A Urna
Eletrônica do Amor
A urna
eletrônica que mata a saudade
Não é aquele
aparelho para votar
Pois ela é a
lembrança da felicidade
De alguém
que deixou perfume pelo ar
A pessoa
mais meiga, frágil, doce e solidária
Com o
espírito nobre, encantado e esforçado
Pediu para
guardarem suas cinzas numa urna mortuária
Porque no
cemitério, não queria seu corpo enterrado
Então
coloquei suas cinzas na urna pequenina
Mas tive uma
surpresa quando, este objeto, abri
As cinzas se
transformaram em coloridas purpurinas
Que quase
voaram como um sapeca e rápido colibri
Porém, nos
meios das minhas lágrimas, surgiu um querubim
Que
transformou as purpurinas num pendrive eletrônico
O anjo disse
que este era um presente para mim
Assim tudo
pelo ar tornou-se harmônico
Depois desta
surpresa bela e singela
Abri o
pendrive na rígida tela
Então
surgiram vídeos e fotografias
Desta pessoa
que deixou mil alegrias
A verdadeira urna eletrônica do amor
È a cinza
que virou pendrive com as lembranças
De um tempo
repleto de ternura e esplendor
Nos sonhos
mais puros e livres das crianças.
Luciana do
Rocio Mallon
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