Chamar Alguém do Gênero
Feminino de Moça Não é Ofensa
Dias atrás, vi
escritores reclamando que encontraram em páginas femininas, meninas falando que
chamar alguém do gênero feminino de moça é ofensivo. Segundo estas garotas a
palavra “moça” chega a ser mais ofensiva do que “princesa” porque conforme,
estas adolescentes, trata-se de um apelido machista e brega.
Moça e princesa nunca
foram palavras ofensivas. Eu, por exemplo, não me sinto triste quando me chamam
com estas palavras. Mas é lógico que tudo depende do contexto. Já recebi poemas
onde me chamaram de moça e princesa. Com relação à breguice, posso dizer que os
excelentes poemas de amor sempre são considerados cafonas pela galera descolada
da moda. Porém sempre preferi as declarações de paixões bem melosas, pois é o açúcar
e o mel que alimentam os textos de amor.
O que seria do cantor
Amado Batista sem a sua música chamada Princesa?
O que seria do artista
Wando sem a sua canção intitulada Moça?
Algumas criaturas dizem
que uma mulher só merece ser chamada de moça se ainda for virgem. O problema é
que, hoje em dia, ao ver uma desconhecida jovem solteira não há como saber se
ela já transou ou não por causa da tal liberdade sexual. Já outros seres
afirmam que uma dama só deve ser chamada de princesa se for bonita. Porém
beleza é algo relativo e subjetivo. Sem falar que na vida real nem todas as
princesas, de várias monarquias, foram bonitas de acordo com a beleza imposta
pelo comércio.
Como citei, não vejo
problemas em ser chamada de moça ou princesa. Pois, para começar, nunca transei
com penetração na vida mesmo e apesar de estar longe da beleza imposta pelo
capitalismo, sei que boniteza é algo pessoal. Antes eu ficava incomodada quando
me chamavam de senhora. Mas o tempo passou e como tenho mais de quarenta anos
de idade nem me importo mais. Mesmo assim eu temo ser chamada de vovó mesmo não
tendo netos. Porém algo que me salva é muita pele oleosa e sebenta, que não
deixa as rugas e nem os pés-de-galinha caminharem no meu rosto. Ás vezes fico ressabiada
quando me apelidam de madame. Pois na adolescência havia umas colegas
invejosas, que pensavam que eu era rica por causa de lendas fantasiosas a meu
respeito, e me apelidavam com este nome de uma forma pejorativa. Na verdade,
hoje quando me chamam de madame tremo e fico com medo de ser assaltada. Recentemente
fiquei encantada com um garçom porque ele me chamou de “lady”, que significa dama
em inglês, sem falar que esta é uma palavra existente em várias canções
internacionais românticas de que gosto. Basta um homem me chamar de “lady” que
logo várias músicas começam a tocar na minha cabeça.
Portanto substantivos
que muitas vezes viram adjetivos como: moça, princesa e lady não são machistas
e muito menos ofensivos.
Luciana do Rocio Mallon
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