Uma Carteira de Trabalho Assinada Mais de uma Vez, Era
Assassinada de um Jeito Descortês
Ontem, escrevi um texto sobre pessoas que são humilhadas
quando buscam emprego. Então, eu queria digitar a expressão “carteira assinada”.
Mas o corretor sacana do celular colocou: “carteira ASSASSINADA.”
Isto me fez lembrar uma conversa, que tive com uma idosa,
sobre o mesmo assunto e ela disse:
“ – De 1950 até 1980, era comum a pessoa conseguir o primeiro
emprego, ficar nele a vida inteira, e se aposentar na mesma firma. Pois quem
tivesse mais de um registro no documento, a carteira não era considerada
assinada e sim ASSASSINADA, pois a pessoa não ficava bem vista diante da
sociedade. Por isto existe aquele ditado: “Pedra que rola muito não forma limo”.
Naquele tempo, a comunidade ficava desconfiada com criaturas que mudavam muito
de emprego. Hoje, com a instabilidade da Economia e diversos fatores, esta
mentalidade mudou.”
Assim cheguei à conclusão que agora, principalmente nestes
tempos de pandemia, muitos seres que perderam o emprego resolveram trabalhar
como autônomos sem a tradicional carteira assinada por uma questão de
sobrevivência.
Luciana do Rocio Mallon
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