quinta-feira, 30 de março de 2023

Complexo B

 

Complexo B

 

Eu estava triste e depressiva

Fazendo o maior fuzuê

A doutora nada permissiva

Receitou Complexo B

 

Logo achei isso meio sem nexo

Porque já sou cheia de complexo

Somente para você ver:

Pensava que complexo B

 

Era bonito, barato e bom

Sem sair do original tom

Mas como sou só uma menina

Tomei logo essa vitamina

 

Agora tenho alegria

Complexo B todo dia

Tudo para mim, agora, é Poesia

 

Não postei mais reclamações nas redes sociais

Com Complexo B, meus dias não são iguais

 

Se a minha vida está ruim

Então, logo faço anedota

Tirei meus raivosos óculos carmim

Mesmo pobre, me sinto dondoca.

Luciana do Rocio Mallon

#Poesia #poema #lucianadorociomallon



 

 

quarta-feira, 29 de março de 2023

A Flor de Cada Signo

 


A Flor de Cada Signo(Por Luciana do Rocio Mallon)

 

As flores ajudam o ser humano em sua espiritualidade. Assim botânicos esotéricos e místicos descobriram que existe uma flor diferente para cada signo do zodíaco.

 

1 –Áries: Tulipas

Essas flores representam seriedade, firmeza e rigidez sem perder a serenidade. Elas possuem o poder de deixar os arianos serenos e calmos durante as dificuldades.

A forma eficaz de usar é em vasos no local de trabalho.

2 – Touro: Lírio-da-Paz

Esse signo é teimoso e atrai traidores. Para evitar problemas, precisa ter um lírio-da-paz no ambiente de trabalho. Pois essa flor afasta maus espíritos.

3 – Gêmeos: Lavanda

Essa flor se socializa com várias plantas e ajuda a pessoa do signo de gêmeos a trabalhar com seus problemas de dupla personalidade. Ela deve ser colocada na cabeceira da cama para evitar pesadelos constantes nesse tipo de signo.

4 – Câncer: Rosas Brancas

As rosas brancas ajudam o canceriano a se libertar dos traumas passados e a controlar a auto piedade. Precisa ser cultivada no jardim ou em algum canteiro da casa e do trabalho do canceriano.

5 – Leão: Girassol

Os leoninos são extrovertidos, alegres e desprendidos até demais. Muitas vezes a falta de comprometimento causa problemas às pessoas do signo de leão principalmente no trabalho e nos relacionamentos. O humano desse signo se identifica com o girassol. Em compensação, essa planta ajuda o leonino a firmar seus pés no chão sem perder o brilho do Sol.

6 – Virgem: crisântemos

O virginiano é desconfiado e às vezes ríspido quando não vai com a cara de alguma pessoa, características que atraem confusão. Ter crisântemos por perto ajudam a pessoa do signo de virgem a não perder a cabeça, além de purificar o lugar contra energias negativas. Vasos são lugares ideias para os crisântemos. Mas regue somente duas a três vezes por semana.

7 – Libra: Rosas Vermelhas

Os librianos são regidos por Vênus, a deusa do amor que tem como símbolos rosas vermelhas. Uma pessoa de libra se dá bem quando oferece essas flores a alguém. Por isso é recomendável ter rosas vermelhas no jardim da casa ou no canteiro do ambiente de trabalho.

8 – Escorpião: Gerânios

Pessoas desse signo são observadoras e se sentem mal quando os detalhes escapam de suas mãos. Os gerânios ajudam os escorpianos a prestarem atenção sem stress. Por isso eles são importantes no ambiente de trabalho.

9 – Sagitário: Cravos

Os sagitarianos são detalhistas e amam aprender conhecimentos novos. Porém possuem dificuldades em manter o foco e em prestar a atenção, pois se distraem facilmente. Ter cravos por perto ajuda os sagitarianos a se concentrarem.

10 – Capricórnio: Amor-Perfeito

Os capricornianos são sofisticados e curtem luxos. Porém costumam ajudar a todos ao seu redor até quem não merece. O amor-perfeito ajuda o capricorniano em seus critérios e por isso é ideal ter essa flor em floreiras.

11- Aquário: Orquídeas

Pessoas de aquário têm gostos diferenciados e costumam se destacar em tudo. Por isso atraem invejosos e sabotadores em todos os cantos. As orquídeas ajudam esse signo a afastar os invejosos. Por isso é bom ter uma orquídea em seu local de trabalho.

12- Peixes: Nenúfares

Piscianos sonham alto demais e muitas vezes saem da realidade, fatos que podem causar muitos problemas. Essas flores ajudam as pessoas do signo de peixes a fincarem seus pés no chãos sem perder a ternura.

Luciana do Rocio Mallon

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 28 de março de 2023

Dicionário de Curitibanês: Pastel de Capivara

 

Dicionário de Curitibanês: Pastel de Capivara

Nesse ano de 2023, uma amiga de São Paulo que visitou Curitiba, exclamou:

- Vi o anúncio de um pastel diferente!

- Nossa, os curitibanos comem pastel de capivara!

Assim, respondi:

- Na verdade, nesse pastel não vai carne de capivara, ele  tem esse nome por ser do formato desse bichinho. Isso é parecido com o nome do prato, carne de onça, onde não vai carne desse animal.

Reza a lenda que no segundo semestre de 2021, a cozinheira, Mity Yamashiro, queria aumentar o consumo em seu trailer, de comida, que tinha diminuído devido à pandemia.

Então ela foi para a cozinha e se lembrou de que gostava muito de brincar de massinha quando era criança. Assim com uma massa de pastel, de receita vinda do Japão, ela passou a criar pastéis em forma de bichinhos.

Todos ficaram maravilhosos. Porém o pastel que fez mais sucesso foi o de formato de capivara por ser um dos símbolos da cidade de Curitiba.

Assim surgiu o pastel de capivara.

Dessa maneira, minha colega provou desse prato e exclamou:

- Todo o turista que visita Curitiba precisa experimentar o pastel de capivara!

Luciana do Rocio Mallon

#pasteldecapivara

#lendascuritibanas



segunda-feira, 27 de março de 2023

Entrevista Com Artista Mirim Khadija

Entrevista Com Artista Mirim Khadija

 

 1 – Você ainda é muito jovem, então diga com quantos anos percebeu que gostaria de ser artista? Com 6 anos, depois que comecei assistir seriados com meus pais.

 2 – Além de atriz, você também pratica outros tipos de Arte? Quais? Já fiz Balé e Futebol, mas me identifiquei com Judô que pratico até hoje e ganhei o primeiro lugar no ano passado no campeonato paranaense com meu professor de judô Ricardo.

 3 – Quais os cursos, da área artística, você já fez? Faço o curso de Teatro no Gabriela Valentina e cursos com o Diretor Leandro Resende que dirigiu o filme Caminhos e me convidou para ser protagonista.

 4 – Quais peças de Teatro e filmes já estreou? Participei da peça Chapeuzinho vermelho e do filmes: “A Busca” , “Caminhos” e o último que será lançado em novembro, "Um milagre no Natal", também do diretor Leandro Resende.

5 – Quais são os artistas que você admira? JENNA Ortega que interpretou Wandinha, Sadie Sink e Millor Bobby Brown que interpretaram a Max e Eleven de Stringers Things. Também gosto da Giovanna Grigio que interpretou a Mili em Chiquititas.

 6 – Na família há outras pessoas que são da área artística? Não, meus pais são da área da Saúde.

 7 – Como consegue conciliar a escola com a carreira artística? Normalmente gravo aos finais de semana e as aulas de Teatro são aos sábados.

8 – Quais são seus maiores incentivadores? Meus pais, Eric e Kátia , minha avó, Lúcia e meus amigos.

9 – Você venceu um concurso de beleza da rádio, Amor e Vida, qual foi a sensação? Chorei de emoção e alegria, pois não esperava que fosse ganhar.

10 – Deixe um recado para as crianças que sonham com carreira artística. Corra atrás dos seus sonhos e nunca desista, mesmo que te critiquem, você vai conseguir.

Khadija será uma das entrevistadas do programa, Cultura Com Luciana do Rocio, dessa quinta, à noite, pela página do Facebook da rádio web, Amor e Vida:

https://web.facebook.com/amorevidaradio

Perguntas elaboradas por: Luciana do Rocio Mallon

 


 

 

Resenha do Filme Caminhos do Diretor Leandro Resende

 

Resenha do Filme Caminhos do Diretor Leandro Resende

 

Caminhos é um filme sensível e poético dirigido pelo diretor Leandro Resende. O seu elenco é composto por alunos de uma oficina de dramatização que esse diretor ministrou no Centro Cultural Gabriela Valentina, em 2022, em Curitiba.

No elenco estão: Khadija no papel principal; Kátia Cassiri; Raquel Lucena; Marildinha Milani; Mari Cruz; Claudio Cruz, Eric Shinaider entre outros artistas talentosos.

A película relata a história da menina Nina que foge de casa após brigar com o pai, um refugiado venezuelano. O principal motivo da briga foi que a garota ganhou um celular da tia que não se dava bem com o irmão. Aliás a menina conversava o tempo inteiro, ao celular, com essa moça e isso irritava muito seu pai.

Em sua fuga Nina conhece moradores de rua, um deles o deficiente visual, Carlos, que também fugiu de casa.

Ainda em sua fuga, a menina se depara com uma idosa com Alzheimer e com um casal de adultos onde um possuí ideias diferentes do outro.

O filme também relata o drama de um viúvo que está com a filha doente. Como esse homem se encontra, com poucos recursos financeiros, resolve entrar no mundo do crime e o chefe da quadrilha pede para que o rapaz sequestre uma criança para servir de mula numa espécie de contrabando.

Assim quando Nina está caminhando numa rua escura, é sequestrada pelo homem. Mas uma mulher grávida, que faz parte da quadrilha, resolve soltar a garota.

Então quando a pequena está comendo lixo de uma casa, ela é recolhida pela idosa dona da residência que confessa ter um filho desaparecido chamado Carlos. Desse jeito, Nina avisa saber onde está o rapaz e leva a anciã até o grupo de moradores de rua. Assim ela encontra seu filho. Naquele mesmo instante uma vizinha que está passando reconhece a criança e leva a pobre de volta a sua família. No final todos fazem as pazes e o viúvo consegue dinheiro, para salvar sua filha sem entrar no caminho da marginalidade.

Caminhos é uma história que mostra a realidade de muitas minorias como: imigrantes venezuelanos, idosos com Alzheimer, moradores de rua, pessoas portadoras de necessidades especiais, doentes de Câncer, etc.

Nina faz um caminho para fugir de casa, mas esse caminho se transforma em vários caminhos que mostra as realidades das minorias citadas acima.

Um detalhe interessante é que os pais da atriz que faz a Nina, Rhadija, também atuam no filme. Eles são Kátia Cassiri e Eric Shinaider. Isso comprova que família que atua unida, continua unida.

Recomendo que todos assistam ao filme e façam cursos com o diretor Leandro Resende.

Luciana do Rocio Mallon

#caminhos #leandroresende 



 

 

domingo, 26 de março de 2023

Lenda do Sujismundo

 

Lenda do Sujismundo

 

Na minha primeira infância, no final dos anos 70, além de ter medo do Homem do Saco, eu possuía calafrios quando ouvia falar no Sujismundo. Pois a figura dele era de um executivo engravatado, porém sujo e era exatamente esse detalhe que me causava calafrios.

Aliás, as propagandas com o desenho dele passavam nos intervalos dos programas infantis com o objetivo de incentivar a higiene da população.

Então as perguntas que não saíam da minha cabeça eram:

- O Sujismundo é parente do Homem do Saco?

- Por que ele é sujo, se usa terno e gravata?

- Se essa criatura me pegar, meu destino será fazer lições de Matemática num escritório escuro?

- O crime do colarinho branco tem a ver com o Sujismundo?

Sim, eu achava que o tal colarinho branco possuía ligação com o Sujismundo. Pois a roupa podia até ser suja, mas o colarinho dele estava sempre branco.

Na mesma época, durante uma aula na escola, a professora leu o poema de Drummnond:

“ Se eu me chamasse Raimundo

Seria uma rima e não uma solução.”

Assim, no mesmo instante, fiz uma paródia em voz alta:

“ – Se eu me chamasse Sujismundo

Teria papel e casca de lápis jogados pelo chão.”

Dessa maneira fui levada para a sala da coordenação, já que se tratava de uma escola católica e rígida.

E você, também se lembra do Sujismundo?

Por favor, deixe sua opinião na parte de comentários.

Luciana do Rocio Mallon

#sujismundo

#lucianadorociomallon

#lendasurbanas 



sábado, 25 de março de 2023

Dicionário de Curitibanês: Porquinho do Banestado

 

Dicionário de Curitibanês: Porquinho do Banestado

Agora, em pleno 2023, eu estava passando perto de um parquinho infantil e de repente escutei a vó falando para a neta:

- Olhe uma moeda caída no chão, pegue para guardar no porquinho do Banestado!

De repente, um senhor, de uns cinquenta anos passou perto e exclamou:

- Não existe mais Banestado!

Em Curitiba, o problema é que muitos idosos usam a expressão “porquinho do Banestado” para qualquer tipo de cofre.

Na verdade, de 1928 a 2000, existiu um banco chamado Banestado.

No anos 70, ele passou a distribuir cofrinhos de plásticos coloridos em formato de porquinhos em pé.

Eu me lembro que quando estava na primeira infância, sempre no começo do ano, gostava de pegar esses porquinhos e colocar moedas. Porém no final, do mesmo ano, quando ia ao banco, as moedas estavam desvalorizadas por causa da inflação e não conseguia lucrar. Então, o melhor era brincar com esses porcos e transformar os cofrinhos em personagens. Nas minhas brincadeiras, a Barbie sempre roubava o cofrinho do Ken ou do Bob e o boneco do Falcon muitas vezes afanava o porquinho da boneca com rosto de idosa. Porém essas são outras histórias...

Bem, curiosas mesmo eram as simpatias que envolviam esses porquinhos:

- Amarrar uma nota no pescoço do porquinho e transformar esse cofre, cheio de moedas, em peso de porta trazia dinheiro ao dono da casa.

- Colocar um porquinho rosa, cheio de moedas, de ponta-cabeça na gaveta de calcinhas trazia um marido rico.

Esse dias, eu navegava num grupo de colecionadores e vi o seguinte anúncio:

“ – Pago até 500 reais por um porquinho do Banestado, de metal, dos anos 80.”

Assim imaginei:

- Será que um dia eu tive um cofrinho desses de metal e joguei fora?

Luciana do Rocio Mallon

#Banestado #porquinho #cofrinho

 

 

 

 

 


 

 

quinta-feira, 23 de março de 2023

Dicionário de Curitibanês: Palha

 

Dicionário de Curitibanês: Palha

No Brasil palha significa haste seca que protege o milho.

Mas em Curitiba a palavra palha tem outros significados nas mais diversas expressões. Por exemplos:

- É palha: é ruim.

- Fogo de Palha: algo passageiro.

- Puxar uma palha: pegar no sono.

Segundo os professores Pedro Oliveira, do antigo Colégio Barddal e Regina Bostulim, da Feira do Poeta, palha tem um significado pejorativo, na capital do Paraná, porque na época em que Curitiba ainda se chamava, Vila Nossa Senhora da Luz, os fazendeiros debulhavam o milho numa máquina manual e usavam as palhas como rações para animais ou vendiam barato para os pobres realizarem artesanatos. Naquele tempo era comum alimentar bois com palha. Também havia a crendice que se uma pessoa dormisse em cima de um colchão de palha, a insônia acabava.

Luciana do Rocio Mallon

#palha #curitibanês #lucianadorociomallon

 

 


Cheiro do Sabonete Quando Encosta na Pele Suada Durante o Banho

Cheiro do Sabonete Quando Encosta na Pele Suada Durante o Banho

 

O cheiro de sabonete quando encosta na pele

Toda suada e zoada durante o banho

É encantador e ao mesmo tempo estranho

Pois pede para que o segredo se revele

Atrás do fio do pelo castanho

 

Quando o sabonete encosta na pessoa

Durante a cachoeira do chuveiro

Surge no ar uma colônia boa

Embriagando o espírito por inteiro

 

Quando a pele sente o sabonete em barra

Durante o banho dentro do box transparente

Toda a praga aos poucos se desamarra

Deixando no ar um aroma inocente

 

Esse cheiro é mistura de suor com fragrância

Onde a água demonstra toda a sua elegância

Ao criar um aroma repleto de magia

Que é o real perfume da Poesia

 

Ele é mais do que cheiro

Vai além do aroma

Dando asas ao perfume

Que de um jeito brejeiro

Deixa o narcisista em coma

Inalando o próprio ciúme.

Luciana do Rocio Mallon

#Poesia #poema #Literatura #lucianadorociomallon

 


 

Dicionário de Curitibanês: Lixo Que Não é Lixo e Família Folhas

 

Dicionário de Curitibanês: Lixo Que Não é Lixo e Família Folhas

“Lixo que Não é Lixo” significa uma expressão usada pelos curitibanos para designar lixo reciclável, normalmente composto por: papel, metal e vidro.

Esse termo surgiu numa campanha da prefeitura, na gestão de Jaime Lerner no final dos anos 80 e começo dos anos 90, para estimular a separação de material reciclável.

No começo dos anos 80, quando eu era criança brincava com as folhas que caíam no quintal e transformava as pobres em personagens nas minhas brincadeiras.

Porém, por coincidência, no final dos anos 80, a prefeitura criou a Família Folhas para auxiliar nessa mesma campanha do “Lixo Que Não é Lixo”. A família era composta por pai, mãe e filhos. Até bonecos gigantes com seus membros foram criados.

As músicas famosas para essa campanha de separação de lixo reciclável foram:

“Lixo que não é lixo, não vai para o lixo

Se-Pa-Re.”

Até uma paródia da canção famosa da cantora Sandra Sá foi feita:

“Não joga fora no lixo, coloque no lixo que não é lixo:

Vidro, papel e metal

Para ficar legal

Metal, vidro e papel

Para a ecologia do céu.”

Na mesma época, eu tinha uma amiga que possuía um medo infundado da Família Folhas. Uma dia ela me disse:

- Tive pesadelo com a Família Folhas e sonhei que seus membros me obrigavam a comer salada. Aquelas fantasias que eles usam parecem uma mistura de ETs, com carrascos e Jason da Sexta-Feira Treze.

Então respondi:

- A Família Folha é constituída por personagens do bem porque estimulam o aproveitamento de lixo reciclável. Aliás, você deveria comer verduras, pois fazem bem à saúde. Além disso, as fantasias são criativas.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon #lixoquenaoelixo #curitibanês

 

 

 

 

 


 

 

segunda-feira, 20 de março de 2023

Lenda do Chalé ao Lado da Escola Hildebrando

 

Lenda do Chalé ao Lado da Escola Hildebrando

 

Essa lenda foi contada pela donas: Cidinha e Zélia. Assim elas me autorizaram a postar na Internet. Aliás foram elas que deram os depoimentos desse causo.

Nos anos 70, a menina Cidinha estudava na Escola Hildebrando de Araújo, no bairro Jardim Botânico, em Curitiba.  Ela era boa aluna, o problema é que tinha dificuldades em Matemática.

Um dia, depois da escola, ela foi até o ponto de ônibus que ficava em frente a um lindo chalé colonial, localizado também em frente ao portão de saída do colégio. Então começou a chorar e exclamou:

- Preciso de um milagre para passar em Matemática!

De repente, ela escutou a voz de uma idosa que vinha do portão do chalé:

- Tenho a solução, pois já fui professora!

A menina olhou para trás e viu uma senhora que disse:

- Vamos ao porão secreto do chalé que ensinarei tudo de Matemática!

Cida obedeceu à anciã e no porão havia uma pequena sala de aula com lousa, giz e cadeiras.

No meio da aula a velha explicou:

- O segredo para saber se um problema é de mais ou de menos é esse:

Quando no enunciado tiver as palavras: ganhou, recebeu, lucrou, achou e encontrou, o problema é de adição. Porém quando no texto tiver as expressões: perdeu, esqueceu, deu, ofereceu, extraviou e foi roubado, o problema é de subtração.

Para não se perder na prova, o ideal é sublinhar todas as palavras citadas acima nos enunciados.

No final da aula, a anciã falou:

- Por favor, nunca fale sobre minha presença nesse chalé, pois se alguém souber, ele será demolido.

Depois disso Cidinha tirou dez em Matemática e essa lição se tornou inesquecível.

Nos anos 80, Zélia era garota esforçada que estudava na Escola Hildebrando Araújo. Numa tarde, ela sentou-se em cima do muro do chalé para fazer uma lição e gritou:

- Como Matemática é difícil!

De repente, da parte de dentro do muro, a mesma idosa disse:

- Entre no chalé e eu explicarei a lição para você.

A menina entrou e no dia seguinte tirou dez em Matemática.

O tempo passou e infelizmente esse chalé foi demolido em 2018.

Dessa maneira, dúvidas pairam no ar:

- Será que alguém contou o segredo da velhinha que ensinava Matemática?

- A idosa era uma pessoa viva ou um fantasma bondoso?

- Alguém sabe mais sobre esse chalé?

Luciana do Rocio Mallon

#lendascuritibanas #lendas #lucianadorociomallon #sobrenatural

Observação: a foto não é do chalé que ficava em frente à escola, pois é meramente ilustrativo.

 

 

 

 

 

 

 


 

sábado, 18 de março de 2023

Ser Virgem Aos 50 Anos

 

Ser Virgem aos 50 Anos

 

Permanecer virgem na meia-idade

É saber que o amor não tem preço

Porém possui um real e verdadeiro valor

A paz é amiga da solitude sem endereço

Pois o Sol nasce só em pleno esplendor

 

A adulta que guarda a virgindade

Não baixa cabeça para essa sociedade

Que obriga a mulher se submeter a qualquer companhia

Pois sabe que precisa investir em carreira e sabedoria

 

Ser virgem aos cinquenta é não aceitar qualquer relacionamento

Com a infundada desculpa que a paixão vem com o tempo

Porque casamento sem conexão pode virar um tormento

 

Aos cinquenta anos, continuar donzela

É saber que não há metade da laranja

Muito menos tampa de panela

Pois amor não é algo que se arranja...

 

É um sentimento que se conquista

Sem se expor na mais suja pista.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon #virgemaos50 #poema #Poesia #literatura



 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 16 de março de 2023

Dicionário de Curitibanês: Pierogue

 


Dicionário de Curitibanês: Pierogue

 

Pierogue ou pirogue é um pastel cozido do Leste Europeu. Ele foi trazido para Curitiba através dos imigrantes poloneses e faz o maior sucesso nas feiras, da Praça Osório, da capital do Paraná.

Reza a lenda que, no Leste Europeu, durante a Idade Média existia uma menina especial de cinco anos, que viva em uma cadeira de rodas de madeira e amava olhar a Lua.

Toda a noite, ela dizia a sua avó:

- Quero comer uma meia-lua porque quando isso acontecer, eu poderei andar e até voar!

Então, uma noite, a idosa ficou com tanta pena da neta que fez uma massa de pastel, deixou essa mesma comida em forma de meia-lua e recheou com batata. Quando a guloseima ficou pronta, a anciã levou até a menina, que admirava uma noite sem Lua. A garota ao provar o quitute falou:

- Swiety Jacek z pierogami!

Naquele mesmo instante a menina criou asas e voou. Porém sempre aparecia nas noites em que sua avó colocava uma porção de pirogues, na soleira, da janela aberta. Dessa maneira, ela sempre repetia a expressão:

- Swiety Jacek z pierogami!

Assim, a comida foi batizada de pierogami, que em Curitiba, passou a se chamar pierogue.

Reza a lenda que se você colocar um pierogue na janela, uma criança aparece com asas e realiza três desejos seus.

Luciana do Rocio Mallon

#pierogui #pierogue #lendascuritibanas #lucianadorociomallon

 

 

 

Os Dois “es” da Palavra Compreendo

 

Os Dois “es” da Palavra Compreendo

 

Os dois “es” da palavra compreendo

Andam de mãos dadas eternamente

Faça chuva ou vento ao relento

Eles se protegem no etéreo da mente

 

Esses dois “es” são bailarinas

No palco inusitado da vida

Que dançando com purpurina

Ajudam a curar qualquer ferida

 

Os dois “es” da palavra compreendo

São dois laços que viram sereias

No ritmo do oceano calmo e lento

Que transforma redes em cadeias

 

Esses dois “es” formam um abrigo

Para alguém que chora em sofrimento

Porque somente um verdadeiro amigo

Pratica o real significado da palavra compreendo.

Luciana do Rocio Mallon

#poesia #lucianadorociomallon #autoajuda  



 

 

quarta-feira, 15 de março de 2023

Dicionário de Curitibanês: Cozido

 

Dicionário de Curitibanês: Cozido

O curitibano costuma usar a gíria “cozido” para designar uma pessoa que bebeu demais.

Reza a lenda que, na Idade Média, se a pessoa estivesse condenada à fogueira, mas fosse de família rica, os familiares tinham o direito de embriagar o condenado de bebida alcóolica. Pois segundo a crendice, ele não morreria queimado e sim cozido por causa do efeito do álcool. Essa crendice, de alguma forma, foi passada de geração a geração pelos imigrantes europeus.

Luciana do Rocio Mallon

#dicionáriodecuritibanês

#lucianadorociomallon

#cozido



Dicionário de Curitibanês: Som no Lugar de Danceteria

 

Dicionário de Curitibanês: Som no Lugar de Danceteria

Muitas vezes é comum o curitibano usar a palavra som como sinônimo para estabelecimentos como: danceteria, discoteca ou balada.

Isso acontece porque durante a Segunda Guerra Mundial, escutar música alta ficou proibido em Curitiba. Mas o ato foi liberado apenas nos bailes de clube. Então os bailes eram os únicos eventos que poderiam emitir som alto.

Por isso, naquela época quando alguém queria ir a um baile, dizia:

- Vou ao som!

Assim, esse costume passou de geração em geração.

No final da guerra, as festas particulares, com som alto, foram liberadas na capital do Paraná.

Mas a palavra som no lugar de baile permaneceu, de uma certa forma, apesar de não ser tão comum hoje em dia.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon #som #lendascuritibanas

 


 

terça-feira, 14 de março de 2023

Assista ao Programa Cultura Com Luciana do Rocio

 

Nessa quinta, 16 de março, a partir das 9:30 da noite, tem o programa, Cultura Com Luciana do Rocio, pela página da rádio web Amor e Vida do Facebook:

Assuntos pedidos:

- Leitura de tarô ao vivo.

- Continuação das palavras que somente são usadas em Curitiba.

- Como evitar golpes virtuais.

- Como se tornar uma mulher realizada sem depender da validação de homem nenhum.

- Considerações sobre o dia nacional do poeta e da Poesia que foi dia 14 de março.

- Como dançar com asas de borboletas.

Link da rádio:

https://web.facebook.com/amorevidaradio  



 

segunda-feira, 13 de março de 2023

O Dia Em Que Não Recebi Nenhuma Flor no Culto das Rosas

 

O Dia Em Que Não Recebi Nenhuma Flor no Culto das Rosas

Nas redes sociais muita gente comenta um vídeo do programa, Namoro da TV / Em Nome do Amor, de 1986, onde nenhuma moça quis namorar um rapaz chamado, Osvaldo, que aparentava ser bonito e trabalhador.

Porém, me lembro que no mesmo programa, nos anos 90, tinha um quadro em que os homens escolhiam as mulheres para dançar. Na hora desse quadro, entre as moças, havia uma jovem bonita, mas que usava um vestido verde muito comprido comparado com as saias das outras participantes. Apesar dela ser bonita e trabalhar como secretária, nenhum rapaz tirou essa dama para dançar. É lógico que a jovem ficou chateada.

Aos 23 anos, eu nunca tinha namorado ninguém. Então uma amiga decidiu me levar a uma igreja protestante onde havia o tal do Culto do Amor. No final da cerimônia, os rapazes deveriam entregar rosas para as mulheres que acharam interessantes. Resultado: todas as moças do local receberam rosas menos eu. Sim, eu fiquei chateada e me senti igual à garota que foi rejeitada no programa do Sílvio Santos. Mas aquilo já era um aviso que esse tipo de amor não era para mim.

Hoje tenho quase 50 anos de idade e não me importo de morrer virgem. Pois tive maturidade o suficiente para tirar o amor da minha lista de sonhos.

Luciana do Rocio Mallon

#rejeição #cultodoamor #cultodasrosas #namoronatv #emnomedoamor 



Dicionário de Curitibanês: Jardineira

 

Dicionário de Curitibanês: Jardineira

O dicionário de Língua Portuguesa define jardineira como: recipiente para colocar plantas ou mulher que trabalha com jardinagem.

Mas em Curitiba e em algumas cidades do sudeste do Brasil, jardineira significa macacão feminino por causa de um velho causo.

Reza a lenda que quando Curitiba ainda se chamava, Vila Nossa Senhora da Luz, havia uma moça chamada, Ana, que trabalhava com jardinagem.

Um dia, ela percebeu que as saias compridas atrapalhavam seu trabalho. Assim, costurou um tipo de macacão com cavas baixas e alças finas. Desse jeito, ela passou a cuidar de jardins vestida com essa roupa.

Porém uma velha beata indignada com a vestimenta da profissional, perguntou:

- Por que você se veste dessa maneira escandalosa como um homem?

A jovem respondeu:

- Porque saias compridas atrapalham meus serviços com as plantas. Além disso, só uso essa peça exclusiva nos meus trabalhos com jardinagem.

Assim, a idosa gritou:

- Essa roupa deveria se chamar jardineira, então!

A partir desse momento, aquele tipo de macacão passou a se chamar jardineira e outras trabalhadoras, dessa área, passaram a encomendar esse modelo de roupa com Ana.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon #jardineira #lendascuritibanas 



 

 

 

Lenda do Pão da Água

 

Lenda do Pão da Água

A receita do pão da água foi trazida pelos imigrantes portugueses ainda na época do Brasil-Colônia.

Reza a lenda que na Idade Média moças, sem vocações religiosas, eram internadas nos conventos na marra.

Assim, uma das tarefas nessas instituições era a criação de pratos na culinária.

Arqueólogos e historiadores afirmam que eram comuns os romances proibidos entre freiras e padres.

Então muitas receitas culinárias, que conhecemos hoje, foram criadas em conventos e algumas tinham conotações sensuais.

Algumas comidas criadas, às escondidas, nas cozinhas dos conventos da época, tinham formatos eróticos como o pão cacetinho, que naquele tempo tinha o formato do órgão genital masculino mesmo e o pão da água, famoso pelo formato de bumbum. Porém, essas criações eram às escondidas da madre superiora.

Mas os sentidos proibidos das receitas não ficaram restritos apenas aos romances proibidos dos conventos.

Ainda segundo historiadores, esses pães funcionavam como códigos sensuais. Exemplos: as mulheres quando queriam relações íntimas comuns mandavam pães cacetinhos embrulhados aos amantes. Porém, quando queriam algo mais quente, por trás, enviavam o pão da água com o formato de bumbum.

Em Curitiba, o comércio do pão da água já existia desde a época em que o local se chamava Vila Nossa Senhora da Luz, pois a receita foi trazida pelos portugueses, mas já não tinha o sentido erótico.

Na capital do Paraná, era comum encontrar o pão da água em panificadoras de bairros até o ano de 2015. Depois o famoso pão bundinha foi sumindo aos poucos.

O pão da água foi retirado, junto com as padarias pequenas de bairros, pelas fórmulas prontas que a indústria da panificação começou a enfiar goela abaixo dos curitibanos.

Mas ainda é possível encontrar esse pão nas seguintes panificadoras de Curitiba: A Camponesa, Delícias do Batel, Brioche e Aquarius Curitiba.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon #paodaagua

 

 

 


 

domingo, 12 de março de 2023

Sobre Fãs da MC Pipokinha Que Debocharam da Colega Mais Velha

 

Hoje me perguntaram:

Tia Lu, o que você acha das fãs da MC Pipokinha que zoaram com uma colega, de faculdade, pelo fato dela ter 40 anos?

Minha resposta:

Já soube que fãs da MC Pipokinha, aquela que falou mal da profissão de professor e canta praticamente nua, debocharam de uma colega de faculdade por ela ter 40 anos.

O nome desse tipo de preconceito é Eratismo ou Gerontofobia, que é discriminação de pessoas mais velhas.

Mas o que esperar de fãs de MC Pipokinha?

É como diz o velho ditado:

“Diga qual artista você admira porque isso fala muito sobre sua personalidade.”

Preconceituosos já me falaram que eu não deveria dar aulas de Dança porque tenho quase 50 anos de idade.

Mas, eu faço o que eu quiser com a idade que tiver.

Além disso, conheço excelentes professoras de danças de 60 a 85 anos.

Aliás, mais um detalhe: não aparento minha idade cronológica porque: nunca fumei, nunca usei drogas, nunca bebi álcool, nunca transei corpo a corpo e nunca fiz demoninação facial.

Luciana do Rocio Mallon

 

 

 

Dicionário de Curitibanês – Carne de Onça

 

Dicionário de Curitibanês – Carne de Onça

 

O professor, Sérgio Vicentin, pediu para que eu comentasse sobre a tal falada “carne de onça”.

Agradeço a sugestão!

A Carne de Onça é um prato típico de Curitiba.

Mas não se assuste, pois nessa comida não vai a carne do felino.

A Carne de Onça típica pede os seguintes ingredientes: fatia de broa preta coberta com carne bovina moída (normalmente patinho), cebola branca cortada fininha, cebolinha verde picada, sal, pimenta-do-reino e ela é umedecida com bom azeite de oliva extra virgem com mostarda escura.

Reza a lenda que no final dos anos 30, existia um time de futebol denominado Britânia, onde o diretor de sobrenome, Schmidt, tinha um bar chamado, Toca do Tatu, no Centro de Curitiba.

Então para comemorar as vitórias do time, esse diretor separava carne moída crua e botava sobre fatias de broa. Dessa maneira, por cima da carne colocava cebola branca bem triturada e cebolinha verde bem picadinha. Após isso, só temperava com sal e azeite de oliva. Assim oferecia com chope para os jogadores do time. Aqui, o interessante é a aparência do sanduíche que era a de um campo de futebol. Pois a cebolinha verde, picada por cima, dava a aparência de um gramado de estádio e a intenção era essa mesmo para homenagear os atletas.

Dizem que um goleiro chamado, Duia, não era muito fã do prato e um dia falou:

- Poxa, Schmidt, você só serve essa carne aí, que nem onça come!

Então um garçom falou:

- Carne de Onça seria um excelente nome para esse prato!

No mesmo instante chegou a esposa de um dos jogadores, braba com a demora do marido para chegar em casa, que comentou:

- Deveria se chamar bafo de onça, isso sim!

- Pois deixa o meu marido com tanto mau hálito, que preciso dormir no sofá!

Desse jeito as expressões, Carne de Onça e Bafo de Onça, passaram a denominar esse prato inventado no bar, Toca do Tatu, com aparência de grama de futebol por cima.

Desde 2016 a Carne de Onça é Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba. Até existe o Festival de Carne de Onça, entre setembro e outubro, na Capital do Paraná.

Gostou do conto?

Você também pode mandar sugestões de causos através das minhas redes sociais.

Luciana do Rocio Mallon

#carnedeonça #curitibanês #lucianadorociomallon