segunda-feira, 14 de setembro de 2020

O Vento do Destino Transformou-me Em Girassol

 

O Vento do Destino Transformou-me Em Girassol

Eu não queria ser como a rosa

Formosa, famosa e orgulhosa

Que humilha as outras plantas do jardim

Com sua beleza e sedução sem fim

 

Não queria ser como a flor funcionária

Ingênua, que faz papel de otária

Trabalhando oito horas por dia

Ficando doente e com agonia

 

Não queria ser como a planta não-me-toque

Que se fecha por causa da timidez

Pois não gosta de estar no enfoque

Por isto nega a sua própria vez

Não queria ser como a planta comigo-ninguém-pode

 

Que somente pensa em vingança

Na real, eu sempre quis a esperança

Não queria ser como a boca-de-leão gulosa

Que engole a abelha leve e a borboleta graciosa

 

Assim o vento do destino me transformou em girassol

Pois minha alma busca luz sempre em direção ao Sol

Iluminando todas as plantas do vasto jardim

Com minha energia luminosa sem fim.

Luciana do Rocio Mallon



 

 


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