Dia do Leitor, Sete de Janeiro
O Dia do Leitor foi inventado,
no Brasil, para comemorar à fundação do jornal cearense “O Povo”, batizado em 7
de janeiro de 1928, pelo jornalista Demócrito Rocha.
A palavra ler veio de “legere” que significa colher o alimento.
Na Antiga Roma surgiu a expressão “legere oculis”, que significava
colher com os olhos, quando alguém lia algum papiro ou textos nas pedras. Pois
além de visualizar, a pessoa precisava interpretar as frases como se a mensagem
fosse uma fruta colhida no pé.
A palavra leitor tem um pingo na palavra leite que também vem do latim “lacte”
que significa primeiro alimento.
Quando tive aulas de Etimologia, o professor falou que leitor era uma
mistura de legere, colher, com lacte que significava alimento do seio.
Portanto leitor quer dizer: aquele que colhe o alimento com os olhos.
Realmente ler é uma comida para o espírito e o cérebro.
No Brasil, até o final do século dezenove aprender a ler e a escrever
era só para os privilegiados. Mas no século vinte foram construídas várias
escolas proporcionando que a maioria da população viesse a ser alfabetizada.
Mesmo assim, infelizmente, há um grande número de pessoas que sabe ler, porém
não sabe interpretar. Mas é possível consertar isto se os pais acompanharem o
rendimento escolar dos seus filhos, nos colégios, estimulando a leitura dentro
de casa.
Gosto de escrever lendas populares, contos divertidos e poemas simples
para incentivar o interesse do leitor. Pois num mundo pesado em que vivemos,
ninguém merece ler algo chato e enfadonho.
Por curiosidade, fatos que fazem um pequeno leitor, em construção, a
desistir de ler uma obra são:
- Descrições detalhadas e longas,
- Vocabulário complicado e erudito ao extremo.
Realmente, é importante para o adolescente a ampliação de seu vocabulário.
Porém nenhuma criança aguenta pegar no dicionário ou consultar o Google de dois
em dois minutos.
Por isto uma vez, um escritor recalcado e frustrado, com pouquíssimos
seguidores, comentou:
- Você é brega e escreve igual à personagem Tia Anastácia do Sítio do
Pica-Pau Amarelo.
Tomei este comentário pejorativo como elogio porque minha intenção ao
escrever sempre foi me aproximar do povo mais humilde usando as expressões da
terra.
Também estou aberta ao diálogo nas redes sociais sobre minhas obras.
Isto é ter consideração com o leitor. Infelizmente há escritores que não sabem
conversar e acabam discutindo ou ignorando os próprios leitores. Aliás, um dos
métodos para o escritor sentir a qualidade da sua obra é através de debates
civilizados com seu público.
Afinal, o leitor é um turista viajante que nunca se arrependerá do
passeio através do mundo das letras.
Há dois detalhes que conquistam e cativam qualquer leitor:
- Uma estória interessante com criatividade nos elementos de surpresas,
- Coerência e coesão na costura do texto e
- Vocabulário simples.
Assim gostaria de aproveitar este artigo para agradecer a todos os fãs e
leitores dos meus textos. Pois sem eles minha missão estaria incompleta.
Luciana do Rocio Mallon
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