O Microfone
Transformou-se Em Flor
Ela pegou um
microfone cinza
Para
declamar uma poesia
À plateia
triste e ranzinza
Que
precisava de alegria
Então as
palavras cheias de ternura
Viraram
estrelas cintilantes
Que tiraram
a dura amargura
Dos ouvintes
implicantes
As suas
salivas viraram garoas
Que
irrigaram o microfone seco
Trazendo
frases suaves e boas
Enquanto a
rainha bebia “prosseco”
Então o
microfone virou uma rosa
Por causa
das palavras da princesa
Que deixou a
atmosfera preciosa
Com o seu
toque de delicadeza!
O cabo do
microfone virou uma raiz
Para a rosa
sugar o seu alimento
A
declamadora com alma de flor-de-lis
Irrigou a
flor com todo o sentimento!
O microfone
virou rosa carmim
Por causa
dos poemas da donzela
E o seu
perfume de alvo jasmim
Que deixaram
a tarde mais bela.
Luciana do
Rocio Mallon
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