Grampo de
Poesia No Varal
Eu sou um
grampo velho e idoso
Que já viveu
travessuras e aventuras
Já pendurei
um biquíni cheiroso
Com aroma de
mil loucuras
Um dia me
colocaram num pacote diferente
Deste jeito
fiz uma suave viagem
Com minha
alma doce e inocente
Porém repleta
de pesada bagagem
Então tive,
realmente, que prender
Mesmo não
sendo a favor da censura
Papéis com
poemas ao anoitecer
Repletos de
palavras com ternura
Poesias
molhadas de lágrimas
Secaram sob
a luz dourada do Sol
Raios
solares e lunares foram dádivas
Transformando
poemas num farol
Eu pendurei
um texto no varal
Mas sentia a
mais pura alegria
Toda a vez
que um olhar no astral
Parava para
ler a pendurada Poesia!
A Poesia é a
roupa do espírito
Que deve ser
limpa numa lavanderia
E depois
pendurada num varal lírico
Com os
grampos cheios de harmonia
Hoje voltei
a ser um grampo de roupa
Porém ainda
sonho em pendurar um poema
De uma forma
aventureira, maluca e louca
Onde um
olhar resolve qualquer problema.
Luciana do
Rocio Mallon
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