A Estátua do
Homem da Praça Dezenove de Dezembro e a Tia Lu
Nunca fui fã
de corpos desnudos.
Quando eu
tinha cinco anos de idade, fui até a Praça Dezenove de Dezembro em Curitiba com
a minha vó. De repente, vi a estátua de um homem nu e disse em voz alta:
- Coitado!
- A estátua
enorme do moço está sem cueca!
- Ele deve
sentir frio!
- Acho que
ele não tem dinheiro para comprar roupas.
- Vamos
comprar uma cueca gigante para ele?
Então minha
vó deu uma risada.
Se naquela
época eu visse algum artista nu no museu, minha primeira reação seria comprar
uma cueca para ele.
Sempre que
posso participo da campanha do agasalho e até hoje não entendi o porquê as
pessoas não tem o hábito de doar cuecas. Afinal, peças íntimas depois de
lavadas sempre ficam limpas. Mas como sou teimosa, compro cuecas novas em lojas
populares e acabo doando estas peças.
Os
naturistas que me desculpem, mas cueca é fundamental.
Luciana do
Rocio Mallon
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