Na Quarentena, Ela Descobriu Que Não Era uma Dona-de-Casa, Mas Que a Casa Era Dona Dela
Na quarentena ela precisou ficar em casa
Por isto, fez da sala de visita um escritório
Sentiu que cortaram uma importante asa
Mas, de colegas, não ouviria mais falatório
Ela tentou fazer uma receita
Que achou num velho caderno
Mas a comida não saiu bem feita
Porém sentiu um gosto fraterno
Ela limpou os vidros que pensou que era fumê
Assim descobriu que eram apenas transparentes
Deste jeito seu espírito e mente fizeram fuzuê
As janelas estavam sujas simplesmente
Ela descobriu que podia ler livros com os filhos
E que aula por Internet é mecânica e fria
Assim ela levantou da linha e ergueu os trilhos
Pois a ameaça do Corona mudou seu dia-a-dia
Ela usou pela primeira vez num curioso astral
Uma máscara que não era de Carnaval
E muito menos de convivência social
Ela descobriu que casa pode ser um local,
Só para dormir depois de um trabalho com rotina,
Porém que lar é um abrigo total
Onde cada criatura fica unida
Ela não era dona-de-casa
Mas a casa era a dona dela
A alma é um ferro que passa
A hora de uma forma singela.
Luciana do Rocio Mallon
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