segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Lenda do Cemitério Onde uma Mão de Mármore, de um Mausoléu, Segura Outra de Diferente Túmulo Através de um Buraco no Muro

Lenda do Cemitério Onde uma Mão de Mármore, de um Mausoléu, Segura Outra de Diferente Túmulo Através de um Buraco no Muro
Há muitos anos existia numa aldeia da Europa, uma jovem judia, chamada Hanna, que vivia dizendo:
- O dia em que eu me apaixonar por alguém, quero ser enterrada junto com esta pessoa.
Na mesma vila existia um moço católico, chamado Pedro, que sempre afirmava:
- Quando eu morrer, desejo ser enterrado junto com o amor da minha vida. Porém se isto não acontecer, o Anjo de Mármore fará com que minha mão alcance a mão, desta outra pessoa, dentro do cemitério.
Numa tarde de primavera este moço saiu para comprar objetos e, sem querer, entrou na loja de Hanna. Assim os dois se apaixonaram e passaram a namorar, às escondidas, porque eram de religiões diferentes.
Um dia a mãe do rapaz, que já tinha uma pretendente da nobreza para ele, descobriu tudo e contratou um matador de aluguel para dar fim à vida de Hanna. Então numa noite negra, a donzela saiu de sua loja, tarde da noite. Assim ela passou por uma rua escura, levou um tiro e morreu.
O cemitério daquela cidade era dividido, por um muro, em dois espaços: a parte dos judeus e a parte dos católicos. Hanna foi enterrada no espaço dos judeus, num túmulo que ficava ao lado do muro que fazia a divisão.
Pedro, quando soube da notícia, se suicidou com um tiro no dia seguinte. Desta maneira, ele foi enterrado no espaço dos católicos, na parte do muro que fazia a divisão, bem ao lado da parte judaica onde estava o túmulo de Hanna. Portanto, só o muro separava os dois.
Um dia após a morte do moço o coveiro, que estava andando pelo cemitério, notou que um buraco se abriu no meio do muro e que através dele, uma mão de mármore que saiu do mausoléu de Pedro segurava em outra mão, feita do mesmo material, que saia do túmulo de Hanna.
Então o homem exclamou:
- Nossa!
- Quem construiu estas mãos de mármores que saíram dos dois túmulos?
- Não daria tempo para alguém fazer um trabalho tão bem feito!
- Será que foi o Anjo de Mármore do Cemitério?
- Reza a lenda que o Anjo de Mármore anda, pelo campo-santo, à noite construindo mãos de mármore para unir os túmulos de pessoas que se amavam, mas foram separadas em vida.
Após estas palavras, o coveiro mostrou o fenômeno para as pessoas da aldeia, que ficaram assustadas com o acontecimento.
Anos depois, um terremoto atingiu a vila. Então o cemitério e várias casas foram destruídos. Porém esta lenda permaneceu na eternidade.
Luciana do Rocio Mallon





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