Lajetel da
Praça João Cândido
Na Praça João
Cândido, atrás da escadaria
Existe um
espaço para qualquer amor proibido
Onde as
lágrimas transformam-se em Poesia
Com a ajuda
da fada suave e do esperto cupido
Existe um
lajetel onde ninguém sai arrependido!
No lajetel
da Praça João Cândido
Dá para
ouvir um lindo cântico
Vindo da
meiga voz de um querubim
Que abençoa
uma paixão sem fim!
A noiva do
belvedere admira o lajetel
Debruçada,
toda de branco, na janela
Ela sabe que
um amor secreto é cruel
No coração
puro de uma donzela!
Mas quando o
namoro é proibido pela família
O lajetel
vira uma nuvem de estrelas cintilantes
Onde a
lua-de-mel tem sabor de baunilha
No peito
aflito e sincero dos amantes!
Os fantasmas
dos guardiões das ruínas
Sabem que os
casais constroem um castelo
Quando as
namoradas são bailarinas
Um amor
proibido fica mais belo
Pois elas
dançam conforme a melodia
Por isto
encontram seus amados no lajetel
Depois do
abraço atrás da escadaria
Elas sentem
o beijo com sabor de mel!
Na Praça João
Cândido, atrás da escadaria
Existe um
espaço para qualquer amor proibido
Onde as
lágrimas transformam-se em Poesia
Com a ajuda
da fada suave e do esperto cupido
Existe um
lajetel onde ninguém sai arrependido.
Luciana do
Rocio Mallon
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