Para Cada
Dedo de Prosa uma Pétala de Rosa
Era uma vez
uma menina chamada Crônica,
Muito
agitada, travessa e tagarela
Que dançava
balé e tocava harmônica
Sorrindo,
toda a tarde, na janela!
A Crônica
vivia num mágico jardim
O problema é
que ela não era flor
Sua paixão
platônica era o jasmim,
Que não
reconhecia o seu nobre amor!
A Crônica
tinha uma real e sincera amizade
Com as
folhas sejam secas, ou, esverdeadas
Nelas, esta
menina escrevia cheia de felicidade
Palavras com
tintas de seivas perfumadas!
Porém um
rígido querubim
Que era guardião
e jardineiro
Daquele
misterioso jardim
Falou à Crônica
de um jeito traiçoeiro:
- Se você
não é flor e nem Literatura
Darei uma
missão a você com loucura:
Para cada
dedo de prosa, uma pétala de rosa
Você precisa
conseguir e obter
De uma forma
sigilosa e ardilosa
Até o
próximo amanhecer
Para cada
pétala de rosa, um dedo de prosa
A Crônica
ficou sem as mãos, mas com os brilhantes
A rosa ficou
sem suas pétalas macias
Nesta missão
arriscada e perigosa
O jardim
acordou com mil poesias
Na despedida
das estrelas cintilantes
Para cada
pétala de rosa, um dedo de prosa
Assim a
Crônica virou um suave poema
Por cada
dedo e pétala que caíram de forma formosa
O céu amanheceu
com aroma de alfazema
Para cada
dedo de prosa, uma pétala de rosa
Assim o
roseiral acordou com a alma vazia
Porém com a
esperança mais doce e sedosa
Porque,
finalmente, a Crônica virou Poesia.
Luciana do
Rocio Mallon
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