Máscaras de
Papel
Hoje, recebi
uma pergunta estranha:
- Tia Lu, o
que você acha das pessoas que usam máscaras de papel em comerciais ou
performances artísticas?
Minha
resposta foi esta:
- Se as
máscaras de papel forem usadas para fins artísticos são aprováveis. A pessoa
não pode é usar máscaras fixas para a vida inteira com o objetivo de trapacear
os outros.
Quando eu
era criança não gostava do meu rosto. Pois achava que ele tinha traços rudes.
Por isto eu recortava rostos de mulheres de revistas, pregava com elástico, e
fazia máscaras com estas figuras. Ás vezes, saia pela rua com estas máscaras de
papel. Porém, as pessoas pensavam que eu estava brincando. Mas no fundo, eu
tinha esperança que o Anjo do Espelho me visse com a máscara e falasse a
palavra mágica:
- Amém!
Assim esta magia me deixaria com o rosto
bonito para sempre. Muitas vezes, eu colocava máscaras de papel, com rostos de
modelos e falava em frente ao espelho:
- Anjo do
Espelho, apareça e diga:
- Amém!
Porém, ele
nunca aparecia...
As minhas
artistas preferidas para máscaras eram: Maitê Proença, Catherine Deneuve e
Brook Shields.
Hoje vejo
que, ás vezes, maquiagem pode funcionar como máscara. Porém a melhor máscara de
papel é o sorriso. Pois você pode montar um riso falso, no seu rosto, para
enganar alguém. Mas, no final, acaba sorrindo sem querer mesmo. O problema é
que qualquer sofrimento repentino pode transformar este riso em uma cara emburrada
com uma ruga na testa, ou até mesmo, provocar o surgimento de uma lágrima que
cai até a boca.
Afinal o
sorriso é uma máscara de papel capaz de mudar a fisionomia de qualquer pessoa.
Luciana do
Rocio Mallon
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