lenda da Cigana Karine
                                              
Há muitos anos, uma caravana de ciganos armou tenda no Oriente e entre eles havia uma cigana muito bondosa chamada Karine. Esta moça costumava dividir sua comida com os pobres e fazer remédios com ervas para os doentes menos favorecidos.
Então naquele mesmo dia, após seu povo armar as tendas, esta donzela foi passear pelos arredores até que encontrou um lugar onde havia uma aldeia com pessoas diferentes, pois a cigana viu que elas não tinham alguns pedaços de suas peles. Deste jeito, ela chegou perto de uma idosa enferma e perguntou-lhe:
- Vocês são de uma tribo diferente que não tem pele?
A senhora respondeu:                                       
- Nós somos leprosos e saia logo daqui!       
A jovem explicou:
- Isto é uma doença?                                         
- Eu sou uma espécie de curandeira e posso consegui a solução através das plantas.
Deste jeito, a velhinha gritou:
- As pessoas normais desprezam a gente!
- Vá embora!
A cigana foi até o seu acampamento e comentou a situação com a shuvani, principal curandeira da caravana, que explicou:
- Aquele local chama-se Vale dos Leprosos, por isto você nunca deveria chegar perto de lá. Afinal, isto é perigoso porque Lepra não tem cura.
Karine explicou:
- Se eles estão doentes, eu posso pelo menos tentar amenizar a dor destas pessoas. Pois eu domino vários mecanismos de cura.
Após estas palavras a moça fez remédios à base de ervas e foi até o Vale dos Leprosos. Lá ela ajudou a amenizar as dores de muitos enfermos, que foram morrendo aos poucos.
Quando faleceu o último doente, Karine viu uma carroça com freiras aproximando-se. A mais velha disse:
- Somos irmãs de caridade e costumamos recolher leprosos em nosso hospital e no convento para que estes enfermos tenham o mínimo de dignidade.
A moça explicou:
- Infelizmente, o último doente acabou de falecer. Mas eu gostaria de ajudar neste trabalho.
Desta maneira, a cigana virou freira e adotou o nome de Karine Lázara, em homenagem ao São Lázaro, santo que dedicou a sua vida para cuidar dos leprosos.
A Cigana Karine é uma entidade que atende as pessoas que estão doentes, então como oferenda ela aceita velas e rosas brancas, que devem ser deixadas ao lado de hospitais.
Luciana do Rocio Mallon



Quando a Cigana Toca o Pandeiro

Quando a Cigana Toca o Pandeiro

Quando a cigana toca o pandeiro
As notas purificam o ambiente
De um jeito sincero e verdadeiro
Deixando a atmosfera contente

Quando as ciganas bonitas
Balançam as coloridas fitas
Deste alegre instrumento
Surge um bom sentimento

Estas fitas viram arco-íris
Iluminando a forte íris
De um olhar milagroso de luz
Capaz de curar qualquer pus

Quando a cigana coloca o pandeiro,
Com o seu espírito ágil e faceiro
Ao seu suave lado direito
Ela saúda seu anjo perfeito

Quando a cigana coloca o pandeiro
Do seu lado esquerdo bem assim
De um jeito otimista e certeiro
Ela tira tudo o que é ruim

Quando ela coloca este instrumento
Bem acima do alto de sua cabeça
Ela forma uma coroa de pensamento
Tornando-se uma linda princesa

No tilintar das metálicas platinelas
Saem do pandeiro estrelas cintilantes
Que fazem dançar as mais puras donzelas
Nos universos das constelações radiantes!

Quando a cigana bate o pandeiro meia- lua,
No lado externo de suas grossas coxas,
A Lua brilha iluminando a deserta rua
Sem suas pernas ficarem roxas

O pandeiro meia –lua à direita
Transforma-se em Lua crescente
Atrás da evolução perfeita
Iluminando a alma carente

O pandeiro meia-lua à esquerda
Transforma-se em Lua minguante
Evitando qualquer tipo de perda
No coração de um amante

Quando a cigana toca o pandeiro
As notas purificam o ambiente
De um jeito sincero de verdadeiro
Deixando a atmosfera contente.
Luciana do Rocio Mallon










Caneca-Lousa

Caneca-Lousa
                              
Uma vez a caneca branca
Da professora meiga e franca
Apaixonou-se pelo quadro escolar
No giz que se quebrou pelo ar!

Deste amor nasceu a caneca-lousa
Feita de uma secreta louça
Nela é possível escrever
Declarações ao alvorecer

Sou uma sonhadora moça
Por isto quero uma caneca-lousa
Para escrever uma poesia
A cada diferente dia

Para acompanhar o café da manhã,
Do meu amado na bandeja ao leito,
Na caneca junto com o chá de hortelã
Eu escreveria um poema perfeito

As gotas perfumadas do café
Virariam saborosas rimas
Cheias de emoção e fé
Entre pães e margarinas!

As torradas virariam versos
Na mais açucarada melodia
Entre geleias e doces diversos
Seriam mais que um simples: “bom dia”

Quero que a minha fada-madrinha torça
Para que eu ganhe uma caneca-lousa
Esta caneca tem harmonia e magia
Porque, com ela, eu escreveria
Um poema diferente a cada dia.
Luciana do Rocio Mallon





A Poesia Pode Curar

A Poesia Pode Curar

A poesia tem a capacidade de curar
Quem está enfermo e doente
Pois palavras bailando ao ar
Deixam alguém contente

Se a vibração da pessoa
É a mesma do escritor
Com uma poesia boa
Ela se livra da cruel dor

A mente transforma palavras cruas
Em agradáveis e mágicas imagens
Vestindo as células frias e nuas
Com as mais fantásticas paisagens

Quando o cérebro faz esta mudança
Forma anticorpos no corpo inteiro
Combatendo os vírus com esperança
De um jeito saudável e verdadeiro.
Luciana do Rocio Mallon






segunda-feira, 1 de junho de 2015

Lenda da Tulipa Roxa e Maria Madalena

Lenda da Tulipa Roxa e Maria Madalena
                                                                          
Tulipa roxa é uma flor, mas também é uma gíria utilizada, em alguns países, com conotação sensual. Por isto muitas pessoas dizem que esta flor tem ligação com a Maria Madalena da Bíblia. Neste livro sagrado, Jesus expulsou sete demônios do corpo dela e para várias religiões, ela foi uma garota de programa que se arrependeu quando conheceu a verdadeira fé.
Há uma lenda que diz que a mãe de Maria Madalena não podia ter filhos e para isto procurou uma feiticeira.  Esta bruxa induziu a mulher a fazer um ritual satânico utilizando uma tulipa roxa, sangue de animais e outros ingredientes. A flor ficou guardada na mesa do quarto, da moça que desejava tanto ter um neném, e dentro da tulipa um feto passou a ser gerado. Depois de nove meses nasceu uma criança de dentro desta flor, que foi batizada de Maria Madalena, já que ela nasceu numa aldeia de pescadores chamada Magdala.
Reza a lenda que, na adolescência, ela se rebelou contra seus familiares e virou uma prostituta. Um certo dia, moralistas queriam apedreja-la. Então Jesus apareceu e exclamou:
- Quem não tiver pecados, atire a primeira pedra!
Assim, ninguém feriu a moça.
Após este episódio esta jovem passou a acompanhar alguns momentos importantes de Jesus e até chorou em sua crucificação.
Existe uma outra lenda que diz que Maria Madalena resolveu meditar no deserto, para alcançar a purificação da alma, e lá morreu de inanição. Porém seu corpo virou uma tulipa roxa, que nunca morre, e quem achar esta flor conhecerá todos os segredos da sensualidade.
Luciana do Rocio Mallon