Ele Queria
um Cobertor de Orelha, Mas Dei Meias de Poemas Para Cobrir Seu Pé do Ouvido
Ele me falou
que queria um cobertor de orelha
Então a
timidez chegou e me deixou vermelha
Assim
coloquei meias de poemas ao pé do seu ouvido
Pois vi que
ele estava frio e com o espírito sofrido
Caluniaram-me
falando que minha orelha não era virgem
Minha orelha
não é santa, mas o resto do meu corpo é intacto
Porque ele
não aceita carinhos e nem toque sem origens
No espírito
e na alma eles podem causar cruel impacto
O problema é
que até as paredes geladas tem ouvido
Ele desejava
um vulgar cobertor de orelha
Que cobrisse
seu corpo pecador e arrependido
Porém dei
meias de poemas quentes de centelha
Não
aceitando as flechas do travesso cupido.
Luciana do
Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário