sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A Estátua da Praça Dezenove de Dezembro e a Tia Lu

A Estátua do Homem da Praça Dezenove de Dezembro e a Tia Lu
Nunca fui fã de corpos desnudos.
Quando eu tinha cinco anos de idade, fui até a Praça Dezenove de Dezembro em Curitiba com a minha vó. De repente, vi a estátua de um homem nu e disse em voz alta:
- Coitado!
- A estátua enorme do moço está sem cueca!
- Ele deve sentir frio!
- Acho que ele não tem dinheiro para comprar roupas.
- Vamos comprar uma cueca gigante para ele?
Então minha vó deu uma risada.
Se naquela época eu visse algum artista nu no museu, minha primeira reação seria comprar uma cueca para ele.
Sempre que posso participo da campanha do agasalho e até hoje não entendi o porquê as pessoas não tem o hábito de doar cuecas. Afinal, peças íntimas depois de lavadas sempre ficam limpas. Mas como sou teimosa, compro cuecas novas em lojas populares e acabo doando estas peças.
Os naturistas que me desculpem, mas cueca é fundamental.
Luciana do Rocio Mallon



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