segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Na Chuva, Com o Cavalo, Ela Encontrou um Homem Adormecido


Na Chuva, Com o Cavalo, Ela Encontrou um Homem Adormecido
Ela saiu para passear com seu cavalo branco
Como fazia em toda a tarde de primavera
Com seu peito leve, aberto e franco
Para qualquer aventura na espera

De repente, começou a tempestade
Anunciando um místico problema
Porém naquela misteriosa calamidade
Bem no meio da plantação de alfazema

Esta virgem real encontrou um homem caído
Que reacordou com o beijo de sua boca carmim
Assim dos dois foram flechados pelo cupido
Na promessa de uma paixão sem fim
Por isto o homem enfraquecido

Viajou na garupa agarrado na donzela
Enquanto a chuva molhava sua camisola bela
Que se tornava, pouco a pouco, transparente
Provocando no moço um desejo ardente

Por isto ele abraçou a dama de um jeito fremente
A cada cavalgar surgia um toque diferente e reluzente
Assim quando a chuva parou de um jeito torto
O moço transformou-se num ser parecido com potro

Ele virou um unicórnio com asas macias
Assim ele realizou as mais loucas fantasias
Voando com a donzela para o paraíso
Na força de um orgasmo sem juízo.
Luciana do Rocio Mallon







Um comentário:

  1. Parabéns, belo conto, onírico, e com discreto e caloroso erotismo!
    Beleza!!

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