Dicionário
de Curitibanês: Porquinho do Banestado
Agora, em
pleno 2023, eu estava passando perto de um parquinho infantil e de repente
escutei a vó falando para a neta:
- Olhe uma
moeda caída no chão, pegue para guardar no porquinho do Banestado!
De repente,
um senhor, de uns cinquenta anos passou perto e exclamou:
- Não existe
mais Banestado!
Em Curitiba,
o problema é que muitos idosos usam a expressão “porquinho do Banestado” para
qualquer tipo de cofre.
Na verdade,
de 1928 a 2000, existiu um banco chamado Banestado.
No anos 70,
ele passou a distribuir cofrinhos de plásticos coloridos em formato de
porquinhos em pé.
Eu me lembro
que quando estava na primeira infância, sempre no começo do ano, gostava de
pegar esses porquinhos e colocar moedas. Porém no final, do mesmo ano, quando
ia ao banco, as moedas estavam desvalorizadas por causa da inflação e não
conseguia lucrar. Então, o melhor era brincar com esses porcos e transformar os
cofrinhos em personagens. Nas minhas brincadeiras, a Barbie sempre roubava o
cofrinho do Ken ou do Bob e o boneco do Falcon muitas vezes afanava o porquinho
da boneca com rosto de idosa. Porém essas são outras histórias...
Bem,
curiosas mesmo eram as simpatias que envolviam esses porquinhos:
- Amarrar
uma nota no pescoço do porquinho e transformar esse cofre, cheio de moedas, em
peso de porta trazia dinheiro ao dono da casa.
- Colocar um
porquinho rosa, cheio de moedas, de ponta-cabeça na gaveta de calcinhas trazia
um marido rico.
Esse dias,
eu navegava num grupo de colecionadores e vi o seguinte anúncio:
“ – Pago até
500 reais por um porquinho do Banestado, de metal, dos anos 80.”
Assim
imaginei:
- Será que
um dia eu tive um cofrinho desses de metal e joguei fora?
Luciana do
Rocio Mallon
#Banestado
#porquinho #cofrinho
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