Margarinas
dos Anos 80 e Suas Lições
Quando eu
era criança, assistia aos comerciais de margarina e pensava que em cada uma
delas existia uma fórmula mágica de fazer uma família feliz, justamente, de
manhã, período do dia em que as pessoas levantam de péssimo humor e com medo de
enfrentar um novo dia difícil.
Por isto, eu
experimentava todo o tipo de margarina que via nas propagandas da TV. Então,
cresci, amadureci e entendi que margarina nenhuma possui uma fórmula mágica
para deixar os seres humanos alegres pela manhã. Pois descobri que margarinas
são cremes vegetais e não alucinógenos.
Porém
pesquisei sobre marcas de margarina, dos anos 80 até hoje, com pessoas de
diversas classes sociais, através de um toque pessoal e o resultado resultou em
elogios bem humorados para diversas marcas:
Flor: sempre será a margarina para quem acredita que
um dia pela manhã não é um mar de rosa. Mas pode ser uma flor carnívora quando
há briga entre os familiares, justamente, no café da manhã. Porém o sabor desta
margarina era tão bom que, ás vezes, me sentia um lírio no lodo, apesar de
desfolhado. Ás vezes ela vinha numa caixa especial, que eu guardava para transformar
em porta-bijuteria.
Mila = era a
margarina que veio do milho. Tinha um comercial maravilhoso com índios dançando
de manhã. A minha alma sempre dizia:
“ - Para que
seu dia não se transforme num sabugo e para não ser castigada de joelhos no
milho, coma um pão com Mila. Então depois beba chá com camomila. “
- Fiorella =
a embalagem desta margarina tinha uma cor linda porque era verde-esperança. Sem
falar da voz fina da cantora lírica do comercial. O meu espírito me falava:
“ Coma esta
margarina com embalagem bela
Da cor verde
de uma esperança, donzela
Pois, ela dá
vontade de desfilar na passarela.”
- Claybom:
este produto me lembra de um porteiro, do colégio, que cumprimentava:
- Dia bom!
Então eu
respondia:
- Diabão?
- Diabinho!
Eu tinha
medo daquele desenho da menina loira na embalagem que aparecia pulando corda. Ás
vezes eu encarava aquela figura e parecia que a menina se movimentava no
desenho.
- Doriana:
havia uma propaganda de uma carinha sorridente no comercial deste produto. Por
isto, eu sempre abria a embalagem à procura daquele rosto. Mas nunca
encontrava.
- Delícia
Cremosa: nunca achei que uma comida deveria ter creme para ser uma delícia. Até
hoje não entendi o nome desta margarina. Mas eu gostava muito.
- Coamo: eu
achava este nome muito poético e pensava que tinha a ver com o amor.
E você,
leitor?
Qual era sua
margarina preferida nos anos 80?
Luciana do
Rocio Mallon
Fiorella
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