Lenda da
Enfermeira Fantasma da Linha Inter Hospitais
Em Curitiba,
no século dezenove, existia uma enfermeira muito dedicada chamada Creusa. Nos
seus dias de folga, ela pegava uma carroça para ir a lugares afastados com o objetivo
de atender as pessoas doentes através dos seus conhecimentos e práticas. Uma vez ela estava trabalhando, no meio de
várias pessoas, no hospital e comentou:
- Daqui há
cem anos haverá um transporte que levará os doentes para todos os hospitais,
desta cidade, e meu espírito estará dentro dele para ajudar os pacientes.
Naquele
mesmo instante, os colegas da enfermeira viram um anjo, ao seu lado, que disse
a palavra “amém” após Creusa falar estas palavras.
Depois de
alguns dias, esta enfermeira foi atropelada por uma carroça e morreu. Logo
surgiram boatos de criaturas dizendo que avistaram o fantasma desta moça dentro
de uma carroça nos bairros mais distantes da cidade.
O tempo
passou e em 1997, em Curitiba, foi criado um ônibus chamado Inter Hospitais que
passa por laboratórios e vários hospitais da cidade.
Em 1998,
dona Lídia virou passageira assídua desta linha porque sempre ia ao laboratório
e ao hospital onde fazia quimioterapia.
Porém ela notou que uma moça vestida com roupas de enfermeira antiga
sempre pegava este ônibus. Em uma tarde de inverno, uma senhora que estava
dentro do ônibus cortou-se e não parava de sangrar. Então a enfermeira
misteriosa, pegou sua maleta e fez um curativo. Num outro dia um senhor começou
a sentir falta de respiração e esta mesma moça realizou uma massagem que fez
este idoso respirar novamente.
Numa manhã,
dentro deste mesmo ônibus, Lídia começou a sentir muitas dores nas costas. Por
isto a enfermeira estranha aproximou-se e disse:
- Sinto que
as costas, da senhora, estão doendo.
- Posso fazer
uma massagem?
A idosa
respondeu que sim e suas dores foram passando aos poucos. Deste jeito ela
perguntou:
- Qual é o
seu nome?
A enfermeira
respondeu:
Creusa.
Lídia fez
mais uma indagação:
- Há quando
tempo você é enfermeira?
A moça
disse:
- Há mais de
cem anos.
De repente, a
jovem levantou-se para descer em um hospital. Mas, sem querer, deixou um papel
cair da sua maleta.
Após esta
donzela sair do ônibus, Lídia pegou a folha, que caiu, e notou que era uma foto
antiga e amarelada da moça vestida de enfermeira, porém com a seguinte data: 1897.
Um mês
depois, Lídia foi levar flores para os parentes mortos no Cemitério Municipal.
Ao passar pelos túmulos, ela viu uma foto que parecia ser de alguém conhecido.
Assim que ela se aproximou e percebeu que era o retrato da enfermeira
misteriosa do ônibus Inter Hospitais, com as datas: 1864 – 1897.
Luciana do
Rocio Mallon
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