Papel
Higiênico de Cor Escura
Não vejo
razão de uma fábrica lançar um papel higiênico da cor escura se, conforme quem
experimentou, o produto é macio e executa a limpeza do mesmo jeito que os
outros.
Nos anos
oitenta, eu usava o papel higiênico rosa, da marca Stylluss. Ele fazia parte de
uma linha popular e era feito de material reciclado, detalhes que tornavam o
produto mais barato. Ele era áspero, porém não machucava. Além disto, o papel higiênico
rosa combinava, de um jeito harmônico, com as chineladas de sandálias Havianas
que eu ganhava na época quando aprontava alguma travessura. Eu não curtia as
marcas Snob e Neve por fazerem um papel higiênico, fino e macio demais. Pois o
produto chegava a se desmanchar nas minhas mãos.
No começo
dos anos noventa, o papel higiênico rosa desapareceu no mercado. Neste período,
lançaram os papéis higiênicos perfumados e os estampados com desenhos de
bichinhos. Então quando eu ficava ressecada, pegava uma caixa de lápis de cor e
pintava as gravuras do papel higiênico, dentro do banheiro, até as minhas fezes
chegarem. Poxa, era uma terapia melhor do que tomar laxante.
Hoje não
tenho a mínima vontade de experimentar o novo papel higiênico de cor escura. Mas,
gostaria muito que o papel higiênico rosa voltasse.
Luciana do
Rocio Mallon
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