Lenda do Pão da Água
A receita do pão da água foi trazida pelos imigrantes
portugueses ainda na época do Brasil-Colônia.
Reza a lenda que na Idade Média moças, sem vocações
religiosas, eram internadas nos conventos na marra.
Assim, uma das tarefas nessas instituições era a criação
de pratos na culinária.
Arqueólogos e historiadores afirmam que eram comuns os
romances proibidos entre freiras e padres.
Então muitas receitas culinárias, que conhecemos hoje,
foram criadas em conventos e algumas tinham conotações sensuais.
Algumas comidas criadas, às escondidas, nas cozinhas dos
conventos da época, tinham formatos eróticos como o pão cacetinho, que naquele
tempo tinha o formato do órgão genital masculino mesmo e o pão da água, famoso
pelo formato de bumbum. Porém, essas criações eram às escondidas da madre
superiora.
Mas os sentidos proibidos das receitas não ficaram
restritos apenas aos romances proibidos dos conventos.
Ainda segundo historiadores, esses pães funcionavam como
códigos sensuais. Exemplos: as mulheres quando queriam relações íntimas comuns
mandavam pães cacetinhos embrulhados aos amantes. Porém, quando queriam algo
mais quente, por trás, enviavam o pão da água com o formato de bumbum.
Em Curitiba, o comércio do pão da água já existia desde a
época em que o local se chamava Vila Nossa Senhora da Luz, pois a receita foi
trazida pelos portugueses, mas já não tinha o sentido erótico.
Na capital do Paraná, era comum encontrar o pão da água
em panificadoras de bairros até o ano de 2015. Depois o famoso pão bundinha foi
sumindo aos poucos.
O pão da água foi retirado, junto com as
padarias pequenas de bairros, pelas fórmulas prontas que a indústria da
panificação começou a enfiar goela abaixo dos curitibanos.
Mas ainda é possível encontrar esse pão
nas seguintes panificadoras de Curitiba: A Camponesa, Delícias do Batel,
Brioche e Aquarius Curitiba.
Luciana do Rocio Mallon
#lucianadorociomallon #paodaagua
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