Não Boicote uma Empresa Só Porque Não Gostou da Sua Campanha
Publicitária, Pois Há Pessoas Que Dependem dos Empregos Que Ela Oferece
Mês passado uma rede de lanchonetes colocou pessoas “poliamorosas”
em seu comercial. O problema é que ela passou uma caricatura dos grupos que
praticam este tipo de amor, atitude que não é correta. Por outro lado, ela
também chocou os mais conservadores. Então pessoas dos dois lados fizeram
campanhas para boicotar a tão falada rede de lanchonetes.
Este mês, uma rede de cosméticos utilizou personagens LGBT em
seu comercial de uma forma irreal e caricata também que não agradou aos
militantes. Por outro lado a propaganda também desagradou as pessoas mais
tradicionais. Novamente surgiram campanhas para boicotar a marca de maquiagem.
Antigamente eu era a favor de boicotar empresas que faziam
campanhas publicitárias de gosto duvidoso. Mas hoje sou contra isto. Pois são
as grandes empresas, com campanhas publicitárias na TV, que oferecem muitos
empregos. No final dos anos 90, na crise do dólar, eu já estive desempregada.
Portanto, já passei o dia inteiro entregando cinquenta currículos sem nenhum resultado
concreto. Várias firmas me prometeram ligar no dia seguinte, mas espero o milagroso
telefonema até hoje e também já fui humilhada em dinâmicas de grupo.
Portanto desistir de consumir um produto de que você gosta só
porque o comercial da empresa não combina com sua ideologia é dar um tiro no
próprio pé. Pois você deixa de curtir algo do seu gosto e ainda contribui com o
desemprego.
Realmente ninguém é obrigado a engolir um comercial de gosto
duvidoso e para isto existem os canais de comunicação com a empresa. Assim é
importante que você diga à firma que não gostou da forma que certo assunto foi
abordado na campanha publicitária. Com certeza os diretores de Marketing
pensarão sobre o assunto e mudarão o direcionamento da propaganda. Afinal com
este tipo de diálogo você não prejudica o emprego de ninguém e ainda mostra a
força da sua opinião de forma civilizada sem prejudicar ninguém.
Luciana do Rocio Mallon
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