Bar de Gelo
em Curitiba
Soube de uma
notícia que me deixou ferida
Porque não
fiquei nada contente
Abrirá um
bar feito de gelo em Curitiba
Poxa, isto é
para quem tem o rabo quente
Aqui, o
clima é misterioso e muito frio
Sem falar
que há muitas pessoas geladas
Tudo isto me
causa medo e arrepio
Nas
madrugadas cheias de geadas
Sentar num
banco feito de gelo
É pedir para
pegar cistite
Fazendo da
vida, um pesadelo
Mesmo o bar
sendo de elite
Já levei
tanto gelo duro no sentimento
Que quase
virei vendedora de picolé
Nem o Sol de
verão faz derreter o ressentimento
De levar na
alma, um insensível pontapé
Não sou Elsa
de Frozen para entrar num restaurante
Onde tudo é
feito com um gelo sem fim!
Prefiro uma
festa quente como a estrela cintilante
Mais ardente
que o Sol entre o amarelo e o carmim
Reza a lenda
que os fantasmas da cidade
Não se
encontrarão mais no cemitério
Eles
assombrarão o bar de gelo com felicidade
Pois no frio
artificial sempre mora o mistério
A Loira-Fantasma,
o Pirata Zulmiro,
A Noiva do
Belvedere e o Vampiro
Beberão e
falarão pelos cotovelos
Nesta bar
repleto de mil gelos!
Peço para
que as pessoas cheias de calores
Não mandem nudes para mim
Em vez
disto, elas que vão refrescar suas dores
No bar de
gelo tão raro quanto o marfim.
Luciana do
Rocio Mallon
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