Lendas do
Índio Tindiquera e o Mistério de Seu Desaparecimento do Bairro Alto
Reza a lenda
que na primeira vila de Curitiba, localizada às margens do Rio Atuba, existia
uma imagem de Nossa Senhora da Luz na capela. O problema é que todas as manhãs
a santa mudava de lugar, sem nenhuma explicação, apontando para a mesma
direção. Então as pessoas entenderam que isto era um sinal de que a santa
queria que uma cidade fosse inaugurada no lugar apontado. Deste jeito as
autoridades chamaram o dono daquelas terras, o índio Tindiquera, que concordou
com a fundação da cidade na região escolhida por Nossa Senhora da Luz. Assim
este cacique foi até o local, fez um ritual místico, colocou uma vara mágica no
chão e exclamou:
- Coré Etuba!
Naquele
mesmo instante a vara tornou-se uma frondosa árvore que mais tarde virou o
marco zero da capital paranaense.
Alguns anos
depois, foi inaugurada a estátua do índio Tindiquera na praça do Bairro Alto.
Reza a lenda que se alguém colocar o ouvido, em seu peito, pode escutar um coração
batendo. Também dizem que este índio traz sorte no amor. Pois se alguém encostar
as mãos, nesta escultura, e pedir um companheiro consegue ser atendido
rapidamente. Alguns moradores afirmam que o índio sai aos finais de semana, nas
noites de Lua cheia, para flechar corações apaixonados. Porém que ele sempre
retorna ao local original pela madrugada.
Mas neste
dia 29 de março de 2017, aconteceu algo intrigante. Pois ao amanhecer os
moradores, do Bairro Alto, notaram que o índio sumiu. O problema é que ele foi
encontrado na Praça Tiradentes, no Centro, bem no Marco Zero.
Alguns
moradores da região central falaram que traficantes ofereceram crack ao índio.
Mas ele não aceitou porque só fuma o cachimbo da paz.
Assim
Curitiba ganhou um novo aplicativo, chamado Tindi, onde os encontros sempre
acabam no Marco Zero. Afinal, ser flechado pelo Cupido está fora de moda, o
negócio é ir até a Praça Tiradentes e sentir a flecha de amor do índio
Tindiquera.
Luciana do
Rocio Mallon
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