segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Bar de Gelo Em Curitiba

Bar de Gelo em Curitiba
Soube de uma notícia que me deixou ferida
Porque não fiquei nada contente
Abrirá um bar feito de gelo em Curitiba
Poxa, isto é para quem tem o rabo quente

Aqui, o clima é misterioso e muito frio
Sem falar que há muitas pessoas geladas
Tudo isto me causa medo e arrepio
Nas madrugadas cheias de geadas

Sentar num banco feito de gelo
É pedir para pegar cistite
Fazendo da vida, um pesadelo
Mesmo o bar sendo de elite

Já levei tanto gelo duro no sentimento
Que quase virei vendedora de picolé
Nem o Sol de verão faz derreter o ressentimento
De levar na alma, um insensível pontapé

Não sou Elsa de Frozen para entrar num restaurante
Onde tudo é feito com um gelo sem fim!
Prefiro uma festa quente como a estrela cintilante
Mais ardente que o Sol entre o amarelo e o carmim

Reza a lenda que os fantasmas da cidade
Não se encontrarão mais no cemitério
Eles assombrarão o bar de gelo com felicidade
Pois no frio artificial sempre mora o mistério

A Loira-Fantasma, o Pirata Zulmiro,
A Noiva do Belvedere e o Vampiro
Beberão e falarão pelos cotovelos
Nesta bar repleto de mil gelos!

Peço para que as pessoas cheias de calores
 Não mandem nudes para mim
Em vez disto, elas que vão refrescar suas dores
No bar de gelo tão raro quanto o marfim.
Luciana do Rocio Mallon









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