Ser Chamado
de Margarida Não é Ofensivo
Uma idosa ao
ver a funcionária que não aparecia há horas, cantou:
- Apareceu a
Margarida...
- Olé, olê,
olá...
Então ela
reclamou:
- Não sou
margarida!
- Sou ser
humano!
Logo me
intrometi:
- Calma!
- Ser
chamada de margarida não é algo ofensivo!
- Afinal, nos
causos e nas tradições, esta flor é considerada o símbolo de inocência e
pureza. Pois ela é considerada mais meiga do que a rosa porque esta última é
considerada bonita, mas traiçoeira por causa dos espinhos. Mas, existe uma
lenda afirmando que a margarida é a filha de um girassol com uma rosa
deficiente, pois não tinha espinhos. A margarida também tem fama de vidente
amorosa, por isto existe a brincadeira chamada “Bem-Me-Quer e Mal-Me-Quer” onde
as donzelas arrancam pétala por pétala da margarida para adivinhar se o amor
platônico tem chances de dar certo. Já, a música chamada Apareceu a Margarida
veio da Idade Média, e, também tem a origem numa estória. Dizem que, naquela
época, existia uma cigana chamada Margarida especialista em trabalhos de amor.
Então ela foi convidada para trabalhar num castelo. Porém, uma mística que
morava no local, ficou com inveja da moça e transformou a pobre numa flor que
nunca morria. Deste jeito, as donzelas passaram a fazer a brincadeira do “Bem-Me-Quer”
e “Mal-Me-Quer” com ela para saber dos seus futuros amados. O curioso é que as
pétalas desta margarida sempre renasciam depois. Diz o mito que sempre no
primeiro dia de primavera, esta flor transformava-se, novamente, em humana e
por isto surgiu esta música:
“ Apareceu a
Margarida, olé, olê, olá...”
Portanto,
ser chamada de margarida não é algo ofensivo.
Luciana do
Rocio Mallon
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