sábado, 22 de outubro de 2016

Outras Lendas Sobre o Presídio do Ahú

Outras Lendas Sobre o Presídio do Ahú
Em 2007 escrevi um texto chamado Lendas do Presídio do Ahú, onde contei sobre os fantasmas e mistérios que abrigam este local: espíritos do jogo do copo, passagens subterrâneas, porões secretos, monstro do palhaço da serra elétrica e motoqueiro do ácido.
Agora, com o fechamento definitivo deste presídio, descobri mais lendas que estão abaixo:
O Fantasma do Louco
Reza a lenda que o Presídio do Ahú foi inaugurado em 1903 como hospício. Neste manicômio havia um paciente chamado Zé, que costumava bater panelas à noite e que dava comida na marra dos outros enfermos que se negavam a se alimentar. Dizem que ele morreu de tuberculose, mas seu espírito continuou no mesmo local.
Em 1908, o manicômio virou presídio, porém o fantasma de Zé permaneceu lá. Então, nas noites sem luar de madrugada, era possível ouvir batidas de panelas entre os corredores. Sem falar que quando alguns presidiários eram impedidos de se alimentar ou faziam greve de fome, aparecia um senhor tentando colocar comida na goela deles, que falavam ser Zé.
O Preso com Asas
Reza a lenda que Toinho era um rapaz religioso com poderes sobrenaturais que foi julgado, injustamente, por um crime que não cometeu. Uma madrugada, um anjo apareceu em sua cela e disse:
- Você foi encarcerado por algo que não cometeu. Portanto todas as sextas, de Lua cheia, você criará asas para voar onde quiser. Porém antes da meia-noite precisará estar de volta ao presídio.
Assim este homem passou a ter asas nas noites em que o querubim especificou.
Uma vez, ele tentou voar pela janela, mas naquele mesmo instante este rapaz teve um ataque cardíaco, por isto perdeu o equilíbrio e suas asas bateram na parede. Desta maneira os guardas ficaram assustados ao ver um rapaz morto com asas no chão.
Reza a lenda que na cela onde este homem morou foi pintado um par de asas em volta da janela com suas próprias penas que foram coladas, nesta mesma parede, por outros colegas.
Travesti Rapunzel
Dizem que nos anos 80, no presídio do Ahu, existia uma transexual loira que atendia pelo apelido de Rapunzel. Em algumas noites uma voz misteriosa dizia:
- Rapunzel, jogue suas tranças!
Desta maneira os cabelos dela cresciam rapidamente e viravam duas tranças quilométricas. Dizem que, às vezes, as tranças dela ultrapassavam os muros. Por isto através delas alguns presos escapavam e alguns traziam materiais suspeitos ao local.
Luciana do Rocio Mallon







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