Outras
Lendas Sobre o Presídio do Ahú
Em 2007
escrevi um texto chamado Lendas do Presídio do Ahú, onde contei sobre os
fantasmas e mistérios que abrigam este local: espíritos do jogo do copo,
passagens subterrâneas, porões secretos, monstro do palhaço da serra elétrica e
motoqueiro do ácido.
Agora, com o
fechamento definitivo deste presídio, descobri mais lendas que estão abaixo:
O Fantasma
do Louco
Reza a lenda
que o Presídio do Ahú foi inaugurado em 1903 como hospício. Neste manicômio
havia um paciente chamado Zé, que costumava bater panelas à noite e que dava
comida na marra dos outros enfermos que se negavam a se alimentar. Dizem que
ele morreu de tuberculose, mas seu espírito continuou no mesmo local.
Em 1908, o
manicômio virou presídio, porém o fantasma de Zé permaneceu lá. Então, nas
noites sem luar de madrugada, era possível ouvir batidas de panelas entre os
corredores. Sem falar que quando alguns presidiários eram impedidos de se
alimentar ou faziam greve de fome, aparecia um senhor tentando colocar comida
na goela deles, que falavam ser Zé.
O Preso com
Asas
Reza a lenda
que Toinho era um rapaz religioso com poderes sobrenaturais que foi julgado,
injustamente, por um crime que não cometeu. Uma madrugada, um anjo apareceu em
sua cela e disse:
- Você foi
encarcerado por algo que não cometeu. Portanto todas as sextas, de Lua cheia,
você criará asas para voar onde quiser. Porém antes da meia-noite precisará
estar de volta ao presídio.
Assim este
homem passou a ter asas nas noites em que o querubim especificou.
Uma vez, ele
tentou voar pela janela, mas naquele mesmo instante este rapaz teve um ataque cardíaco,
por isto perdeu o equilíbrio e suas asas bateram na parede. Desta maneira os
guardas ficaram assustados ao ver um rapaz morto com asas no chão.
Reza a lenda
que na cela onde este homem morou foi pintado um par de asas em volta da janela
com suas próprias penas que foram coladas, nesta mesma parede, por outros
colegas.
Travesti
Rapunzel
Dizem que
nos anos 80, no presídio do Ahu, existia uma transexual loira que atendia pelo
apelido de Rapunzel. Em algumas noites uma voz misteriosa dizia:
- Rapunzel,
jogue suas tranças!
Desta
maneira os cabelos dela cresciam rapidamente e viravam duas tranças quilométricas.
Dizem que, às vezes, as tranças dela ultrapassavam os muros. Por isto através
delas alguns presos escapavam e alguns traziam materiais suspeitos ao local.
Luciana do
Rocio Mallon
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