quarta-feira, 29 de abril de 2015

Protesto dos Professores no Final de Abril

Protesto dos Professores no Final de Abril
                                                                                    
Em Curitiba, quando a democracia se partiu
Houve um protesto no final de abril
Professores protestaram com valentia
Mas, foram atacados com covardia!

Balas de efeito imoral
Com spray de pimenta
Causaram um tremendo mal
Que até hoje atormenta

Cachorros, cavalos e pombas
Além de outros animais
Misturaram-se com bombas
Junto com políticos canibais

O centro cívico viu a cor carmim
De quem dá o sangue para educar
As gotas dos mestres caíram sem fim
Junto com gritos de dor pelo ar

Na Praça Nossa Senhora da Salete
Até a santa orou com paciência
Para proteger os professores do canivete
E contra a reforma do Paraná Previdência

Mas,  infelizmente, nada adiantou contra esta loucura
O projeto foi votado com amargura
Enquanto os professores tem vida dura
Porque toda a injustiça é obscura
Porém, a luta não acaba numa noite escura!

Em Curitiba, quando a democracia se partiu
Houve um protesto no final de abril
Professores protestaram com valentia
Mas, foram atacados com covardia.

Luciana do Rocio Mallon








Lenda do Fan Veil, o Véu Leque

Lenda do Fan Veil, o Véu-Leque

O fan veil é um leque-véu
Que é leque e ao mesmo tempo lenço
Ele fabrica a brisa do céu
Com seu jeito leve e denso

Este fan veil que abana a tenda
Tem uma bonita e curiosa lenda:

Era uma vez, uma linda odalisca
No oásis de um deserto
Que passeava altiva e arisca
Pensando não ter ninguém por perto

Mas, uma cigana espanhola
Com saia rodada toda carmim
Que tocava uma castanhola
Percebeu outra presença, assim
E achou a visita desta odalisca ruim

A odalisca que estava com o lenço
Balançou seu corpo tenso e denso
A espanhola com seu jeito atrevido
Abanou seu leque colorido

O lenço apaixonou-se pelo leque
Com jeito aberto de moleque!
O leque sentiu carinho imenso
Por aquele colorido lenço

Então numa doce briga
O abanico encostou no véu
Assim os dois criaram uma liga
Capaz de retirar tudo o que é cruel

O lenço se juntou com o abanico
E os dois formaram uma só criatura:
Um leque com um rabo colorido
Que chamou-se fain veil com ternura

Agora o leque-véu enfeita a íris
Da sensual dançarina do ventre
Causando inveja no arco-íris
Iluminando a sua doce mente.
Luciana do Rocio Mallon






segunda-feira, 27 de abril de 2015

Novelas Ensinam de Forma Errada as Leis Trabalhistas

Já notaram que em novela acontece sempre a mesma cena?:
O patrão fica furioso e demite o empregado, sem justa causa, e pede ao pobre para ir à rua no mesmo dia.
Será que os escritores de novela NÃO conhecem as leis trabalhistas?
Será que nunca ouviram falar em aviso prévio?
Por que os autores de folhetins ensinam as leis, para o povo, de uma forma errada?
( Coisas que a Tia Lu NÃO entende )

Luciana do Rocio Mallon


Casa Hoffmman

Casa Hoffmman
                            
A Casa Hoffman é um palácio rosa
Que já foi comércio de tecidos
Lá existe uma dança formosa
Que cura as dores dos feridos

Nesta casa mora uma bailarina
Que viveu há gloriosos anos atrás
Seu tutu é feito de confete e purpurina
E seu “colant” é a mais pura paz

A Casa Hoffman é a alma da magia
Onde o suave balé abraça a leve poesia
Ela é o centro de estudos dos movimentos
Onde os passos possuem sentimentos

Nas suas fortes e grandes janelas
Debruçam-se donzelas belas e singelas
Seus bancos macios e coloridos
Contam segredos atrevidos

A Casa Hoffman é um palácio rosa
Que já foi comércio de tecidos
Lá existe uma dança formosa
Que cura as dores dos feridos.
Luciana do Rocio Mallon




domingo, 26 de abril de 2015

Paródia de Frozen Contra uma Mão-Leve no Ônibus

Paródia de Frozen Contra uma Mão-Leve no Ônibus :

Estes dias coloquei um pacotinho de balas no meu bolso de trás da calça. Mas, no ônibus, notei que uma mulher encostou de uma forma estranha nele. Logo, comecei a cantar a paródia de Fronzen:
Como vai esta mão leve?
Uma carteira vai bater?
Por favor, não faça este alvoroço
Eu não carrego dinheiro no bolso
Só um pacote de balas, você quer ver?

Eu não queria andar de coletivo
Mas, como sou pobre , preciso
Com o rico de ser assaltada
Pisoteada e esmagada!

Como vai esta mão leve?
Uma carteira vai bater?
Luciana Do Rocio Mallon​


sábado, 25 de abril de 2015

Conversando Sobre Sotaque Com um Amigo

Conversando Sobre Sotaque com um Amigo
                                                                             
O dicionário define sotaque como pronúncia peculiar a uma região. Porém, estes dias, percebi que a palavra sotaque vai muito além desta mera definição.
Uma semana atrás eu estava conversando “in box” com um amigo sobre isto e o papo saiu mais ou menos assim:
- Alguns internautas reclamaram do meu sotaque carregado, aqui de Curitiba, quando assistiram às entrevistas que dei sobre meu livro Lendas Curitibanas. Em 1986, quando fui morar em Brasília, logo na escola começaram a caçoar do meu jeito de falar estilo “leit E  quent E” . Então, pedi ajuda a uma amiga fonoaudióloga para perder o acento carregado da capital do Paraná. Mas, na metade de 1988, quando voltei para Curitiba, peguei todo o sotaque novamente. Agora, penso procurar a ajuda de uma fonoaudióloga novamente.
Porém, meu amigo comentou:
- Mas, sotaque faz parte da cultura de um lugar.
- Você quer perder a sua cultura?
No mesmo segundo refleti:
- Você tem razão. Pois, sotaque faz parte da cultura do local. Além disto, vejo que não fica bem uma escritora de Lendas Curitibanas sem o sotaque típico da capital do Paraná. Afinal, sotaque não é apenas a pronúncia peculiar de uma região, pois ele faz parte da tradição e da História de um povo.
Luciana do Rocio Mallon



-

Assédio Não é Elogio

Assédio Não é Elogio
                                    
Assédio não é elogio
Pois, fere qualquer brio
Elogio tem a mais doce poesia
Já, assédio é a mais pura baixaria!

Tem homem que para fugir do tédio
Passa uma cantada tortuosa
Que, no fundo, é o maior assédio
Numa estrada perigosa!

Assédio nunca foi sinônimo de elogio
Pois, ser humano não entra em cio
Assédio pode abrir uma ferida
Que, na alma, pode estar escondida.
Luciana do Rocio Mallon


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Bromélia Virtual

Bromélia Virtual
                       
Sou sua bromélia virtual
No jardim da rede social
Você me rega com suas lágrimas de diamantes
Que transformam lamentos em estrelas cintilantes
                                           
Você me cuida com magia
Deixando a simples tela
Não ficar tão dura e fria
Com uma postagem singela

Você diz que sou conservadora demais
Mas, é que tenho uma profunda raiz
Minhas pétalas trazem a suave paz
Porque com valores sou mais feliz

Sou uma tímida e puritana bromélia
Não sou como a desinibida camélia
Que divide o néctar com qualquer beija-flor
Porém, que não sente nenhum amor

Suas outras flores tem ciúmes de mim
Elas chegam até a me difamar
Até o jasmim me olha de um jeito ruim
Espalhando fofocas e intrigas pelo ar

Falam até que escondo o mosquito da dengue
Mas, eu não quero confusão e nem perrengue
Sou sua bromélia virtual
No jardim da rede social.
Luciana do Rocio Mallon





quarta-feira, 22 de abril de 2015

Por uma Conscientização da Independência Financeira Feminina no Século XXI

Por uma Conscientização da Independência Financeira Feminina no Século XXI

As mulheres sempre lutaram por independência financeira e pelo direito de estudar.
Mas se tem algo que me entristece é o fato de muitas jovens, do século vinte e um, não reconhecerem isto.
Vejo casos em que mesmo os pais e avós sendo carentes pagam faculdades caras para estas garotas e elas, simplesmente, abandonam a carreira por causa de namorados. Sim, elas trocam algo sólido, construído com muito sacrifício, por uma paixão que pode ser ilusória e efêmera.
Há casos de jovens que estavam bem empregadas na cidade grande, depois de muito esforço, porém que largaram tudo para morar junto com homens que foram transferidos para o interior, ou, que conheceram por Internet. Infelizmente, elas abandonaram as carreiras por causa de macho.
Será que estas mulheres não tem consciência que o papel da mulher na sociedade mudou com o passar dos anos?
Será que não se passa nas cabeças delas que, no século vinte e um, o ser feminino pode muito mais do que, simplesmente, casar e ter filhos?
Portanto, jovem: Não desista dos estudos e nem do seu emprego fixo por causa da paixão por um homem. Lembre-se de que uma boa carreira pode acariciar sua autoestima, mas um péssimo relacionamento pode acarretar em dores físicas e psicológicas.
Luciana do Rocio Mallon


terça-feira, 21 de abril de 2015

Paulo Leminski Soprando uma Boca-de-Leão

Paulo Leminski Soprando uma Boca –de-Leão

Leminski, o poeta curitibano da nova era
Num ensolarado dia de primavera
Pegou nas mãos, uma delicada flor
E soprou esta planta com amor!

Seu ar refrescou as pétalas
Com a suave brisa da Poesia
As folhas viraram pétalas
Com o sopro da harmonia!

A boca-de-leão despedaçou-se em borboleta
Pois foi soprada pela boca de um poeta
Assim cada parte voou de um jeito xereta
Nas formas das profecias de um profeta

Quem registrou este momento
Foi o fotógrafo Macaxeira
Num flash cheio de sentimento
Que durou a vida inteira

Uma faminta boca-de-leão na boca de um calmo escritor
Foi eternizada por Macaxeira, que não é mandioca
Num dia repleto de surpresa e esplendor
Onde o jardim inteiro saiu da óca.
Luciana do Rocio Mallon






segunda-feira, 20 de abril de 2015

James Alberti

James Alberti
                          
James Alberti é mais do que um jornalista
Ele é um corajoso e grande produtor
Que procura em cada passo, uma pista
Com devoção, competência e ardor!

James Alberti é melhor que James Bond
Porque ele consegue pegar o bonde
Mesmo estando em rápido movimento
Pois sua seriedade tem sentimento!

James estava investigando falcatruas
Perigosas, tristes, duras e cruas
De um governo cheio de desonestidade
Assim ele foi ameaçado de verdade

Isto foi um verdadeiro atentado
Contra a expressão de liberdade
O sonho não merece ser algemado
Por corruptos sem nenhuma caridade.
Luciana do Rocio Mallon


 #somostodosjames 

Diferenças Entre Amor Platônico e Paixão Virtual

Diferenças Entre Amor Platônico e Paixão Virtual

Tem gente que comete o horroroso mal
De confundir amor platônico com paixão virtual
O objeto do amor platônico você pode ver todo o dia
Na escola, ou, no trabalho mesmo com um toque de fantasia

Mas paixão virtual que recebe papéis de confete
Depende da conexão da sua Internet
Muitas vezes a pessoa está em outra cidade
Na ilusão e na promessa de trazer felicidade

Com a sua instável e esperançosa paixão virtual
Você pode postar que está num relacionamento sério
Em qualquer rede social
Sem nenhum tipo de mistério

Porém, com o mais puro amor platônico
Isto é, praticamente, difícil e impossível
Porque pode desencadear um conflito atômico
Quando o ser já é compromissado, que terrível!

Amor platônico e paixão virtual são, totalmente, diferentes
O problema é que ambos invadem os corações carentes.
Luciana do Rocio Mallon







domingo, 19 de abril de 2015

Verônica, Flor Trans

Verônica, Flor Trans

Verônica, você feriu uma idosa
Como o cravo que brigou com a rosa
Verônica, você é uma linda flor
Que deveria espalhar só amor!

Depois você arrancou a orelha
De um rígido e duro carcereiro
Deixando a cela toda vermelha
De um jeito sério e verdadeiro!

Você agiu como o apóstolo Pedro
Que arrancou a orelha do soldado
Deixando os anjos com medo
E toda a piedade de lado!

Depois você foi vítima de tortura
Você é flor, mas arrancaram a raiz
Dos seus cabelos com amargura
Entre um chute maldito e infeliz!

Se continuar o dente por dente
Não haverá pétala em flor
Quem espalhará a semente
Feita do mais divino amor?
Luciana do Rocio Mallon



sexta-feira, 17 de abril de 2015

Mãe, Meu Nome Não Está na Lata de Coca-Cola

Mãe, Meu Nome Não Está na Lata de Coca
                                                                                              
Ontem, eu estava no mercado, onde tudo estava indo bem, até que escutei um garoto chorando perto da seção de refrigerantes:
- Buá...
- Mãe, meu nome não está na lata de Coca-Cola!           
Logo pensei:
- Na minha época, as crianças se jogavam no chão quando os pais não podiam comprar algo caro no mercado. Mas, hoje em dia, fazem escândalo só porque o nome não está na latinha de uma bebida capitalista.
O pior é que o menino berrava cada vez mais alto. Assim, me aproximei e perguntei, fazendo-me de desentendida:
- Garoto, por que você está chorando?
A criança respondeu:
- Porque o meu nome não está escrito na lata de Coca-Cola.
- Até os nomes dos meus primos chatos existem neste refrigerante, menos o meu.
Logo expliquei:
- Você não deveria ligar para isto, pois Coca-Cola é um produto manipulado por esta sociedade capitalista e consumista. Até o Papai-Noel, que não existe, foi criado por esta marca de refrigerante.
Deste jeito o pequeno perguntou:
- O que é um produto manipulado pela sociedade capitalista?
Então respondi:
- É um produto de margem multinacional que usa poderes de mensagens subliminares para que o povo possa consumi-lo cada vez mais. Por exemplo: a Coca-Cola resolveu colocar nomes populares, de pessoas em suas latas, para dizer que nossa sociedade trata os seres humanos como rótulos e as criaturas que compram este produto aceitam isto.
- Criança, qual é o seu nome, mesmo?
O menino disse:
- Hilston.
- Chamo-me Hilston porque minha mãe gostava da cantora Whitney Hislton. Pois se ela tivesse uma menina ela se chamaria Whitney. Mas, se fosse menino seria Hilston. Então como nasci homem...
Desta maneira, comentei:
- Você deveria se orgulhar de ter um nome diferente e bonito. Isto é sinal de que você não é apenas mais uma palavra no rótulo de um refrigerante explorador das massas.
Após isto, a mãe pegou este garoto pela mão, foram ao caixa e começaram a cantar baixinho uma música da Whitney Hilston na rua.
Luciana do Rocio Mallon



Mãe, Meu Nome Não Está na Lata de Coca-Cola

Mãe, Meu Nome Não Está na Lata de Coca
                                                                                              
Ontem, eu estava no mercado, onde tudo estava indo bem, até que escutei um garoto chorando perto da seção de refrigerantes:
- Buá...
- Mãe, meu nome não está na lata de Coca-Cola!           
Logo pensei:
- Na minha época, as crianças se jogavam no chão quando os pais não podiam comprar algo caro no mercado. Mas, hoje em dia, fazem escândalo só porque o nome não está na latinha de uma bebida capitalista.
O pior é que o menino berrava cada vez mais alto. Assim, me aproximei e perguntei, fazendo-me de desentendida:
- Garoto, por que você está chorando?
A criança respondeu:
- Porque o meu nome não está escrito na lata de Coca-Cola.
- Até os nomes dos meus primos chatos existem neste refrigerante, menos o meu.
Logo expliquei:
- Você não deveria ligar para isto, pois Coca-Cola é um produto manipulado por esta sociedade capitalista e consumista. Até o Papai-Noel, que não existe, foi criado por esta marca de refrigerante.
Deste jeito o pequeno perguntou:
- O que é um produto manipulado pela sociedade capitalista?
Então respondi:
- É um produto de margem multinacional que usa poderes de mensagens subliminares para que o povo possa consumi-lo cada vez mais. Por exemplo: a Coca-Cola resolveu colocar nomes populares, de pessoas em suas latas, para dizer que nossa sociedade trata os seres humanos como rótulos e as criaturas que compram este produto aceitam isto.
- Criança, qual é o seu nome, mesmo?
O menino disse:
- Hilston.
- Chamo-me Hilston porque minha mãe gostava da cantora Whitney Hislton. Pois se ela tivesse uma menina ela se chamaria Whitney. Mas, se fosse menino seria Hilston. Então como nasci homem...
Desta maneira, comentei:
- Você deveria se orgulhar de ter um nome diferente e bonito. Isto é sinal de que você não é apenas mais uma palavra no rótulo de um refrigerante explorador das massas.
Após isto, a mãe pegou este garoto pela mão, foram ao caixa e começaram a cantar baixinho uma música da Whitney Hilston na rua.
Luciana do Rocio Mallon



segunda-feira, 13 de abril de 2015

O Galeão de Eduardo Galeano

O Galeão de Eduardo Galeano
                                            
Hoje, dia treze , Montevidéu
Ficou triste e cinzenta ao léu
No meio da chuva e do breu
Pois Eduardo Galeano faleceu

O galeão de Eduardo Galeano
Viajou pela América Latina
Nômade como um cigano
Seguindo a estrela fina
Da inteligência, sem engano!

Ele foi um bom escritor,
Historiador e jornalista
Que trabalhou com ardor
Com sua alma de ensaísta!

Memória do Fogo foi uma grande obra
Junto com Veias Abertas da América Latina
Galeano mostrou tudo o que falta e sobra
Na nossa América com alma de menina!

O Galeão de Eduardo Galeano
Tem velas feitas de pano
Que navegam no mar da sabedoria
Nas águas da História e da Poesia.
Luciana do Rocio Mallon






Antes de Comprar um Livro de Colorir Para Adultos, Veja Se Não é a Sua Vida Que Precisa de Mais Cor

Antes de Comprar um Livro de Colorir Para Adultos, Veja Se Não é a Sua Vida Que Precisa de Mais Cor

Um livro de colorir para adultos
Traz um pouco mais de harmonia
Aliviando o estresse e tumultos
Com uma pitada de magia!

Mas antes comprar um livro para colorir
Que é um excelente elixir
Veja se não é a sua própria vida,
Traumatizada por uma ferida,

Que precisa de um pouco mais de cor
Por causa da ausência de amor
A caridade em seu coração aflito
Pode ser bom um lápis colorido

Que de um jeito simples e franco
Ilumina sua vida em preto-e-branco
Abrir e clarear a sua mente
É a melhor caneta fosforescente!

Antes de comprar um livro para colorir
Dê mais cor a sua triste vida
Não deixe a esperança partir
Como a sambista na avenida.
Luciana do Rocio Mallon



sábado, 11 de abril de 2015

Sororidade

Sororidade
                        
Quando ouvimos falar em sororidade
Lembramos de irmãs com qualidade!
Sóror é mais do que uma simples irmã
É ser a brisa da ensolarada manhã

Que surge para refrescar a flor
Porque ela também é feminina
Por isto a brisa protege com amor
A alma de uma rosa ainda menina!

Ser sóror é usar o bem para combater o mal
Porque, na sororidade, não há rival
Uma mulher, da outra, é companheira       
De uma forma sincera e verdadeira!

Reza a lenda que a mulher surgiu da costela
Do primeiro homem de barro no paraíso
Mas desta dama nasceu outra donzela
Com um espírito doce num sorriso
Por isto, ajudar uma a outra é preciso!

Ser sóror é como a rainha Lua
Que ampara as estrelas brilhantes
Escondendo o poderoso Sol da rua
Deixando o brilho do farol
 Para as musas cintilantes!

A sensual mariposa e a leve borboleta
Ajudam-se voando em cruz
Apesar da antena xereta
E de rodopiarem na mesma luz!

Na sororidade, todas vão à luta
Porque não existe disputa
Apenas apoio contínuo e mútuo
Onde a paz não é só um vulto!

Sorores não admitem competição amorosa
Atrás de um macho que está só em cio
Porque sabem que esta atitude é perigosa
Pois deixam as moças chorando no frio
Da fossa fedorenta no meio do vazio

Acabando com toda a sororidade
E com a amizade de verdade!
Ser sóror é fazer de uma irmã
Um real e verdadeiro ímã.
Luciana do Rocio Mallon









quarta-feira, 8 de abril de 2015

Tudo é Longe Para Mim, Menos Você

Tudo é Longe Para Mim, Menos Você

Agora tudo parece distante
Até o Sol está longe demais
Como uma estrela cintilante
Que não me deixa em paz!

Até minha rua na esquina
Inspira uma longa saudade
Não pareço ser uma menina
Nem um ser humano de verdade!

Tudo é longe e cansativo para mim
Menos a sua eterna pessoa
Gotas de cristais caem assim
Pois, suas lágrimas viram garoa

Somos anjos de paralelos universos
De galáxias a milhares de anos luz
Mas, nos encontramos nestes versos
Na Poesia que o buraco negro seduz!

Eu sou um bebê das estrelas coloridas
Você é um anjo com asas cortadas
Minha luz cura todas as suas feridas
Quando viajamos pelas madrugadas
Através destas palavras calejadas!

Tudo é longe e cansativo para mim
Menos a sua eterna pessoa
Gotas de cristais caem assim
Pois, suas lágrimas viram garoa.
Luciana do Rocio Mallon





Flor da Pitaya

Flor da Pitaya
                            
Você é delicada flor da Pitaya
Do cacto na caatinga do deserto
Suas pétalas são os babados da saia
Que bailam no ritmo certo!
                                             
Você vive trancada em casa
No meio de toda a secura
Sonhando com o anjo de asa
Voando com paixão e ternura!
                                                              
Você só pode pisar os pés para fora
Somente num único baile formal
Com os lábios pintados de amora
Num vestido transparente e sensual!

Você é uma flor tímida e noturna
Que só se abre no real escuro
Atraindo a mariposa que sai da furna
Para esquecer um dia obscuro!

Quando chega a madruga, precisa se esconder
Por isto as pétalas fecham as janelas
Quase bem antes do amanhecer
Pois você é uma das raras donzelas
Proibidas de sentir prazer!

O dragão do deserto é seu algoz
Por isto você não pode ver Sol
Porém para o morcego veloz
Á noite, você vira um farol!

O “y” no seu nome é uma estaca
Para que você possa se levantar
Depois da chuva com resseca
Só para se alimentar do luar

Você é a suave flor da pitaya
Entre o morcego e a mariposa
Como a virgem de longa saia
Que nunca será uma esposa.
Luciana do Rocio Mallon






terça-feira, 7 de abril de 2015

Lenda da Princesa de Vidro do Jardim Botânico de Curitiba

Lenda da Princesa de Vidro do Jardim Botânico de Curitiba
                                                                                            
Nos anos oitenta, na Vila das Torres em Curitiba, havia uma menina muito delicada que tinha um problema conhecido como ossos de vidro. Por isto, ela recebeu o apelido de: Cristal, a Princesa de Vidro.
Como esta garota era carente, trabalhava como catadora de lixo para ajudar a sua família. Porém, as coisas de que Cristal mais gostava de pegar eram: vidros e garrafas velhas, tanto que ela montou um instrumento musical, um tipo de xilofone com garrafas com água. Mas, como esta menina sofria maus tratos em casa, pelas suas irmãs, ela costumava brincar num terreno baldio localizado na Rua Ostoja Roguski. Lá esta criança resolveu construir um pequeno castelo feito de vidros e garrafas usados.
Através das suas saídas com seu carrinho de papel, Cristal conheceu duas cachorras: uma pit bull e uma outra labradora mestiça. Logo, ela adotou estes bichos, que viraram os vigias da construção de seu palácio de vidro.
Uma vez, esta pequena estava numa rua recolhendo lixo quando, de repente, avistou duas caixas. Ao abrir estes recipientes, a garota notou que existiam joias dentro deles. Então, ela pensou:
- Dividirei este tesouro dentro das garrafas do meu castelo de vidro. Mas, enterrarei este pequeno palácio, no terreno baldio, para ninguém descobrir.
Assim, Cristal escondeu as joias no mini-castelo, que ela mesma resolveu enterrar.
Alguns dias depois, a menina resolveu ir ao terreno baldio, sem a presença das cachorras. Porém, um homem matou a pobre e a enterrou ali mesmo.
Em 1991, naquele mesmo local, foi inaugurado o Jardim Botânico de Curitiba. Reza a lenda que a estufa de vidro em forma de castelo, inspirada no Palácio de Cristal de Londres, foi construída no mesmo local onde ficaram enterrados a miniatura do castelo de vidro junto com tesouro de Cristal.
Dizem que várias crianças já viram uma menina que aparece e desaparece dentro da estufa e, também, falam que quando um menor se perde no bosque deste parque, o espírito de Cristal ajuda o pobre a voltar para sua família.
Estes dias, por incrível que pareça, tive o seguinte diálogo com uma moça do Nordeste, através de um programa de bate-papo, em uma rede social da Internet:
- Tia Lu, minha filha quer fazer uma festa de aniversário real com o tema Fronzen, e, por isto preciso saber quando faz geada aí em Curitiba. 
- Sua filha quer passar o aniversário em Curitiba?
- Ela quer uma festa real com o tema Frozen, até comprei a roupa de princesa Elza para ela. Só que como minha filha quer uma comemoração verídica, estamos pensando em sair, daqui do Nordeste, para viajar a um lugar que faça geada, ou, neve de verdade.
- Aqui, em Curitiba, costuma gear bastante em junho e em julho. 
- Tia Lu, será que alugam aquele local onde tem um castelo de vidro, que parece feito de gelo, localizado num bairro chamado Jardim Botânico?
- Eu acho que não alugam porque é público. Mas conheço firmas de festas que podem ter um cenário do castelo da Elza de Frozen. Inclusive este palácio transparente, aqui de Curitiba, ao qual você se referiu é uma estufa, que possui a Lenda da Princesa de Vidro.
Luciana do Rocio Mallon









Será Que Você Não Vê Que Assim Afasta Seu Amado Cada Vez Mais?

Será que Você Não Vê Que Assim Afasta Seu Amado Cada Vez Mais?

Você levou um triste fora
Debaixo da tempestade
Pois seu amado foi embora
Sem dizer toda a verdade

Você chorou águas profundas
Mais do que a chuva impiedosa lá fora
Afogando-se em mágoas imundas
Mas está errado o que você faz agora

Hoje, neste instante, você não para de perseguir
O seu amado que, sem explicação, partiu
Para toda esta saudade não existe elixir
Sua solidão, do céu, tirou todo o anil

Você vigia todas as redes sociais
Brigando com as amigas virtuais
Deste seu ex-namorado orgulhoso
Mas, não vê que isto é perigoso?

Pois assim você afasta seu amado cada vez mais
Agora, o que ele mais precisa é da pura paz!
Você procura sair aos mesmos lugares
Que ele frequentava como bares

Mas quando ele vê a sua pessoa
Trata de sair disfarçadamente
Você desperdiça suas lágrimas à toa
Correndo atrás dele de um jeito doente

Será que você não vê que assim
Afasta seu amado cada vez mais?
Por favor, deixe este homem paz
Acredite no destino que leva-e-traz...
Com o tempo ele sentirá um vazio ruim
E voltará aos seus braços num dia lilás.
Luciana do Rocio Mallon










Ela é Mais Que Mulher, é uma Flor Espiritual

Ela é Mais Que Mulher, é uma Flor Espiritual
                                                                                      
Ela é mais que mulher, é uma flor espiritual
Que se transforma em estrela cintilante
Guiando as almas perdidas no astral
Com sua luz radiante e brilhante
Capaz de curar qualquer mal!

Quando ela vem para a Terra
Ajuda alguém com sua energia
Transformando o frio numa primavera
Onde mora a mais colorida poesia

Quando ela sempre menstrua
Seu sangue vira pétalas carmins
Toda a vez que ela anda pela rua
Retira todas as energias ruins

Pólens escondem-se em seus ovários
Pois da solidão eles tem receios
Seus dedos viram contas de rosários
Quando anjos estão nos meios
Pois, há um néctar em seus seios

Que na fome servem os alimentos
Retirando qualquer tristeza
Pois são feitos dos sentimentos
Da matéria na real beleza!

Ela é mais que mulher, é uma flor espiritual
Que se transforma em estrela cintilante
Guiando as almas perdidas no astral
Com sua luz radiante e brilhante
Capaz de curar qualquer mal.
Luciana do Rocio Mallon






segunda-feira, 6 de abril de 2015

Lenda da Cigana do Can-Can

Lenda da Cigana do Can-Can
                                                        
Reza a lenda que em 1820, a vedete Celeste Mogador, antes de entrar para o Moulin Rouge, trabalhava em uma casa de shows que estava à beira da falência e ela pensou em inventar uma nova dança para atrair o público. Por isto, esta dançarina decidiu orar e meditar num bosque afastado da cidade.
Celeste estava caminhando, concentrada em suas orações, quando de repente avistou um acampamento cigano. Assim a moça aproximou-se e observou ciganas a dançar. Ela ficou encantada com o balançar sensual das saias, os passos húngaros, as pernas que iam para frente e para trás. Desta maneira Celeste aproximou-se e disse:
- Boa tarde!                                                                     
- Gostaria de saber se vocês aceitariam se apresentar numa casa noturna.
Então, a mais velha olhou com uma cara de braba e ralhou:
- Nunca!
- Cabaré é um local de perdição.
- Somos ciganas e não meretrizes.
Celeste, mesmo envergonhada, insistiu:
- Compreendo.
- Mesmo assim, eu gostaria de ter aulas de Dança Cigana, será que isto é possível?
- Pois, eu posso pagar bem.
A idosa voltou a gritar:
- Saia daqui!
- Imediatamente!
A moça afastou-se tomando o atalho do bosque. Porém, a cigana Encarnación, disfarçadamente, foi atrás dela e disse:
- Por favor, espere!
- Eu aceito dar aulas da dança do meu povo.
- Quanto você paga?
Naquele mesmo instante, Celeste mostrou um saco de ouro e disse:
- Da onde veio este, ainda tem muito mais.
Deste jeito, Encarnación aceitou dar aulas para a vedete às escondidas.
No primeiro dia, a jovem ensinou o balançar da barra da saia levantada, com uma anágua por baixo. Mas, Celeste falou:
- Na minha nova dança, retirarei a anágua comprida e minhas bailarinas dançarão somente com uma bermuda por baixo.
A cigana resmungou:
- Só espero que a minha vó não descubra que estou ajudando-lhe nesta nova dança sensual.
Nos outros dias, Encarnación ensinou passos húngaros à vedete.
O problema é que avó desta cigana desconfiou de que ela estava aprontando alguma coisa e passou a falar:
- Encarnación, se você estiver me enganando, eu desejo que você seja atropelada por uma carroça.
Quando as aulas acabaram, Celeste pagou à cigana com três sacos com moedas de ouro. Mas a donzela ficou tão empolgada com o pagamento, que se distraiu, por isto foi atropelada por uma carroça e morreu.
Mesmo assim, a cigana resolveu aparecer nos sonhos noturnos da dançarina para ajuda-la na montagem da nova dança.
Celeste também decidiu estudar a Polka. Então da mistura da Polka com a Dança Cigana, esta vedete criou a quadrilha de cabaré, que era constituída de passos que cabiam em oito minutos para cortar a respiração em harmonias perfeitas. Desta maneira, com a ajuda do espírito de Encarnación, a dançarina confeccionou saias coloridas e rodadas semelhantes às vestes das ciganas, que davam liberdade de movimentos.
Um certo dia, o músico e coreógrafo Charles Morton, ao passar pela França, assistiu a esta dança. Assim, ele decidiu levar a nova coreografia para Londres e através de pequenas modificações inventou o Can-can.
Reza a lenda que o espírito de Encarnación, a cigana do Can-Can, auxilia toda a mulher que decide aprender Dança Cigana.
Luciana do Rocio Mallon