Autora do
Livro de Etiqueta X Assédio
Uma autora
de livros, sobre etiqueta, disse que toda a mulher deveria ser assediada.
Poxa, isto é
contraditório. Pois não existe nada mais deselegante do que assédio
independente de gênero. Nada é mais brega do que um ser humano gritando no meio
da rua a palavra:
- Gostosa!
Outra
atitude cafona é quando o colega de faculdade, ou, de trabalho, ao ver a cara
de desinteresse da moça, logo vai exclamando:
- Vou
acompanha-la até o ponto de ônibus!
Na minha
época de estudante sofri com este tipo de desaforo porque naquele tempo eu não
sabia me defender. Mas agora aprendi que tenho o direito de dizer “não” mesmo
que o Don Juan finja não entender a minha cara feia. Pois não tenho obrigação
de aguardar o ônibus ao lado de um homem que não possui afinidade comigo.
Atrizes que,
as vidas inteiras, fizeram papéis sensuais em suas carreiras dá até para
entender que pensem que o assédio deva ser liberado. Pois estas coitadas
passaram anos servindo como objetos sexuais, aos homens, sem a consciência
disto. Elas precisam de uma professora de etiqueta, de verdade, que saiba
ensinar que o assédio é um desrespeito muito brega.
Há uma diferença
entre paquera e assédio. Esta linha passa pela elegância. Pois é chique olhar
para uma pessoa interessante e depois abaixar os olhos de uma forma suave.
Também é elegante ofertar um buquê de flores com um poema sem pedir nada em
troca porque a verdadeira etiqueta permite estas atitudes serenas.
Deselegante
é gritar palavras ofensivas, acompanhar o pretendente até o ponto de ônibus sem
o consentimento espontâneo dele e querer forçar a intimidade a todo o custo
muitas vezes tocando o corpo do outro de forma invasiva. Afinal estas atitudes
ruins configuram assédio.
O preço nem
sempre vem anotado na etiqueta, mas os valores são notados pelas atitudes.
Luciana do
Rocio Mallon
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