sábado, 25 de março de 2023

Dicionário de Curitibanês: Porquinho do Banestado

 

Dicionário de Curitibanês: Porquinho do Banestado

Agora, em pleno 2023, eu estava passando perto de um parquinho infantil e de repente escutei a vó falando para a neta:

- Olhe uma moeda caída no chão, pegue para guardar no porquinho do Banestado!

De repente, um senhor, de uns cinquenta anos passou perto e exclamou:

- Não existe mais Banestado!

Em Curitiba, o problema é que muitos idosos usam a expressão “porquinho do Banestado” para qualquer tipo de cofre.

Na verdade, de 1928 a 2000, existiu um banco chamado Banestado.

No anos 70, ele passou a distribuir cofrinhos de plásticos coloridos em formato de porquinhos em pé.

Eu me lembro que quando estava na primeira infância, sempre no começo do ano, gostava de pegar esses porquinhos e colocar moedas. Porém no final, do mesmo ano, quando ia ao banco, as moedas estavam desvalorizadas por causa da inflação e não conseguia lucrar. Então, o melhor era brincar com esses porcos e transformar os cofrinhos em personagens. Nas minhas brincadeiras, a Barbie sempre roubava o cofrinho do Ken ou do Bob e o boneco do Falcon muitas vezes afanava o porquinho da boneca com rosto de idosa. Porém essas são outras histórias...

Bem, curiosas mesmo eram as simpatias que envolviam esses porquinhos:

- Amarrar uma nota no pescoço do porquinho e transformar esse cofre, cheio de moedas, em peso de porta trazia dinheiro ao dono da casa.

- Colocar um porquinho rosa, cheio de moedas, de ponta-cabeça na gaveta de calcinhas trazia um marido rico.

Esse dias, eu navegava num grupo de colecionadores e vi o seguinte anúncio:

“ – Pago até 500 reais por um porquinho do Banestado, de metal, dos anos 80.”

Assim imaginei:

- Será que um dia eu tive um cofrinho desses de metal e joguei fora?

Luciana do Rocio Mallon

#Banestado #porquinho #cofrinho

 

 

 

 

 


 

 

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