Tenho um
Amor “Pratônico” Pelos Pratos da Minha Casa
Eu tinha um
amor platônico por alguém distante
Porém, para
não sofrer tanto, fui lavar a louça
Deixando os
pratos limpos e a panela brilhante
Como uma
dedicada e trabalhadeira moça
Assim o amor
platônico virou “pratônico”
Pois me
apaixonei pelos pratos caseiros
De um jeito
suave, leve e harmônico
Com
sentimentos puros e verdadeiros
Hoje a
esponja tem um lado que é um raio de Sol
Iluminando o
inox prateado e o mármore nobre da pia
O detergente
é um sincero, mágico e sedoso farol
Que abraça
os pratos com devoção e Poesia
No fundo do
prato escrevo um lírico poema
Falando de
uma paixão cheia de candura e ternura
Comida e
boas palavras resolvem qualquer problema
Quando os
pratos são lavados com leveza e doçura
O amor “pratônico”
pelos caseiros pratos
Conduzem os
mais nobres e gratos atos
Ainda tenho
um amor platônico por alguém impossível e distante
Mas são os
pratos da cozinha que formam uma constelação radiante.
Luciana do
Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário