sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Livro da Autora, Ana Maria Machado, é Censurado Injustamente


Livro da Autora, Ana Maria Machado, é Censurado Injustamente
Há uma onda à censura, nas redes sociais, contra livros inocentes.
Em 1983, a autora Ana Maria Machado, escreveu a obra chamada O Menino Que Espiava Para Dentro, onde um garoto, chamado Lucas, busca seu eu interior. Há uma cena de fantasia onírica onde o garoto pensa em se engasgar com uma maçã para fazer viagem astral. Porém Lucas não morde a maçã, mas descobre que deseja ficar mais tempo dentro do seu mundo interior porque através dele ele é capaz de desenvolver a imaginação.
Porém gente portadora de analfabetismo funcional, que ocorre quando a pessoa sabe ler, mas não consegue interpretar, acusou a autora de fazer apologia ao suicídio.
Acusar o livro, chamado O Menino Que Espiava Para Dentro, de fazer apologia ao suicídio é a mesma coisa que acusar o desenho do He-Man de incentivar as crianças a pegarem em espadas e atacarem os outros por aí.
Além disto, há criaturas que dizem que a figura da maçã não deveria estar no livro infantil. Pois, segundo elas, Adão e Eva pecaram por causa da maçã, Branca de Neve morreu por causa desta fruta, Guilherme Tell atirava flechas na maçã e quase matava os outros, etc.
Poxa, estão acusando até a maçã!
Alguns adultos dizem que possuem medo que os pequenos, após lerem o livro, tentem se engasgar com a fruta. Mas o personagem nem chega a praticar este ato.
Puxa, fui criança nos anos 80 e brincava de se engasgar com bala Soft na frente de adultos e nunca ninguém me censurou por isto.
Por coincidência, este “mimimi” todo só começou depois que o Merthiolate parou de arder. Inclusive na minha infância li, O Menino Que Espiava Para Dentro, e através dele descobri o valor dos dons interiores, da criatividade e dos sonhos.
Outro problema é que estão acusando outro autor, Monteiro Lobato de: comercializar as lendas brasileiras, exibir racismo e homofobia nas suas obras. Porém, a verdade é que o escritor mostrou o preconceito que existia na época. Sem falar que ele popularizou as lendas brasileiras que estavam sendo esquecidas. Antes que me chamem de preconceituosa, confesso que sempre torci para que o Visconde de Sabugosa ficasse com o Rabicó.
Precisamos tomar cuidado com a censura de histeria que está invadido nosso país.
Luciana do Rocio Mallon




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