Phubbing
Minha vó
dizia com um olhar cheio de paz
Se, por
acaso, num encontro algum rapaz
Olhar para o
relógio no lugar da sua pessoa
Este é um
sinal pior de uma gelada garoa
Pois, o moço
não está interessado, por isto o tempo nem voa
Aprendi isto
e ainda bem que não sou carente
O problema
desta realidade nada inocente
É que hoje,
em dia, se seu pretendente
Olhar para o
celular a todo o segundo
Significa
que a paixão está decadente
Então, é
melhor abandonar este cara no mundo
Quem esnoba
alguém para ficar ao telefone
É mais
metido que bombom em papel celofane
Phubbing é o
nome desta atitude cruel
Que aproxima
o inferno e afasta o céu
No jantar a
criança não comenta como foi o colégio
Pois se
alimenta com o celular na mão, que sacrilégio!
Numa reunião
com os amigos em restaurantes
Só surgem
selfies ousadas e deselegantes!
O celular é
a vara mágica que tira tudo do lugar
Afasta quem
está perto e aproxima quem está longe
Só para
tirar fotos é que o povo se lembra das flores e do luar
Deste jeito,
penso em me transformar num ermitão monge
Por culpa do
phubbing ninguém paquera mais nas festas
Porque os
jovens preferem os aplicativos de encontros
Ninguém mais
declama poemas em bares e serestas
Estes
smartphones são verdadeiros monstros.
Luciana do
Rocio Mallon
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