quarta-feira, 4 de julho de 2018

Margarinas dos Anos 80 e Suas Lições


Margarinas dos Anos 80 e Suas Lições
Quando eu era criança, assistia aos comerciais de margarina e pensava que em cada uma delas existia uma fórmula mágica de fazer uma família feliz, justamente, de manhã, período do dia em que as pessoas levantam de péssimo humor e com medo de enfrentar um novo dia difícil.
Por isto, eu experimentava todo o tipo de margarina que via nas propagandas da TV. Então, cresci, amadureci e entendi que margarina nenhuma possui uma fórmula mágica para deixar os seres humanos alegres pela manhã. Pois descobri que margarinas são cremes vegetais e não alucinógenos.
Porém pesquisei sobre marcas de margarina, dos anos 80 até hoje, com pessoas de diversas classes sociais, através de um toque pessoal e o resultado resultou em elogios bem humorados para diversas marcas:

Flor:  sempre será a margarina para quem acredita que um dia pela manhã não é um mar de rosa. Mas pode ser uma flor carnívora quando há briga entre os familiares, justamente, no café da manhã. Porém o sabor desta margarina era tão bom que, ás vezes, me sentia um lírio no lodo, apesar de desfolhado. Ás vezes ela vinha numa caixa especial, que eu guardava para transformar em porta-bijuteria.

Mila = era a margarina que veio do milho. Tinha um comercial maravilhoso com índios dançando de manhã. A minha alma sempre dizia:
“ - Para que seu dia não se transforme num sabugo e para não ser castigada de joelhos no milho, coma um pão com Mila. Então depois beba chá com camomila. “

- Fiorella = a embalagem desta margarina tinha uma cor linda porque era verde-esperança. Sem falar da voz fina da cantora lírica do comercial. O meu espírito me falava:
“ Coma esta margarina com embalagem bela
Da cor verde de uma esperança, donzela
Pois, ela dá vontade de desfilar na passarela.”

- Claybom: este produto me lembra de um porteiro, do colégio, que cumprimentava:
- Dia bom!
Então eu respondia:
- Diabão?
- Diabinho!
Eu tinha medo daquele desenho da menina loira na embalagem que aparecia pulando corda. Ás vezes eu encarava aquela figura e parecia que a menina se movimentava no desenho.

- Doriana: havia uma propaganda de uma carinha sorridente no comercial deste produto. Por isto, eu sempre abria a embalagem à procura daquele rosto. Mas nunca encontrava.

- Delícia Cremosa: nunca achei que uma comida deveria ter creme para ser uma delícia. Até hoje não entendi o nome desta margarina. Mas eu gostava muito.

- Coamo: eu achava este nome muito poético e pensava que tinha a ver com o amor.
E você, leitor?
Qual era sua margarina preferida nos anos 80?
Luciana do Rocio Mallon




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