Não Me Assusto Quando Falam Palavrão Para Mim, Mas Tenho Medo Quando o Palavrão Me Chama
Não me assusto quando falam palavrão para mim
Porque o mundo está cheio de gente ruim
Mas tenho medo quando o palavrão me chama
Pois ele é mentiroso e sempre me difama
Na primavera, eu estava no jardim
Numa noite de misteriosa Lua
Mas escutei um som assim:
“- Ei, menina, sua...”
Somente depois eu vi
Que era o bem-te-vi
Junto com o quero-quero
Que estavam levando um lero
Numa madrugada ao relento
Eu passava na rua escura
Com o coração cheio de tormento
E a alma repleta de amargura
De repente, escutei um lamento:
“ – Garota vai tomar...”
Olhei para trás e era apenas o vento
Se despedindo do luar
Com o uivo do momento
Não me assusto quando falam palavrão para mim
Porque o mundo está cheio de gente ruim
Mas tenho medo quando o palavrão me chama
Pois ele é mentiroso e sempre me difama.
Luciana do Rocio Mallon
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