domingo, 22 de fevereiro de 2015

Onde Está o Meu Dom ?

Onde Está o Meu Dom ?
                                       
Dizem que cada mulher tem seu dom,
Um escondido e nobre talento
Com a voz que não sai do tom
Espalhando sentimentos ao vento!

Este dom é mais que um dominador
Brilhando nas noites escuras
Rasgando o orgulho com dor
Em cordas fortes e obscuras

Não sei se ele é o herói Zorro,
Ou, se é o sedutor Dom Juan
Só sei que, hoje, nos seus braços eu morro
Para renascer no dia seguinte, amanhã!

Seu chicote é um corretivo
Contra qualquer travessura
Ele é mágico, austero e ativo
Mas tem uma gota de doçura!

Sua Harley Davidon vira um cavalo branco
Cavalgando nas noites brilhantes
Só para enxugar os meus prantos
Com tapas enérgicos e cintilantes!

Ele é o príncipe que me leva na coleira
Só para que eu deixe de ser selvagem
Pois ainda sou uma potranca faceira
Querendo cavalgar livre na paisagem!

Hoje eu cavalgo no seu colo macio
Em cima do leito de pétalas de rosas
Sou uma potranca num eterno cio
Saindo das lendas mais fabulosas

Ele coloca prateadas algemas
Que se transformam em poemas
Nos pulsos com aromas de alfazemas!

Porém, acordo e é tudo um sonho
Onde está o meu dom na realidade?
Assim meu espírito fica tristonho
Pois, ele não existe de verdade.
Luciana do Rocio Mallon









quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O Gosto Doce da Minha Menstruação

O Gosto Doce da Minha Menstruação

Um elogio que escuto desde criança é:
- Você é doce!
Mas nunca me julguei uma pessoa meiga a este ponto. Na realidade, eu é que preciso de muito doce. Pois se fico sem ingerir uma certa quantidade de açúcar chego até a desmaiar. Já me falaram que este problema poderia ser hipoglicemia, porém nunca fiz um exame específico. Mesmo assim, por causa desta minha necessidade de açúcar, eu ingiro muito doce.
Durante a minha infância e adolescência, eu gostava muito de brincar em parques e em jardins. Então eu notei que borboletas viviam tentando pousar entre as minhas duas pernas.
Um certo dia, eu estava de mini-saia brincando num parque. Quando, de repente, uma abelha entrou por dentro desta minha peça e começou a zumbir perto da minha calcinha. Naquele instante corri e gritei sem parar, mas não fui picada.
Aos dez anos de idade tive minha primeira menstruação. O curioso é que, às vezes, quando eu estava neste estado e me aproximava da minha turma de amigas, uma ou outra colega sempre comentava:
- Que cheiro doce!
Quando eu estava na faculdade, um colega com a inicial M. me assediava muito. Porém, como eu não curtia pegação, tentava ignorá-lo. Uma vez, este homem falou:
- Quero ver um absorvente seu usado!
- Você deixaria alguém lhe lamber se estivesse menstruada?
Eu estranhei esta fantasia dele e afastei-me.
Uma semana depois, minha menstruação desceu e eu fui usar um banheiro que ficava num corredor deserto. Pois assim eu me sentia mais a vontade. Depois de fazer minhas necessidades fisiológicas, olhei para trás e vi M. entrando no banheiro feminino.
Desta maneira, fiquei curiosa, e decidi espiar o que ele estava fazendo lá. De repente, me surpreendi ao ver que o moço estava lambendo o meu absorvente higiênico usado e, pelo jeito, parecia que estava gostando.
Hoje não acho estranha a fantasia de um homem desejar ter relações orais com uma mulher menstruada. Pois, isto apenas é um fetiche que deve ser respeitado.
Porém uma pergunta não quer calar, em mim, até agora:
- Eu, realmente, sou doce?
Luciana do Rocio Mallon






quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Não é Casando Com Maquiadora Que Você Passará um Corretivo no Passado

Não é Casando Com Maquiadora Que Você Passará um Corretivo no Passado
                                     
Não é casando com maquiadora
Que você passará um corretivo
No seu passado repleto de zorra
Junto com seu espírito altivo

Você pode passar rímel neste seu olhar
Que já conquistou muitas meninas
Mas sua alma nunca fugirá do luar
Junto com as estrelas mais finas!

Você pode passar gloss
E até passar batom
De um jeito veloz
Sem sair do tom

Mas, mesmo assim, seus lábios
Continuarão sendo astrolábios
Que beijaram várias damas deslumbrantes
Sob a luz das estrelas mais cintilantes!

Você pode passar sombra clara
Mas sua sombra na parede dura
Sempre será misteriosa , rara
E, eternamente, obscura!

Não é casando com maquiadora
Que você passará um corretivo
No seu passado repleto de zorra
Junto com seu espírito altivo.
Luciana do Rocio Mallon






Quando Eu Brincava de Casinha, Sempre Escolhia Ser o Cão de Guarda

Quando eu Brincava de Casinha, Sempre Escolhia Ser o Cão de Guarda
                                                                                                                                             
Os cães são os animais mais fiéis ao ser humano. Por isto, nunca entendi o porquê as palavras cachorro e cadela são utilizadas de formas pejorativas, como xingamentos, contra pessoas de caráter duvidoso.
Quando eu era criança, entre os quatro e seis anos de idade, e meus colegas resolviam brincar de casinha, eles sempre escolhiam fazer os papéis de: papai, mamãe, filhinhos e empregada. Mas sempre quando me perguntavam:
- Luciana, quem você vai querer ser?
Logo eu respondia:
- Eu desejo ser a cadelinha de guarda.
Assim pedia aos meus colegas para que colocassem uma coleira com corrente no meu pescoço e andassem comigo pelos jardins e corredores. Desta forma eu sentia um misto de ternura com alegria.
Naquela mesma época ganhei um livro sobre os deuses-animais do Egito e logo fiquei admirada ao conhecer o chacal e o Anúbis que eram canídeos com poderes divinos. Nesta mesma obra existiam duas máscaras, destes animais-deuses, como brinde. Deste jeito, sempre quando eu colocava estas máscaras, algo místico acontecia dentro de mim.
Aos 23 anos me interessei por um homem que afirmava que possuir cachorra de estimação era melhor do que ter namorada, pois a cadela não tem TPM e não faz cobranças amorosas. Por isto, ele não quis ter um relacionamento comigo.
Naquela mesma época eu comprei uma fantasia de cachorrinha e toda a vez que vestia esta roupa sentia uma paz espiritual dentro de mim.
A expressão “levar na coleira” nunca teve ar de repressão para mim, pelo contrário, sempre achei que o fato do dono carregar um animal na coleira é uma prova de amor para não deixar o bichinho escapar e correr riscos, como por exemplo: ser atropelado. No meu caso, sempre procurei um amor para servir e ser guiada ao mesmo tempo contra as adversidades da vida.
Hoje, toda a vez que me lembro da infância, a imagem da brincadeira de casinha, onde eu era a cachorrinha de guarda, sempre me vem à cabeça. Esta é uma das lembranças mais bonitas daquela época.
Luciana do Rocio Mallon





terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sua Cadela

Sua Cadela

Há um lado animal em mim
Expulsando tudo o que é ruim
Meu lado bicho é sempre fiel
Pois transforma fel em mel

Sou uma doce menina
Com fidelidade canina
Esperarei você na porta
Até quando estiver morta

Eu era uma triste donzela
Olhando pela fútil janela
Do meu castelo cômodo e belo
A luz do quente Sol amarelo

Mas, você me libertou sem fazer alvoroço
Porque não é qualquer moço
Beijou minha boca e arrastou-me pelo pescoço
Agora faço tudo para ganhar seu osso!

O meu colar virou uma coleira
Uma aliança para a vida inteira
Como agradecimento, virei submissa
Você me mostrou a leveza da brisa!

Quero ser mais que um cão fiel
No meu corpo puro de donzela
Por causa da magia que veio do céu
Transformei-me em sua cadela!

Sou sua poodle com meus cabelo cacheados
Com a coleira presa em vários cadeados!
Quando você chega do trabalho, ou, da viagem
Eu saio correndo para lhe fazer massagem!

Eu balanço a minha postiça cauda
Pois você sempre faz falta!

Sou sua cadela fogosa em pleno cio
Vários podem ficar ao meu redor
Mas escolho só você, pois tenho brio
Sei que não existiria dono melhor

Quero ser sua eterna cadela
Uivando para a Lua bela.
Luciana do Rocio Mallon









domingo, 15 de fevereiro de 2015

Vampira Brincando de Ageplay

Vampira Brincando de Ageplay           
                                                 
Séculos eu levei para encontrar
A sua pessoa nesta noite de Luar
Você bateu, sem medo, na minha porta
Pensando que eu estava falecida e morta

Eu tenho mais de duzentos anos
Porém pareço uma adolescente
O destino estragou todos os meus planos
De um jeito impiedoso e indecente

Esta noite sou sua eterna vampira
Você se perde no meu olhar de safira
Assim eu me transformo na sua menina
Vestida de rosa com roupa de bailarina!

A noite é uma cruel adulta
Eu é que sou uma eterna criança
Na sua alma corrompida e adultera
Fazendo justiça com a balança

Esta noite sou sua colegial
E você vai bater no meu traseiro
Com o chicote do castigo mau
Pois fiz bagunça o tempo inteiro

O seu galho de carvalho
Será o meu chocalho
Tocando uma melodia
No vai e vem da poesia!

Você trocará a minha fralda
Numa chuva de talco branco
Um carinho sempre faz falta
Para que tem coração franco!

De madrugada, quando eu sentir medo
Você será meu felpudo urso de brinquedo!
Quando o relâmpago vier com a tempestade
Abraçarei o seu corpo protetor de verdade!

Esta noite sou sua eterna vampira
Você se perde no meu olhar de safira
Assim eu me transformo na sua menina
Vestida de rosa com roupa de bailarina!

Sou uma vampira brincando de ageplay
Sou sua serva e você é o meu rei.
Luciana do Rocio Mallon












Amarrada na Roseira

Amarrada na Roseira
                                   
Fechei os olhos sob a Lua rara
Para receber um simples beijo
Mas você me deu um tapa na cara
Ao som de um prateado lampejo

Após isto me amarrou na roseira
Começando pelos meus finos braços
De uma maneira muito faceira
Fez nos meus membros vários laços

Senti os espinhos na pele macia
Assim transformei-me numa rosa
Escrevendo com dor a poesia
Na folha da pétala maravilhosa!

Amarrada na grande roseira
Senti o espírito do seu amor
Com alma da mais pura feiticeira
Notei que a beleza nasce da dor!

A luz da lua acendeu o brilho
Do meu apertado espartilho
O meu sangue escorrido virou aurora
Da madrugada que nunca chora

Porém sob a luz do Sol
Você chegou como farol
Desamarrou os laços de cetim
E a depressão que havia em mim

Amarrada na grande roseira
Descobri que tenho um real dono
Então de uma forma verdadeira
Não posso desistir do meu sonho.
Luciana do Rocio Mallon









Meu Mural NÃO é Muro

Meu Mural Não é Muro
                                         
Meu Mural não é muro
Para você censurar
Ele pode ter um lado obscuro
Porém não cabe a você julgar

Este mural é um tipo de cartaz
Onde desabafo minhas agonias
Porque isto sempre me traz paz
Seja em prosas, ou, em poesias!

Se você não gosta do que eu posto
Por favor, desfaça a minha amizade
De escrever o que penso, eu gosto
Mesmo que você não agüente a verdade!

Meu mural não é muro
Feito de concreto duro
O muro separa as pessoas
Tanto más quanto boas

O poeta falou que as pessoas são solitárias
Pois constroem muros ao invés de pontes singelas
Estas criaturas precisam ser solidárias
Na construção de sentimentos com passarelas!

Meu mural não é a muralha da China
Muito menos o muro de Berlim
Sou uma criativa e sonhadora menina
Então, não vá me censurando assim!

Meu Mural não é muro
Para você censurar
Ele pode ter um lado obscuro
Mas não cabe a você julgar .
Luciana do Rocio Mallon



Hoje Relacionamento é Só Status Em Rede Social

Hoje  Relacionamento é Só Status Em Rede Social

Hoje no mundo real ou virtual
O amor virou arma do mais puro mal
Agora somente existe status de relacionamento
Pois os homens se esqueceram do sentimento

Querem fingir que amam gatas bonitas
De diversas formas infinitas
Só para aparecerem nas redes sociais
Pois são vazios, interesseiros e boçais!

Sou da época do namoro escondido
Do coração apertado e aflito!
Sou da época de andar de mãos dadas na praça
E até um simples beijo poderia deixar sem graça!

Sou da época de mandar cartas com perfume
E não e-mails repletos de azedume!
Das declarações de amor em plena rua
Sob a luz inspiradora da doce Lua

Hoje a pessoa diz um “ eu te amo” para você em off
Porém faz declaração de amor para outra no mural
Isto é o pior tipo de cafajeste, canalha e bofe
Porque fingiu ter um sentimento especial!

Hoje os relacionamentos possuem só status
Pois ninguém demonstra amor com atos.
Luciana do Rocio Mallon




sábado, 14 de fevereiro de 2015

Receber um Não é Melhor do Que Ganhar um Talvez

Receber um Não é Melhor do Que Ganhar um Talvez
                                                                                  
Receber um não é melhor do que ganhar um talvez
O amor é um jogo e eu ainda espero a minha vez!
Um não pode ser filho das trevas com o escuro
O seu som pode ser cruel, triste e obscuro

Mas ele voa de acordo com o tempo
Porque não fere com o sentimento
Porém receber um talvez
Nem sempre é cortês

O talvez é filho da ilusão com a fantasia
E no fundo só causa depressão e agonia!
O talvez  é o verdadeiro alimento,
Feito do mais irreal pensamento,

Que serve de ração da falsa esperança
Causando desequilíbrio e tristeza
 A justiça tem uma quebrada balança
Que tortura a camponesa e a princesa

Receber um não é melhor do que ganhar um talvez
O amor é um jogo e eu ainda espero a minha vez.
Luciana do Rocio Mallon





Sonhos e Bombas

Sonhos e Bombas

Todos os seres vivos têm sonhos
Dos mais alegres aos mais tristonhos
Uns lutam tanto, mas não conseguem alcançar
Alguns apenas vão à padaria comprar !

Quando o carro do homem do sonho passa
A rua inteira se enche de graça!
Até o Martin Luter King tinha um sonho
Mas, dos meus, eu me envergonho!

A realidade acabou com meus sonhos e fantasias
Só me restou a síndrome do pânico com agonias

Agora vivo somente o resto do meu martírio
Afinal, o real segredo da tristeza descobri:
Sonho que se sonha só é apenas um frenesi
Já , sonho que se sonha junto é delírio
Por isto me perfumei com patchuli
Por toda minha pele macia de lírio!

Roubaram meus sonhos, porém fui a outra padaria
 Não tinha este doce lá também, mas agi com sabedoria
Porque escolhi uma bomba repleta a estourar
Com surpresa, toda a sua magia pelo ar!

Provei uma bomba de chocolate com doce-de-leite
Somente para o meu grandioso deleite!
Por isto, se não conseguir seu sonho, experimente uma bomba
Para estourar na cara da realidade e deixá-la tonta.
Luciana do Rocio Mallon












Bloco de Carnaval

Nesta sexta de Carnaval, quase coloquei meu bloco na rua. Pois um marginal me olhou de cara feia na esquina. Então, fiquei com medo de ser assaltada, peguei o primeiro bloco de concreto, que estava na calçada, e quase atirei em cima dele.
( Confissões da Tia Lu )
Luciana Do Rocio Mallon

Nova Fantasia de Carnaval 2015



- Tia Lu, veja minha fantasia para o Carnaval da Zoombie Walk!
- Amei sua fantasia de múmia, toda amarrada com ataduras e fitas.
- Não é fantasia de múmia !
- É o que ?
- É bondage .
( Sustos que a Tia Lu passa )
Luciana Do Rocio Mallon

Sacanagem de Carnaval

A sacanagem de Carnaval acontece quando em vez do espermatozoide encontrar o óvulo é a serpentina que encontra o confete.
( Descobertas da Tia Lu )
Luciana Do Rocio Mallon​

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Frozen X Porca Pepa



Do que adianta imitar as princesas de Frozen se todo mundo prefere a Porca Pepa?
A mesma coisa acontece no amor...
( Descobertas da Tia Lu )
Luciana Do Rocio Mallon


A Geada Fará Greve

A geada falou que fará greve no inverno de Curitiba.
Motivo: NÃO pagaram a frente fria que sempre vem da Argentina.
( Piadas que só os curitibanos entendem ).
Luciana Do Rocio Mallon​

A Geada Fará Greve

A geada falou que fará greve no inverno de Curitiba.
Motivo: NÃO pagaram a frente fria que sempre vem da Argentina.
( Piadas que só os curitibanos entendem ).
Luciana Do Rocio Mallon​

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Professora Protestando na Assembléia

Professora Protestando na Assembléia
                                                                   
A professora protestando na assembléia
Parece uma suave e resistente azaléia...
No meio do gelo, do frio e da neve
No seu grito protetor de greve!           

A professora protestando na assembléia
Não tem alma fútil e indecisa de camélia!
Pois ela conhece muito bem o sofrimento
De passar fome e ficar sem pagamento!

A professora protestando na assembléia
Tem forças para lutar contra a alcatéia
E não tem medo de enfrentar a cavalaria
Pois sua fé é mistura de esforço com poesia

A professora protestando na assembléia
Possui a luz de Jesus na Galiléia
Pois na sala de aula sempre tem uma nova idéia

Para ensinar seus ávidos estudantes
Que transformam-se em estrelas cintilantes
Por causa de seus ensinamentos brilhantes.

Luciana do Rocio Mallon

Namorar é Morar Dentro da Outra Pessoa

Namorar é Morar Dentro da Outra Pessoa
                                                                 
Namorar tem a palavra morar                  
De um jeito discreto, bem no final
Pois tem uma mensagem ao ar
Que é honesta, divina e especial

Namorar é morar dentro da outra pessoa
Isto não significa viver na mesma residência
Porém permanecer na alma boa
Do outro com amor e paciência

Namorar é morar dentro do amado ser
Respeitando as regras e leis do castelo
Sonhando acordado até o amanhecer
Do espírito, do outro, tão mágico e belo!

Namorar é viver dentro da escolhida criatura
Mas sem tirar os móveis do lugar de origem
É respeitar a casa com estrutura e cobertura
Com as esperanças inocentes de uma virgem!

Namorar tem a palavra morar
De um jeito discreto, bem no final
Pois tem uma mensagem ao ar
Que é honesta, divina e especial.
Luciana do Rocio Mallon



domingo, 8 de fevereiro de 2015

Telefone Público Queimado

Telefone Público Queimado

Eu era um essencial telefone público
Que hoje todo mundo arrebenta
Eu era útil, agradável e lúdico
Nos anos oitenta e noventa!

Mas quando surgiu o celular
As pessoas se esqueceram de mim
Pararam, simplesmente, de me usar
E eu caí em depressão assim

Depois que saí fora de gráfico
Virei mural de anúncio pornográfico
Pois passaram a colocar anúncios de streap-tease
Ao meu redor, sem nenhum “release”
Repleto de garota de programa nua e pelada
Até que hoje me queimaram de madrugada

Atearam fogo, em mim, um orelhão idoso
De um jeito depressivo, cruel e perigoso
Quando a menina foi denunciar este ato
Ela foi ridicularizada de fato

Pois falaram com deboche ao ar
Que orelhão velho tem mais é que queimar
Numa fria e divertida madrugada
Pois não serve mais para nada.
Luciana do Rocio Mallon





sábado, 7 de fevereiro de 2015

Lenda da Cigana Manuela da Sevilhana

Lenda da Cigana Manuela da Sevilhana

No século dezoito, um acampamento de ciganos armou tendas num campo em Sevilha. Então a cigana Cristal, que estava grávida, resolveu fazer uma caminhada e encontrou um roseiral. Mas naquele mesmo instante começou a sentir as dores do parto e passou a gritar. Assim outras mulheres vieram atende-la e o bebê nasceu no meio das rosas. Cristal batizou esta sua filha de Manuela.
Quando Manuela completou oito de anos de idade, ela ficou noiva do cigano Ivan, que tinha onze anos e seus pais até fizeram uma festa para isto. A garota apaixonou-se a primeira vista pelo seu futuro marido, mas Ivan não foi nada com a cara dela. Então os pais dos dois combinaram de realizar o casamento assim que a menina completasse dezoito anos.
Deste jeito, depois da comemoração, Ivan foi embora com sua caravana e Manuela com a dela.
Naquela mesma noite a shivani, uma espécie de “curandeira” do acampamento, deu uma ave para esta garota e disse:
- Este é um pombo-correio mágico que levará suas cartas para seu noivo onde ele estiver.
Desta maneira, Manuela passou a escrever cartas para o futuro marido. O problema era que ele só respondia de forma fria com palavras como: até logo e um abraço.
O tempo passou e Ivan tornou-se um jovem bonito. Porém, nada fiel. Pois paquerava as mulheres do seu próprio acampamento e se envolvia com as outras damas, que não eram ciganas, em toda a região onde acampava.
Até que chegou o dia do aniversário de dezoito anos de Manuela. Porém a família de Ivan não compareceu na festa. Assim esta cigana escreveu uma carta pedindo para que o noivo marcasse o matrimônio logo.
Ivan não quis responder a mensagem porque realmente não queria casar com esta donzela. Mas seu pai, que leu toda a mensagem, pediu para que ele escrevesse uma poesia ou criasse uma música para sua prometida. Desta forma, o rapaz concordou. Por isto pegou o violão e compôs uma música chamada Sevilhana Para Manuela, onde o refrão original era: “ Manuela, dos meus amores, quando tudo melhorar eu me caso com você.”
Desta maneira, ele mandou a letra da música junto com a partitura da canção, para que os músicos do acampamento da noiva pudessem tocar a melodia.
Quando a moça recebeu a surpresa, através do pombo-correio, ficou emocionada.
Uma vez, Manuela tomou chuva, pegou pneumonia e morreu três dias depois.
Reza a lenda que anos se passaram e uma certa noite, o compositor Manuel Pareja Obregón sonhou com esta história e com a música. Assim, naquele mesmo dia, ele compôs uma música chamada Sevillanas de Manuela. O problema foi que com o passar do tempo, a letra da canção foi sendo modificada. Porém o refrão original é: “Manuela, dos meus amores, quando tudo melhorar, eu me caso com você.”
A cigana Manuela da Sevilhana é uma entidade que ajuda nas questões de amor e saúde, principalmente, em problemas respiratórios. Ela usa saia alaranjada e uma blusa branca “bufante”. Manuela aceita oferendas como: doces, rosas de tons alaranjados, leques e castanholas.
Luciana do Rocio Mallon









Lenda da Cigana Manuela da Sevilhana

Lenda da Cigana Manuela da Sevilhana

No século dezoito, um acampamento de ciganos armou tendas num campo em Sevilha. Então a cigana Cristal, que estava grávida, resolveu fazer uma caminhada e encontrou um roseiral. Mas naquele mesmo instante começou a sentir as dores do parto e passou a gritar. Assim outras mulheres vieram atende-la e o bebê nasceu no meio das rosas. Cristal batizou esta sua filha de Manuela.
Quando Manuela completou oito de anos de idade, ela ficou noiva do cigano Ivan, que tinha onze anos e seus pais até fizeram uma festa para isto. A garota apaixonou-se a primeira vista pelo seu futuro marido, mas Ivan não foi nada com a cara dela. Então os pais dos dois combinaram de realizar o casamento assim que a menina completasse dezoito anos.
Deste jeito, depois da comemoração, Ivan foi embora com sua caravana e Manuela com a dela.
Naquela mesma noite a shivani, uma espécie de “curandeira” do acampamento, deu uma ave para esta garota e disse:
- Este é um pombo-correio mágico que levará suas cartas para seu noivo onde ele estiver.
Desta maneira, Manuela passou a escrever cartas para o futuro marido. O problema era que ele só respondia de forma fria com palavras como: até logo e um abraço.
O tempo passou e Ivan tornou-se um jovem bonito. Porém, nada fiel. Pois paquerava as mulheres do seu próprio acampamento e se envolvia com as outras damas, que não eram ciganas, em toda a região onde acampava.
Até que chegou o dia do aniversário de dezoito anos de Manuela. Porém a família de Ivan não compareceu na festa. Assim esta cigana escreveu uma carta pedindo para que o noivo marcasse o matrimônio logo.
Ivan não quis responder a mensagem porque realmente não queria casar com esta donzela. Mas seu pai, que leu toda a mensagem, pediu para que ele escrevesse uma poesia ou criasse uma música para sua prometida. Desta forma, o rapaz concordou. Por isto pegou o violão e compôs uma música chamada Sevilhana Para Manuela, onde o refrão original era: “ Manuela, dos meus amores, quando tudo melhorar eu me caso com você.”
Desta maneira, ele mandou a letra da música junto com a partitura da canção, para que os músicos do acampamento da noiva pudessem tocar a melodia.
Quando a moça recebeu a surpresa, através do pombo-correio, ficou emocionada.
Uma vez, Manuela tomou chuva, pegou pneumonia e morreu três dias depois.
Reza a lenda que anos se passaram e uma certa noite, o compositor Manuel Pareja Obregón sonhou com esta história e com a música. Assim, naquele mesmo dia, ele compôs uma música chamada Sevillanas de Manuela. O problema foi que com o passar do tempo, a letra da canção foi sendo modificada. Porém o refrão original é: “Manuela, dos meus amores, quando tudo melhorar, eu me caso com você.”
A cigana Manuela da Sevilhana é uma entidade que ajuda nas questões de amor e saúde, principalmente, em problemas respiratórios. Ela usa saia alaranjada e uma blusa branca “bufante”. Manuela aceita oferendas como: doces, rosas de tons alaranjados, leques e castanholas.
Luciana do Rocio Mallon