Lenda da
Bruxa Que Corta os Fundilhos das Calcinhas Que Deixam na Torneira do Chuveiro
Reza a
lenda, que nos anos cinquenta, havia uma “curandeira” conhecida como Dona Alves
que morava num casarão perto do Cemitério São Francisco de Paula em Curitiba.
Esta senhora
era viúva e um dia todos os seus filhos foram morar em outras cidades. Por isto
ela resolveu alugar os quartos, de sua enorme casa, para estudantes
universitárias. As regras eram claras: as moças deveriam pagar o aluguel por
mês, limpar a casa, não trazer homens para dentro do recinto, e, principalmente
nunca esquecer calcinhas molhadas penduradas na torneira que abria o chuveiro.
O problema é que todas as meninas obedeciam às tarefas, porém sempre se esqueciam
das calcinhas no box.
Numa tarde
de inverno, Dona Alves encontrou cinco calcinhas penduradas na torneira que
abria a ducha. Então ela ficou furiosa e por isto rasgou todos os fundilhos
destas peças. Quando as moças chegaram ao local, ficaram assustadas e ainda
levaram bronca desta senhora. Assim, a partir daquele dia, toda a hóspede que deixava
a calcinha molhada , no box do banheiro, a idosa cortava o fundilho desta peça.
Este hábito se arrastou por muitas décadas.
Nos anos 90
minha amiga, Patrícia Silva, alugou um quarto numa pensão chamada Moradia da
Divina localizada perto do Cemitério São Francisco de Paula, em Curitiba. Mas,
com o passar do tempo, esta jovem notou que todas as calcinhas que ela esquecia
no box do banheiro apareciam com o fundilho rasgado. Deste jeito, a donzela
perguntou à proprietária da pensão:
- Dona
Divina, por que toda a calcinha molhada, que deixo pendurada na torneira do
chuveiro, aparece com o forro rasgado no dia seguinte?
A
proprietária explicou:
- Eu não
faço este tipo de coisa. Reza a lenda que isto é obra da Bruxa Que Corta os
Fundilhos das Calcinhas. Há uma estória, que nesta região, existia uma
feiticeira que possuía uma pensão. Porém, um dia, ela se cansou das calcinhas
molhadas que as meninas esqueciam no box do banheiro e passou a cortar os forros
destas peças. Dizem que, alguns anos depois, esta bruxa morreu e o fantasma
dela passou a percorrer todas as casas de Curitiba em busca de calcinhas
molhadas que as mulheres deixam penduradas nas torneiras que abrem os
chuveiros. Desta maneira quando a bruxa encontra uma peça, neste estado, ela
rasga o fundilho sem dó e muito menos piedade.
Luciana do
Rocio Mallon
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