Não é uma
Cena de Beijo, em Malhação, Que Acaba com a Família Brasileira
Fiquei
surpresa ao notar as reclamações dos conservadores por causa da cena onde duas
moças se beijam no seriado Malhação.
Fui jovem
nos anos 90, época em que o SBT passava o seriado Xena, às tardes, onde a
princesa bárbara Xena fazia declarações de amor explícitas e beijava na boca de
Grabriele, a sua guerreira favorita.
Sem falar
dos seriados SOS Malibu, Armação Ilimitada e Barrados no Baile. No primeiro, a
personagem da atriz Pamela Anderson sente atração por mulheres e homens ao
mesmo tempo. Já, em Armação Ilimitada uma mulher é casada com dois homens e,
juntos, criam um menor abandonado. Logo a série Barrados no Baile mexeu com
vários tabus, inclusive amor entre homossexuais. Porém, nos anos 90, nunca vi
ninguém reclamando destas novelas. Naquela época não existiam redes sociais.
Mas eu trabalhava em lojas onde se vendiam roupas para conservadores. Então sei
o que estou dizendo. Minhas amigas que eram fãs destes seriados formaram
famílias sólidas e tradicionais que duram até hoje. No meu caso, eu assistia
até os filmes da Sexta Sexy, que realmente eram de baixa qualidade com cenas
bizarras, e nem por isto virei tarada. Ao contrário, não sinto atração sexual
nem por homens e nem por mulheres porque já nasci com esta característica. Por
isto não me casei até hoje.
Mas já vi jovens
homossexuais disfarçados que, quando os pais descobriram, foram tocados de
casa. Alguns passaram necessidades e outros se suicidaram por falta de
tolerância das pessoas próximas.
Portanto,
não é um beijo lésbico que destrói a família brasileira e, sim, o preconceito.
Luciana do
Rocio Mallon
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