Página de
Rosto do Caderno
Eu sempre
fui a página de rosto
Do meigo e
esforçado caderno
Que ensina a
pessoa com gosto
Com o
conhecimento eterno
Eu fui a
página com os dados pessoais
Dos donos
dos cadernos aos quais pertenci
Nunca senti
o lápis escrevendo lições astrais
E nem
problemas de Matemática com frenesi
Eu já fui
várias vezes ao centro de reciclagem
Fui moída e
reposta numa maior viagem
Mas sempre
voltei como a folha de rosto
Para o meu
maior desgosto!
O caderno é
um mar com linhas anis
Repletas de
tarefas úteis e gentis
Mas eu só
fui a folha com os dados pessoais
Em todas as
minhas reencarnações banais.
Luciana do
Rocio Mallon
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