sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Grampo de Poesia no Varal(Corrigido)

Grampo de Poesia No Varal
Eu sou um grampo velho e idoso
Que já viveu travessuras e aventuras
Já pendurei um biquíni cheiroso
Com aroma de mil loucuras

Um dia me colocaram num pacote diferente
Deste jeito fiz uma suave viagem
Com minha alma doce e inocente
Porém repleta de pesada bagagem

Então tive, realmente, que prender
Mesmo não sendo a favor da censura
Papéis com poemas ao anoitecer
Repletos de palavras com ternura

Poesias molhadas de lágrimas
Secaram sob a luz dourada do Sol
Raios solares e lunares foram dádivas
Transformando poemas num farol

Eu pendurei um texto no varal
Mas sentia a mais pura alegria
Toda a vez que um olhar no astral
Parava para ler a pendurada Poesia!

A Poesia é a roupa do espírito
Que deve ser limpa numa lavanderia
E depois pendurada num varal lírico
Com os grampos cheios de harmonia

Hoje voltei a ser um grampo de roupa
Porém ainda sonho em pendurar um poema
De uma forma aventureira, maluca e louca
Onde um olhar resolve qualquer problema.
Luciana do Rocio Mallon


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