segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Chamar Alguém do Gênero Feminino de Moça Não é Ofensa


Chamar Alguém do Gênero Feminino de Moça Não é Ofensa
Dias atrás, vi escritores reclamando que encontraram em páginas femininas, meninas falando que chamar alguém do gênero feminino de moça é ofensivo. Segundo estas garotas a palavra “moça” chega a ser mais ofensiva do que “princesa” porque conforme, estas adolescentes, trata-se de um apelido machista e brega.
Moça e princesa nunca foram palavras ofensivas. Eu, por exemplo, não me sinto triste quando me chamam com estas palavras. Mas é lógico que tudo depende do contexto. Já recebi poemas onde me chamaram de moça e princesa. Com relação à breguice, posso dizer que os excelentes poemas de amor sempre são considerados cafonas pela galera descolada da moda. Porém sempre preferi as declarações de paixões bem melosas, pois é o açúcar e o mel que alimentam os textos de amor.
O que seria do cantor Amado Batista sem a sua música chamada Princesa?
O que seria do artista Wando sem a sua canção intitulada Moça?
Algumas criaturas dizem que uma mulher só merece ser chamada de moça se ainda for virgem. O problema é que, hoje em dia, ao ver uma desconhecida jovem solteira não há como saber se ela já transou ou não por causa da tal liberdade sexual. Já outros seres afirmam que uma dama só deve ser chamada de princesa se for bonita. Porém beleza é algo relativo e subjetivo. Sem falar que na vida real nem todas as princesas, de várias monarquias, foram bonitas de acordo com a beleza imposta pelo comércio.
Como citei, não vejo problemas em ser chamada de moça ou princesa. Pois, para começar, nunca transei com penetração na vida mesmo e apesar de estar longe da beleza imposta pelo capitalismo, sei que boniteza é algo pessoal. Antes eu ficava incomodada quando me chamavam de senhora. Mas o tempo passou e como tenho mais de quarenta anos de idade nem me importo mais. Mesmo assim eu temo ser chamada de vovó mesmo não tendo netos. Porém algo que me salva é muita pele oleosa e sebenta, que não deixa as rugas e nem os pés-de-galinha caminharem no meu rosto. Ás vezes fico ressabiada quando me apelidam de madame. Pois na adolescência havia umas colegas invejosas, que pensavam que eu era rica por causa de lendas fantasiosas a meu respeito, e me apelidavam com este nome de uma forma pejorativa. Na verdade, hoje quando me chamam de madame tremo e fico com medo de ser assaltada. Recentemente fiquei encantada com um garçom porque ele me chamou de “lady”, que significa dama em inglês, sem falar que esta é uma palavra existente em várias canções internacionais românticas de que gosto. Basta um homem me chamar de “lady” que logo várias músicas começam a tocar na minha cabeça.
Portanto substantivos que muitas vezes viram adjetivos como: moça, princesa e lady não são machistas e muito menos ofensivos.
Luciana do Rocio Mallon  






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