Confissão da
Garrafa de Bebida Que Virou Abajur
Um dia eu
fui uma garrafa de bebida
Exalando álcool
em todos os lugares
Gerando
confusões e brigas numa só ferida
Destruindo
esperanças, famílias e lares
Já fui uma
imbecil garrafa de bebida anil
O meu
liquido foi retirado de um barril
Mas eu não
era feliz, pois meu destino era escuro
Meu espírito
levava o bêbado para o lado obscuro
Um dia se
acabou o liquido de dentro de mim
Eu fiquei
triste, pois pensei que era o meu fim
Porém um
artesão me pegou para reciclagem
Então meu corpo
passou por uma densa viagem
Cortaram meu
corpo pela metade
Então fiquei
em forma de sino
Pouco a
pouco senti a felicidade
Retirando
todo o meu desatino
Depois me
colocaram em uma base de madeira
Em forma de
coração repleto de ternura
Dentro de
mim acenderam uma fogueira
Que me retirou
do abismo da loucura
Colocaram
uma lâmpada da mais pura luz
Bem no meu
interior, dentro de mim
Esta luz
sempre guia, ilumina e conduz
Quem acorda
no meio da noite assim
Hoje virei
um abajur de cabeceira
Que ilumina
qualquer pessoa
Levantando
no meio da noite cabreira
Agora sou
uma luminária calma e boa
Tenho a luz
dentro do meu espírito
Não levo
mais os seres para o mal
Ilumino quem acorda no meio do sono onírico
E quem
desperta no meio de uma viagem astral.
Luciana do
Rocio Mallon
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