Tranças
X Vesteterapia
Estes
dia, recebi as seguintes mensagens:
- Tia
Lu, os penteados de cabelo tem a ver com a Vesteterapia?
- O
jeito com que as pessoas arrumam seus cabelos tem relação com as personalidades
delas?
- É
verdade que a trança é uma penteado místico e a maneira de trançar os cabelos
pode atrair energias diferentes?
Bem,
abaixo estão minhas respostas:
Sim,
os penteados possuem relações íntimas com a Vesteterapia, a terapia através das
roupas. Pois os cabelos durante muito tempo foram usados como vestes também e
os penteados refletem as personalidades, das pessoas, quando escolhidos com
espontaneidade.
Desde
a Idade da Pedra, as mulheres se preocupam com os cabelos. Pois foram elas que
criaram os pentes e presilhas com ossos de animais. Naquela época, os cabelos
compridos faziam parte do vestuário destas moças. Pois quando fazia frio, elas
se cobriam com as próprias madeixas longas.
Com o
tempo, as mulheres das cavernas foram inventando penteados e acessórios de
diversos materiais para suas cabeleiras.
Agora
falarei sobre as tranças, que são penteados que possuem significados místicos.
As tranças existem desde 3500 anos antes de Cristo.
Reza
a lenda que uma mulher robusta, de cabelos muito compridos, viu seu marido cair
num buraco grande e não conseguia sair de lá. Então ela jogou várias cordas,
mas todas arrebentaram. Assim a moça decidiu que faria uma corda com os
próprios cabelos já que eles eram enormes. Ela trançou os cabelos, prendeu com
uma presilha feita de ossos e jogou no buraco. Assim seu marido subiu pela
trança e foi salvo.
Em
vários povos antigos, as tranças significavam status social e estado civil. Em
algumas destas civilizações a mulher casada usava uma trança só com o cabelo
para trás e meninas solteiras utilizavam duas tranças divididas ao meio. Quando
as garotas usavam as tranças, com laços embaixo, isto significava pureza e
ingenuidade.
Quando
uma dama casada colocava sua única trança para a esquerda era sinal de que
aquele dia, ela encontrava-se muito emotiva e que, por isto, não queria ser
incomodada. Mas quando ela colocava a trança para o lado direito significava
que esta mulher encontrava-se mais racional e que não estava a fim de
brincadeiras.
O
formato das presilhas que prendiam as tranças também eram importantes, por
exemplos: Se possuía a forma de estrela, era sinal de que a moça era sonhadora.
Mas se era em formato de Lua era porque a dama queria ser uma sacerdotisa.
Porém se tinha a forma de coração significava que a moça amava a família, ou,
desejava um pretendente se fosse solteira.
Em
algumas tribos indígenas americanas, quando uma mulher tinha um problema, ela
executava um ritual e depois fazia uma trança onde imaginava que os problemas saíam
de suas cabeças e só ficavam, neste penteado, para que a natureza tomasse conta
deles.
A
África criou diversos tipos de tranças. A trança nagô é feita junto ao couro cabeludo e
permite a criação de vários desenhos porque significa criatividade,
alegria e força.
Já as tranças estilo dread tem uma forte ligação com a
religião Rastafari.
No
Antigo Egito as tranças significavam a energia do pensamento que saía para fora
da cabeça com o objetivo iluminar o mundo.
Os
antigos celtas costumavam usar as próprias tranças como guirlandas que
protegiam suas ideias e pensamentos de serem roubados por criaturas más.
Na
Mitologia Grega há uma cena em que Athena seduziu Zeus usando tranças.
Na
obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, há um trecho em que Capitu tenta
conquistar Bentinho também usando tranças.
No
conto-de-fada, Rapunzel, a princesa consegue atrair o príncipe jogando suas
tranças do alto da torre.
Na
Idade Média, as donzelas costumavam trançar os cabelos em duas partes, para
depois fazer dois coques, um na direita e outro na esquerda. Isto significava
pureza, inocência, timidez e que ela não gostaria de ser perturbada por homem
nenhum.
Reza
a Lenda que a Imperatriz Sissi da Áustria tinha tranças que eram enfeitadas com
presilhas de diamantes e de brilhantes com os formatos de estrelas e flores. Dizem
que quando suas empregadas trançavam seus cabelos, ela fazia o famoso Ritual
Antigo das Tranças.
Nos
anos 80 e 90, período em que as mulheres usavam penteados espalhafatosos como
os cortes “pigmaleão” e “selvagem”, utilizar uma trança embutida única virou
sinônimo de equilíbrio, elegância, discrição, mistério e luxo.
Existe
o Ritual Antigo da Trança, que passarei a abaixo:
Para
realizar este procedimento você precisará de uma presilha com o formato que
desejar.
Pela
manhã, enquanto trança o cabelo, faça a seguinte oração:
-
Esta trança faz parte do meu pensamento. Assim que ela estiver pronta, todos os
meus problemas só estarão nela para que a natureza ajude a resolver todas as
minhas questões não estruturadas. Pois hoje irei brilhar e fazer sucesso.
Depois
prenda este penteado com um elástico ou presilha de sua preferência.
Luciana
do Rocio Mallon
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