segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Garrafa de Bebida Que Virou Abajur

Confissão da Garrafa de Bebida Que Virou Abajur
Um dia eu fui uma garrafa de bebida
Exalando álcool em todos os lugares
Gerando confusões e brigas numa só ferida
Destruindo esperanças, famílias e lares

Já fui uma imbecil garrafa de bebida anil
O meu liquido foi retirado de um barril
Mas eu não era feliz, pois meu destino era escuro
Meu espírito levava o bêbado para o lado obscuro

Um dia se acabou o liquido de dentro de mim
Eu fiquei triste, pois pensei que era o meu fim
Porém um artesão me pegou para reciclagem
Então meu corpo passou por uma densa viagem

Cortaram meu corpo pela metade
Então fiquei em forma de sino
Pouco a pouco senti a felicidade
Retirando todo o meu desatino

Depois me colocaram em uma base de madeira
Em forma de coração repleto de ternura
Dentro de mim acenderam uma fogueira
Que me retirou do abismo da loucura

Colocaram uma lâmpada da mais pura luz
Bem no meu interior, dentro de mim
Esta luz sempre guia, ilumina e conduz
Quem acorda no meio da noite assim

Hoje virei um abajur de cabeceira
Que ilumina qualquer pessoa
Levantando no meio da noite cabreira
Agora sou uma luminária calma e boa

Tenho a luz dentro do meu espírito
Não levo mais os seres para o mal
 Ilumino quem acorda no meio do sono onírico
E quem desperta no meio de uma viagem astral.
Luciana do Rocio Mallon







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