Dicionário
de Curitibanês: Lixo Que Não é Lixo e Família Folhas
“Lixo que
Não é Lixo” significa uma expressão usada pelos curitibanos para designar lixo
reciclável, normalmente composto por: papel, metal e vidro.
Esse termo
surgiu numa campanha da prefeitura, na gestão de Jaime Lerner no final dos anos
80 e começo dos anos 90, para estimular a separação de material reciclável.
No começo
dos anos 80, quando eu era criança brincava com as folhas que caíam no quintal
e transformava as pobres em personagens nas minhas brincadeiras.
Porém, por
coincidência, no final dos anos 80, a prefeitura criou a Família Folhas para
auxiliar nessa mesma campanha do “Lixo Que Não é Lixo”. A família era composta
por pai, mãe e filhos. Até bonecos gigantes com seus membros foram criados.
As músicas
famosas para essa campanha de separação de lixo reciclável foram:
“Lixo que
não é lixo, não vai para o lixo
Se-Pa-Re.”
Até uma
paródia da canção famosa da cantora Sandra Sá foi feita:
“Não joga
fora no lixo, coloque no lixo que não é lixo:
Vidro, papel
e metal
Para ficar
legal
Metal, vidro
e papel
Para a
ecologia do céu.”
Na mesma
época, eu tinha uma amiga que possuía um medo infundado da Família Folhas. Uma
dia ela me disse:
- Tive
pesadelo com a Família Folhas e sonhei que seus membros me obrigavam a comer
salada. Aquelas fantasias que eles usam parecem uma mistura de ETs, com
carrascos e Jason da Sexta-Feira Treze.
Então respondi:
- A Família
Folha é constituída por personagens do bem porque estimulam o aproveitamento de
lixo reciclável. Aliás, você deveria comer verduras, pois fazem bem à saúde.
Além disso, as fantasias são criativas.
Luciana do
Rocio Mallon
#lucianadorociomallon
#lixoquenaoelixo #curitibanês
Muito bom relembrar campanhas positivas.
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