Amor de
Outono
Os seres atrevidos
e desinibidos
Tem uma
fugaz paixão de veraneios
Pois são
flechados por vários cupidos
Que machucam
os corações alheios
As pessoas românticas
e sonhadoras
Vivem um
romance de primavera
Através das
vozes de sereias cantoras
E de flores
com pétalas de quimera
As criaturas
mais dóceis e carentes
Possuem uma
aventura de inverno
Atrás de
gemidos em lareiras frementes
Debaixo de
um cobertor terno e fraterno
Mas eu, que
sempre fui uma maldição do breu
Tive o privilégio
de sentir um amor outonal
Quando tudo,
na minha vida, se escureceu
Apareceu
esta benção do divino astral
Há muito
tempo, anos atrás
Alguém
repleto de energia
Tirou a
minha lenta paz
E me trouxe
uma leve alegria
No outono
tivemos muitas emoções e aventuras
Que muitas
pessoas não têm por uma vida inteira
Então senti
um beijo repleto de canduras e ternuras
Que tirou a
depressão cruel, triste e traiçoeira
Escrevi numa
folha de outono seca e discreta
Uma
declaração poética em forma de mensagem
Assim minha
alma tomou a atitude certa e correta
De tocar em
meu amado numa eterna massagem!
Meu amor de
outono virou folha e foi embora
Porém
continua até hoje no meu pensamento
Ainda sinto
o olhar azulado e os lábios de amora
Do príncipe
outonal que ronda meu sentimento.
Luciana do
Rocio Mallon
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