segunda-feira, 11 de maio de 2020

Como Dou Aula de Educação Financeira Para Crianças

Falando de Educação Financeira Para Crianças

Meu nome é Luciana do Rocio Mallon e dou aula de Educação Financeira Para Crianças.

Primeiro crio uma cidade imaginária com as crianças com um dinheiro também imaginário, que elas podem fazer com papelão.
Depois cada uma recebe um salário e vai às compras. Nestas horas aproveito para ensinar Matemática com técnicas de teatro.
No final, em conjunto, vemos quem mais economizou e porquê.
Daí partimos para a realidade. Perguntando quem recebe mesada e o que faz com ela.
Abaixo, perguntas sobre Educação Financeira para crianças que mais me fazem:

1. Nome, formação, ocupação: Luciana do Rocio Mallon. Formação: Magistério pelo Colégio São José e Letras pela UFPR. Professora de: Redação, Literatura, Contação de História, Dança e Educação Financeira. Autora do livro Lendas Curitibanas
2. Dar mesada para os filhos é uma boa maneira de ensinar sobre finanças pessoais? Fale sobre isso.
Sim. Pois ajuda a criança a ter um contato real com o dinheiro desde cedo. Pois ela aprende a gastar e a dar prioridades nos gastos. Afinal se gastar demais, a mesada acaba antes do mês.
3. A partir de qual idade a criança passa a ter noção do valor do dinheiro? A partir dos cinco anos, no jardim-de-infância, esta questão já deve ser trabalhada. Já dei aulas para esta idade, onde montei uma pequena cidade com os alunos. Lá eles gastavam e também poupavam um dinheiro imaginário.
4. Como os pais devem dar a mesada: semanalmente ou mensalmente? Pq? Depende das condições financeiras de cada família. No jardim da infância primeiro se deve dar a “semanada” que é por semana. Então, os pais e professores devem ensinar quantas semanas e quantos meses há no ano, para a criança conseguir relacionar o mês com certa quantidade de dinheiro.
5. Essa mesada deve incluir o valor destinado a que? Lembrando que estamos falando de crianças, não adolescentes. O valor deve ser destinado ás pequenas coisas como: lanches na cantina da escola, compra de brinquedos, ingressos de cinema e teatro.
6. Se tivesse que pontuar 5 dicas para os pais “formularem” o valor da mesada, quais seriam? A mesada tem que combinar com as condições financeiras dos pais, os responsáveis precisam saber com o que os filhos querem gastar o dinheiro da mesada, a mesada deve estar ligada com bom comportamento para a criança relacionar o eterno efeito de empatia X recompensa; os pais devem alertar que a mesada nunca deve ser utilizada para humilhar o colega mais humilde, os responsáveis precisam aconselhar que as coisas não devem ser compradas na compulsão e o valor da mesada tem que combinar com a realidade da criança.
7. Uma criança que tem mesada será um adulto mais responsável com dinheiro do que uma criança que não lida com gastos qdo pequeno? Isto é relativo. Porém, a mesada na infância ajuda a pessoa a ser um adulto com mais disciplina e com uma relação mais saudável com o dinheiro.
8. Uma vez que os pais optem pela mesada e o filho peça um pouco mais pq acabou antes, os pais devem ceder? Fale sobre isso. Não. Pois o objetivo da mesada na infância é fazer com que a pessoa discipline os gastos. Ela precisa aprender que não deve gastar mais do que tem.
9. O famoso cofrinho ajuda os pequenos a terem noção de dinheiro? Fale sobre isso. Na verdade, eu tenho trauma de cofres de infância. Pois, eu era criança nos anos 80 e sempre colocava moedas no cofrinho. Mas como, naquela época, o dinheiro se desvalorizava, eu ia ao banco, no final do ano, e mais da metade das moedas não valia mais nada. Porém, agora, estamos com mais estabilidade na Economia, fato que torna o cofre algo válido e estimula a criança a poupar. Por isto há os cofrinhos, decorados com frases como: “Poupando Para Nossa Viagem”, “Poupando para o Cinema”, “Poupando Para o Teatro”, etc.
10. E estabelecer metas para, mesmo com mesada, a criança guardar um pouco todo mês? O que acha? Sim, isto é excelente porque ajuda os pequenos nos planejamentos para o futuro.
11. Mais alguma informação que queira add? As crianças, a partir dos seis anos de idade precisam ser apresentadas, aos poucos, aos termos financeiros como: caderneta de poupança, boleto de pagamento, carnê, etc. Os professores também devem aproveitar a relação das crianças com o comércio para relacionar com os problemas de Matemática, sempre dando exemplos reais de lucro e prejuízo.

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