domingo, 16 de outubro de 2016

Lenda da Bruxa Que Corta os Fundilhos das Calcinhas Que Deixam na Torneira do Chuveiro

Lenda da Bruxa Que Corta os Fundilhos das Calcinhas Que Deixam na Torneira do Chuveiro
Reza a lenda, que nos anos cinquenta, havia uma “curandeira” conhecida como Dona Alves que morava num casarão perto do Cemitério São Francisco de Paula em Curitiba.
Esta senhora era viúva e um dia todos os seus filhos foram morar em outras cidades. Por isto ela resolveu alugar os quartos, de sua enorme casa, para estudantes universitárias. As regras eram claras: as moças deveriam pagar o aluguel por mês, limpar a casa, não trazer homens para dentro do recinto, e, principalmente nunca esquecer calcinhas molhadas penduradas na torneira que abria o chuveiro. O problema é que todas as meninas obedeciam às tarefas, porém sempre se esqueciam das calcinhas no box.
Numa tarde de inverno, Dona Alves encontrou cinco calcinhas penduradas na torneira que abria a ducha. Então ela ficou furiosa e por isto rasgou todos os fundilhos destas peças. Quando as moças chegaram ao local, ficaram assustadas e ainda levaram bronca desta senhora. Assim, a partir daquele dia, toda a hóspede que deixava a calcinha molhada , no box do banheiro, a idosa cortava o fundilho desta peça. Este hábito se arrastou por muitas décadas.
Nos anos 90 minha amiga, Patrícia Silva, alugou um quarto numa pensão chamada Moradia da Divina localizada perto do Cemitério São Francisco de Paula, em Curitiba. Mas, com o passar do tempo, esta jovem notou que todas as calcinhas que ela esquecia no box do banheiro apareciam com o fundilho rasgado. Deste jeito, a donzela perguntou à proprietária da pensão:
- Dona Divina, por que toda a calcinha molhada, que deixo pendurada na torneira do chuveiro, aparece com o forro rasgado no dia seguinte?
A proprietária explicou:
- Eu não faço este tipo de coisa. Reza a lenda que isto é obra da Bruxa Que Corta os Fundilhos das Calcinhas. Há uma estória, que nesta região, existia uma feiticeira que possuía uma pensão. Porém, um dia, ela se cansou das calcinhas molhadas que as meninas esqueciam no box do banheiro e passou a cortar os forros destas peças. Dizem que, alguns anos depois, esta bruxa morreu e o fantasma dela passou a percorrer todas as casas de Curitiba em busca de calcinhas molhadas que as mulheres deixam penduradas nas torneiras que abrem os chuveiros. Desta maneira quando a bruxa encontra uma peça, neste estado, ela rasga o fundilho sem dó e muito menos piedade.
Luciana do Rocio Mallon



Nenhum comentário:

Postar um comentário