Buquê de
Coxinhas
Sempre fui
tímida e a maioria dos meus amores foi platônico, ou seja, sem contato físico.
Uma vez, conheci um homem numa entrevista de emprego em que participei. Dias
depois, numa outra firma, onde fiz um novo teste para trabalhar, a mesma pessoa
estava lá. Não fui escolhida para o serviço. Porém, cinco dias após este fato,
fui pagar um curso para outra pessoa, numa instituição que eu nem sequer
costumava frequentar. Mas por coincidência, o mesmo moço estava lá também.
Então, pensando que era um toque do destino, descobri o endereço do rapaz e
mandei um buquê de flores com um poema de minha autoria. Na mesma tarde, ele me
telefonou e disse:
- Odeio
flores!
- Só
desejarei receber rosas no dia da minha morte!
Naquele
instante fiquei triste. Um ano depois mandei flores no aniversário de um amigo,
que não gostou do presente e me xingou depois.
Mas, agora
descobri um buquê que homem nenhum recusaria: um ramalhete de coxinhas. Porém
se um dia eu oferecer este presente a um
desconhecido, escolherei coxinhas vegetarianas, pois a pessoa pode ser vegana.
Reza a lenda
que o primeiro buquê de coxinhas foi criado no ano de 2014, por uma cozinheira
e dona de lanchonete em São Paulo. Dizem que ela se apaixonou por um freguês
gordinho e que era louco por salgadinhos. Então para conquista-lo ela criou o
buquê de coxinhas.
Por isto,
acredito que nenhum homem teria coragem de recusar um presente como este.
Luciana do
Rocio Mallon
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