Livro da Autora,
Ana Maria Machado, é Censurado Injustamente
Há uma onda
à censura, nas redes sociais, contra livros inocentes.
Em 1983, a autora
Ana Maria Machado, escreveu a obra chamada O Menino Que Espiava Para Dentro,
onde um garoto, chamado Lucas, busca seu eu interior. Há uma cena de fantasia
onírica onde o garoto pensa em se engasgar com uma maçã para fazer viagem
astral. Porém Lucas não morde a maçã, mas descobre que deseja ficar mais tempo dentro
do seu mundo interior porque através dele ele é capaz de desenvolver a
imaginação.
Porém gente
portadora de analfabetismo funcional, que ocorre quando a pessoa sabe ler, mas
não consegue interpretar, acusou a autora de fazer apologia ao suicídio.
Acusar o
livro, chamado O Menino Que Espiava Para Dentro, de fazer apologia ao suicídio
é a mesma coisa que acusar o desenho do He-Man de incentivar as crianças a
pegarem em espadas e atacarem os outros por aí.
Além disto,
há criaturas que dizem que a figura da maçã não deveria estar no livro
infantil. Pois, segundo elas, Adão e Eva pecaram por causa da maçã, Branca de
Neve morreu por causa desta fruta, Guilherme Tell atirava flechas na maçã e
quase matava os outros, etc.
Poxa, estão
acusando até a maçã!
Alguns
adultos dizem que possuem medo que os pequenos, após lerem o livro, tentem se
engasgar com a fruta. Mas o personagem nem chega a praticar este ato.
Puxa, fui
criança nos anos 80 e brincava de se engasgar com bala Soft na frente de
adultos e nunca ninguém me censurou por isto.
Por
coincidência, este “mimimi” todo só começou depois que o Merthiolate parou de
arder. Inclusive na minha infância li, O Menino Que Espiava Para Dentro, e
através dele descobri o valor dos dons interiores, da criatividade e dos
sonhos.
Outro
problema é que estão acusando outro autor, Monteiro Lobato de: comercializar as
lendas brasileiras, exibir racismo e homofobia nas suas obras. Porém, a verdade
é que o escritor mostrou o preconceito que existia na época. Sem falar que ele
popularizou as lendas brasileiras que estavam sendo esquecidas. Antes que me
chamem de preconceituosa, confesso que sempre torci para que o Visconde de
Sabugosa ficasse com o Rabicó.
Precisamos
tomar cuidado com a censura de histeria que está invadido nosso país.
Luciana do
Rocio Mallon
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