sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Lenda da Cigana Que Se Apaixonou Por um Escravo

Lenda da Cigana que Se Apaixonou Por um Escravo
Na época do Brasil-Colônia existia, na Espanha, uma cigana chamada Caridad , que era amiga de vários comerciantes ricos daquele país. Um dia, esta moça e sua caravana resolveram pegar um navio em direção ao Brasil. Ao chegarem neste país, os ciganos armaram acampamento numa vila. Naquela época existia a escravidão no Brasil, onde o falso moralismo se propagava. Pois era proibido o homossexualismo, com a pena de morte através da forca. Porém escravos eram comprados pelos proprietários de bordéis para práticas de sodomia às escondidas.
Naquela vila existia Márcia, que era a dona de um lupanar de caráter muito ruim. Uma manhã, ela foi ao mercado de vendas dos escravos e comprou um moço jovem, chamado Zaki para a prostituição. Então, ela pediu para que seus seguranças acorrentasse o escravo no porão do bordel, onde ele era obrigado a fazer programas.
Numa tarde a cigana Caridad resolveu vender utensílios domésticos, fabricados por ela mesma, porta a porta. Assim, sem saber, ela aproximou-se da casa da luz vermelha. De repente, notou que a porta estava aberta e penetrou no recinto. Como um raio, ela caiu no alçapão e avistou um moço afrodescendente amarrado em correntes. Assim a jovem perguntou:
- Quem é você?
- Por que está preso deste jeito?
O moço respondeu:
- Meu nome é Zaki, sou um escravo e isto é um bordel. Por isto sou maltratado e obrigado a fazer trabalhos de que não gosto.
A donzela explicou:
- Darei um jeito de sair daqui para salva-lo.
A cigana escapou do local. Depois entrou em contato com comerciantes da Espanha através de cartas. Por isto arrumou passagem e empregos decentes para todas as meretrizes que trabalhavam no lupanar neste outro país. Depois de retirar todas as mulheres da casa da luz vermelha, Caridad fez com que os ciganos invadissem o estabelecimento e libertassem Zaki.
Após todos estes acontecimentos, a cigana e o ex-escravo se apaixonaram e  fugiram para outro país.
Luciana do Rocio Mallon




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