Lenda do
Orvalho
No alto do
céu, morava um anjo
Que tocava
harpa, lira e banjo
Das nuvens,
ele admirava as flores
Encantando-se
com suas cores!
Então ele
pediu ao Papai do Céu:
Sou um anjo,
mas queria ser um jardineiro
Para regar
as flores que dão o mel
De um jeito
apaixonado e verdadeiro
Para curar
minha solidão e seu fel!
Mas o
criador deu lágrimas transparentes
Para o anjo
regar a rosa, a margarida e o jasmim
Com seu
choro puro e inocente
Ele tira a
sede malvada e ruim
Deixando as
flores com pétalas de cetim
Assim nasceu
o orvalho em forma de gota
Os orvalhos
são lágrimas de um querubim
Que derramam
o sereno na solidão solta
Irrigando
levemente o proibido jardim
Na madrugada
que parece não ter fim
O anjo pensa
e imagina que a vida
É gota
cristalina dentro da pétala da flor
Mas o mundo
é mais do que a margarida
Banhada num
orvalho repleto de amor.
Luciana do
Rocio Mallon
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