Vesteterapia:
A Personagem Depende Mais da Roupa do Que da Aparência da Atriz
Em 1998, eu
era jovem e estava procurando emprego. Um dia, vi na vitrine de uma loja de
festas o seguinte anúncio:
- Precisa-se
de Recreacionista Que Imite Princesas da Disney.
Então entrei
no estabelecimento e falei sobre meu interesse pela vaga. Mas a dona disse:
- Você não
tem o perfil ideal, pois não possui aparência de princesa!
- Está fora
do peso, tem o nariz comprido e é baixinha!
Deste jeito
voltei chateada para casa.
Dias depois,
uma amiga me convidou para uma apresentação voluntária numa creche. Assim, ela
me emprestou um vestido de camponesa medieval.
Quando
cheguei ao local, algumas meninas me falaram:
- Você é a
Branca de Neve?
- Poxa, você
parece uma princesa!
Desta
maneira fiquei contente e brinquei com as crianças.
Logo percebi
que as personagens dependem mais das suas vestes características do que as
aparências das atrizes que interpretam elas.
Na vida real
o esquema é o mesmo. Por exemplo: uma moça que vai a uma entrevista de emprego
para um cargo executivo, precisa se vestir como uma executiva com um discreto “tailleur”.
Hoje eu
realizo um serviço voluntário chamado Lendas, Repentes e Danças onde, algumas
vezes, bailo músicas infantis com trilha sonora das princesas da Disney. Porém,
para isto, me visto com roupas medievais.
É como diz o
velho ditado: “Todo o poste é um mictório de cachorro. Mas um poste bem
arrumado não é apenas um poste. Alguns viram monumentos e, outros, lindas
árvores de Natal.”
Luciana do
Rocio Mallon
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